Capítulo trinta e quatro - Pai.

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Estou entre véu e grinaldas, caminhando em direção ao amor da minha vida que me aguarda com um sorriso mostrando os dentes brancos no altar. Depois de um ano e meio de relacionamento, Paulo e eu decidimos nós casar, se bem que já tínhamos uma vida de casados com poucos dias de namoro. Ele me faz tão bem a ponto de me tirar o ar só de pensar. Paulo nunca me abandona, sempre está somando comigo em todos os sentidos, é um homem que merece todo o meu amor e admiração. Tivemos nossos pontos altos e baixos na relação, mas nenhuma união é cem porcento perfeita. Eu adoro a forma com a qual ele se preocupa comigo, me sinto a pessoa mais amada do mundo ao lado dele. Quando estamos juntos, é como se toda a dor, angústia e preocupação fosse embora em questão de minutos. Então, as vezes tudo que preciso é o abraço dele e sua voz rouca me dizendo que 'vai ficar tudo bem'.

Aproximo-me do altar. Paulo estende sua mão em minha direção, a pego subindo os três degraus e sentando no banco junto a ele.
— Eu te amo. — Sussurra em meu ouvido me tirando um sorriso bobo.

— Te amo. — Respondo.

O padre começa a cerimônia e todos se sentam. Quase trinta minutos depois, o padre pergunta:
— Paulo de Aquile Rodrigues, você aceita Catarina Silva Fernandes como sua legítima esposa?

— Sim. — Paulo sorri para mim.

— Catarina Silva Fernandes, você aceita Paulo de Aquile Rodrigues como seu legítimo esposo?

— Sim.

O cachorro de Paulo trás as alianças em uma cestinha na boca. Ele é guiado por Valentina que o leva até nós. Trocamos as alianças.

— Eu os declaro, marido e mulher.

Nos levantamos e selamos nossos lábios com um beijo calma ao som de diversas palmas que ecoam pela igreja. Todos os convidados vão saindo para nos aguarda na porta, logo, Paulo e eu saímos escutando o badalar do sino da igreja e recebendo chuvas de arroz. Entramos no carro que caminha em direção a nossa festa.

Paulo coloca uma mecha do meu cabelo por trás da minha orelha e diz:
— Hoje você é oficialmente minha.
— Hoje você é oficialmente meu.
— Eu sonho com esse dia, desde a primeira vez em que te vi.

Acaricio seu rosto.

— Eu tenho sorte de ter você comigo.  Espero que depois do casamento não tenhamos nenhuma mudança.

— Não vai mudar.

Chegamos ao salão de festas. Assim que descemos do carro vejo o caminho de ledes azul pelo chão do gramado verde, Paulo segura em minha mão e entramos de mãos dadas no local.

Um hora depois, jogo o buquê de rosas azuis, amarelas e vermelhas caindo bem na mão de Gustavo que sorrir olhando para Aylla. Aylla por sua vez, pega o buquê e joga fora.

Paulo se aproxima do meu ouvido e sussurra:
— Têm uma pessoa te esperando no gramado.
— Quem?
— Só vai lá.
Olho para frente e levanto meu vestido branco e volumoso, encaminhado-me até o gramado. Vejo uma pessoa virada de costas perto das luzes azuis, ela usa uma calça com Blazer rosa e têm um cabelo preto. Ao escutar meus passos a pessoa vira ficando de frente comigo.

— Catarina. — Ela se aproxima devagar de mim. — Parabéns pelo casamento.
— Presumo que seja Ágata.
— Acho que nunca paramos para conversar — Ela limpa uma lágrima com o dedo mindinho. — , principalmente sobre Benjamin.

Um Acordo Entre Amantes (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora