Capítulo vinte e oito - Visitas.

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Marcelo está sentado no meu sofá, mas na verdade eu quem deveria estar sentada nele. Um homem desse querendo salvação para Maria Luiza, melhor seria se ele me salvasse dessa seca que me devasta por meses. O dor! O pior de tudo é as dois filhotes de doninhas que também estão sentados no meu sofá. O que eles pensam? Que sou uma santa que vai salvar as mães deles por um milagre? Para tirar Maria Luiza do lugar de onde ela nem deveria ter saído, só por um milagre mesmo. Aquela clínica psiquiátrica é um forte que nem o Hulk seria capaz de entrar lá, a não ser que saísse tranquilo de tanto calmante.

Com os braços cruzados questiono:
- Vocês por acaso acham que eu sou a mulher maravilha, apesar de ser tão sexy assim? Queridos, eu não sou nenhuma santa para tirar Maria Luiza de uma clínica psiquiátrica e Catarina das mãos de Benjamin. E eu acho que vocês esqueceram de pensar no óbvio. Se Catarina foi sequestrada, chama a polícia. - Viro-me para Marcelo, mas por um instante me pego distraída naquelas cochas musculosas apertadas por sua calça jeans. Qual será o tamanho do troço que esse homem carrega no meio das pernas? Pisco os olhos duas vezes e volta para a realidade. - É... É... - Gaguejo só em encarar essa homem. - Bem... E você... Você deveria tirar ela de lá com algum exame, não é o médico da clínica.

- Se as coisas fossem tão fáceis assim, eu não teria vindo te pedir ajuda. - Marcelo responde com uma voz rouca. Gostaria de escuta-lo sussurrar entre um orgasmo ou outro. Já estou cansada dessa seca, tenho que comprar um vibrador ou contratar serviços.

Será que Marcelo presta outro tipo de serviço fora a medicina? Acho que não, acredito que o salário dele deva cobrir todos os seus caprichos.

- A gente ligou para a polícia - Diz Valentina um pouco enfurecida. -, minha mãe e Benjamin estão sendo procurados há quase três horas, desde o sequestro.

- A esposa de Benjamin já está morando na casa que pertence a minha mãe.

Dou de ombros.

- Bom, em relação a Catarina. Assim que juntei Maria Luiza e Catarina, lhes dei um celular que tinha um rastreador. Foi assim que consegui encontra-la na casa Fernanda e saber de algumas mensagens trocadas com um certo alguém.

- De onde um rastreador consegue ter acesso a mensagens? - Pergunta Ian.

- Porque têm tanto interesse em saber disso?

Sei bem qual é o interesse dele, mas quero saber se esse moleque teria coragem em falar na minha cara.

- Nenhum.

- Geração Z. - Debocho revirando os olhos. - Enfim... - Viro-me novamente na direção do médico musculoso. É uma tortura ter um homem desse em casa e não poder sentar nele. - Têm como conseguir uma ambulância?

- Porque?

- AFF! Estou cansada de falar e vocês não acompanhar. - suspiro. - É o seguinte, em relação a Maria Luiza. Você têm que está de plantão hoje a noite.

- Hoje não é o meu plantão, mas vou ligar agora para o doutor Hércules para tentar trocar.

Observo Marcelo em câmera lenta pegar o celular do bolso do seu terno azul, em seguida, vejo sua mão cheia de veias, seus dedos grandes e unhas bem feitas. Ah! Sinto uma umidade na minha calcinha. Meu coração está disparado e minha boca salivando.

- Você está bem? - Indaga Ian.

Pisco os olhos e Marcelo já está próximo a porta com o celular no ouvido. Que sorte desse celular, penso querendo ser o aparelho.

- Estaria melhor, mas...

- Ótimo, então rastreia minha mãe, porra! - Dispara a linda da filha de Catarina achando que pode mandar em qualquer pedaço que ela pisar.

Um Acordo Entre Amantes (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora