Capítulo 32

69 2 0
                                    

Ambar

- Bom dia amiga! - Jazmin era extremamente animada pela manhã, de um jeito que chegava a ser irritante as vezes.
- Bom dia!
- Credo quanto mal humor.
- Era pra ser diferente?
- Quer me contar alguma coisa? - Irritante ou não, Jazmin era uma otima ouvinte.
- Meu pai está vinda para a cidade, ele irá dar aula aqui nesse colegio.
- E isso não é otimo?
- Eu não sei bem como responder isso.
- To confusa amiga.
- Eu não cresci tendo la muito contato com o meu pai, então ve-lo meio que me assusta.
- Mas ele é seu pai, não deveria assusta-la a ideia ter ele perto.
- Mas assusta, lembrar de tudo.
- Quer me contar?
- Uhum. - Respirei fundo e ja podia sentir as lagrimas chegando. - Minha mãe morreu quando eu tinha só dois anos então eu cresci com meu pai, me lembro que ele bebia demais, chegava em casa altas horas completamente embriagado e só se jogava na cama e dormia até o dia seguinte, não se importava se eu estava suja ou se eu tinha comido, uma garota de uns 12 anos cuidava de mim.
- Você tinha dois anos e se lembra disso?
- Pra você ver.
- Continua.
- Quando eu estava maior, tinha uns 6 anos e a menina que cuidava de mim ja estava com 16 anos, ele começou a ficar mais tempo em casa, ainda bebia mas, dentro de casa o que em parte foi um conforto pra mim. Eu adora a Melanie, ela era uma garota maravilhosa e cuidava demais de mim, mas ela começou a não ir todos os dias, achei que era por conta dos estudos, ela ja não era mais criança, precisava cuidar da vida dela. Uma noite ela dormiu em casa porque meu pai ia sair, quando eu acordei no meio da madrugada e não a vi deitada do meu lado fui procurar e vi a luz do quarto do meu pai acessa, quando cheguei perto ouvi a voz de Melanie gritando, quando olhei pela fresta da porta vi meu pai em cima dela, eu nunca esqueci.
- Seu pai fez sexo com sua baba de 16 anos?
- Sim! Depois disso ela nunca mais apareceu em casa e minha avó ia me buscar na escola, me deixava sozinha em casa até que meu pai chegasse a noite. Um certo dia eu os vi brigando, minha avó dava tapas com muita raiva no meu pai, depois disso ela  disse que iriamos para a casa dela, algum tempo depois eu estava no meu primeiro colegio interno.
- Sua vó te levou para longe do seu pai?
- Até hoje eu não sei o motivo, eu falo com meu pai em raros momentos e ele sempre é muito vago quanto ao que diz.
- E sua vó?
- Ela não me conta, sempre diz que meu pai precisava resolver seu problema com a bebida e não podia cuidar de uma criança, mas eu sei que não é verdade.
- Amiga, se ele vem pra cá, talvez você descubra porque foi colocada em um colegio interno.
- Eu não sei se realmente quero saber, as vezes eu penso que meu pai me culpava pela morte da minha mãe.
- Bom, se quiser descobrir te dou todo apoio, e estarei do seu lado pra tudo.
- Obrigada Jazmin. - A abracei e senti ali um pequeno momento de paz, talvez ela estivesse certa, talvez fosse o momento perfeito para descobrir sobre o meu passado.

Love is the nameOnde histórias criam vida. Descubra agora