Love is the name

Capítulo 26

Ligação on

- Alô?
- Gaston, sou eu!
- Oi Nina.
- Como sua mãe está?
- Ela vai ficar bem, os médicos estão otimistas.
- Fico feliz, e como você está?
- Vou sobreviver.
- Se precisar de algo, pode contar comigo.
- Eu queria me desculpar pelo que aconteceu, eu não sabia que você estava lá.
- Se concentra na sua mãe.
- Eu sei mas…
- Eu tenho que ir. - O interrompi. - Ja está tarde e daqui a pouco vão passar dando o toque de recolher.
- Boa noite Nina.
- Boa noite, melhoras pra sua mãe.
- Obrigada por ligar.

Ligação Off

Subi para o dormitório e encontrei Luna já descansando, por mais que ela negasse, eu sabia que ela também estava abalada pelo que havia acontecido. Deitei na cama e comecei a rodar de um lado para o outro, não sei bem que horas era quando adormeci.

Gaston

    O dia havia amanhecido pior do que qualquer outro na minha vida, minha mãe havia falecido, eu sabia que ela estava com certeza em algum lugar melhor, mas isso não tornava tudo mais facil, ela era a unica visão de familia que eu realmente tinha, não era possivel que eu estava sozinho agora.

Matteo

    Acordei com aquela sensação de que havia algo errado, mas não sabia bem o que era, até ser chamado na sala do diretor e receber a noticia do falecimento de Helena. Meu mundo todo havia desabado, ela era a unica visão de mãe que eu tinha na vida, e perde-la era como perder uma parte de mim junto, eu mal conseguia imaginar como Gaston estava naquele momento.

Gaston

    O enterro da minha mãe havia sido naquele mesmo dia, ja noite, Matteo e Luna estavam lá, mas Nina não havia aparecido. Pode parecer bem egoista da minha parte mas eu realmente queria a presença dela naquele momento, seria bom e me ajudaria com a dor imensa daquele momento.
    O colégio havia me oferecido uma semana de licença, para ficar em casa e tentar colocar as ideias no lugar, mas entre ficar no colégio estudando e ficar em casa com meu pai, eu gastaria cada segundo do meu dia com a cabeça nos livros, talvez assim eu conseguisse me distrair.
    O horario de almoço parecia uma camara de tortura, para cada lado que eu olhava, haviam pessoas me olhando com pena
- Eles só estão preocupados Gaston. - Luna falou percebendo o quanto eu estava incomodado com aquela situação, há alguns dias, ela e Matteo haviam voltado a sentar comigo, mas Nina me evitava e sempre ficava com Yim e Yam.
- Isso não é preocupação e nós sabemos, é dó.
- Você sabe que não pode mudar a cabeça de cada um deles.
- Mas posso sair daqui.
- Não vai comer? - Matteo finalmente entrou na conversa.
- To sem fome.
- Se não se cuidar vai acabar doente.
- Quem sabe assim eu morro e fico com quem realmente me amou durante toda a minha vida. - Sai sem dar chance para que falassem mais alguma coisa, eu precisava de um pouco de paz.
Resolvi ir para a biblioteca, talvez lá ninguém me enchesse, mas eu estava muito errado.
- Olá Gastonzinho! - Vi Ambar se aproximar e se sentar do meu lado como se eu realmente quisesse a sua companhia.
- O que você quer?
- Eu soube o que aconteceu com a sua mãezinha querida, eu queria dar meus pêsames.
- Da pra parar de falar no diminutivo? Eu agradeceria muito.
- Porque está tão nervoso? Eu espero que a morte da sua mãe não tenha feito você esquecer do nosso trato!
- Eu não tenho tempo, nem cabeça e muito menos paciência pros seus jogos. - Levantei e sai na tentativa de que ela me deixasse.
- Acho que você não quer perder a Nininha tambem. - Me virei e voltei até a mesa, eu não ia deixar Ambar brincar com ninguem mais.
- Deixa a Nina fora disso!
- Ela mesma se meteu nisso sozinha.
- Ela nunca nem te dirigiu a palavra.
- Ela se meteu no caminho da minha amiga!
- Que amiga?
- A Flor, obvio.
- Pelo amor Ambar, isso é bem coisa de garota mimada, a Flor tem quem ela quiser.
- Ela quer você, e se ela quer, ela consegue, e eu vou garantir isso.
- E o que vai fazer?
- O que você acha que a escola ia pensar, quando descobrisse que você e a novata estavam se pegando pelo colegio?
- Uau, sua imaginação ta pior do que nunca hoje.
- Imaginação?
- Não percebe que ninguem mais acredita nas suas mentiras?
- Não é mentira se eu tiver provas. - Senti meu coração gelar um pouco naquele momento.
- Que tipo de provas fantasiosas seriam essas?
- Uma foto, um video talvez.
- Ah, entendi, e por acaso o que você quer pra me deixar em paz?
- Você vai chamar a Flor pra sair.
- Esquece. - Me levantei, mas por alguma razão não me atrevi a sair dessa vez.
- Ta bom, to enviando uma mensagem pra todo o colegio agora com tudo que tenho sobre a sua protegida então.
- Ambar, minha mãe morreu a dois dias, acha que eu tenho cabeça pros seus jogos?
- Eu não disse que você precisa fazer isso hoje!
- Claro.
- Você tem 24h, e, vai chama-la pra sair na frente de todo mundo.
- Você é maluca.
- Se não fizer, pode começar a dar adeus para sua popularidade, ficar se pegando as escondidas com a novata que foi abandonada pelos pais e transou com o antigo professor não vai pegar bem pra você. - A vi levantar e sair, eu podia sentir meu corpo inteiro queimando de odio, parte de mim não podia permitir que Ambar espalhasse todos os segredos da Nina pro colegio, mas parte de mim estava com raiva, ela estava longe de mim no momento em que ela sabia, que eu mais precisava dela, eu não conseguia engolir isso.