Capítulo 33

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Gaston

    Eu estava muito feliz com a chegada de Erick, talvez aquilo fizesse as coisas melhorarem de alguma forma, principalmente com Matteo, ja que ele não me dirigia a palavra muitas vezes ao dia, ele havia desistido de pedir a mudança de quarto, o que me deixava muito aliviado sem sombra de duvidas, mas ainda sim me trazia a sensação de que precisava fazer alguma coisa pra que ele me perdoasse, quer dizer, a propria Nina havia feito isso.

    Era de manhã, não tinhamos visto as meninas no café da manhã, então estavamos em sua busca, Erick estava ansioso para encontrar Luna, os dois se davam extremamente bem quando crianças, lembro-me de uma vez ter pensado que ficariam juntos, mas Luna acabou com meu irmão no final do nosso conto de fadas particular, mas eu ainda era o vilão, assim como quando eramos crianças.

- Finalmente achamos vocês. - Matteo falou chamando a atenção, notei o olhar furioso de Yim e Yam sob mim, com certeza ficaram sabendo de tudo, mas o olhar caridoso de Nina parecia melhorar a situação. 

- Estavamos aqui o tempo todo e… - Luna parou ao ver meu primo, e correu para abraça-lo. - Quanto tempo, você finalmente cresceu.

- É bom te ver também, Luna. 

- Perdemos alguma coisa? - Yam perguntou curiosa.

- Esse é o Erick, nosso primo, está aqui em intercâmbio, Erick, essas são Yim, Yam e Nina. - Apresentei e esperei que se cumprimentassem. 

- Está lendo “Crime e Castigo”? - Erick perguntou olhando para Nina, foi quando a vi mirar seus olhos e sua feição relaxar completamente.

- Sim, você ja leu?

- É um dos meus livros favoritos, em que parte está?

- Comecei a ler ontem, então não muito.

- É incrivel, você vai amar, me conta quando terminar.

- Com toda certeza.

    Poderia ser hipocrisia da minha parte, e no fundo eu sabia que era, mas ver Erick e Nina desenvolverem aquela conexão me incomodou de maneiras que eu não tinha como descrever, se aquilo era sentir ciúme, eu não queria mais.

Ambar

    E o dia do inicio do meu maior pesadelo finalmente tinha chegado, meu pai chegaria hoje e começaria a lecionar na próxima segunda, iria se acomodar pelo colegio, eu realmente estava rezando para não ter mais nenhuma surpresa com sua chegada, alem da propria chegada, levando em conta nosso histórico como familia, as coisas poderiam ir de mal a pior. O nervosismo para ve-lo era tanto que nem sequer notei o tal garoto até esbarrar nele.

- Ai perdão, eu não lhe vi. - Ao menos era educado em se desculpar prontamente, mas eu também estava errada.

- Eu também estava distraída, desculpe.

- Sou o Xavi.

- Ambar. - Apertei sua mão, ele tinha um sorriso gentil, acho que poderiamos nos dar bem. - É novo aqui?

- Sim, acabei de chegar, estava alias buscando a sala do diretor.

- O predio é confuso pra quem é novo mesmo, você só tem que seguir este corredor e virar a direita no final, ultima sala.

- Muito obrigado, salvou um novato.

- Imagina, boa sorte no primeiro dia.

- Obrigado, a gente se ve?

- Claro. - Aquilo havia sido um tanto quanto estranho, mas reconfortante.

    Eu sabia o quanto meu pai odiava espera, então acelerei o passo para chegar a entrada do colegio antes que ele pudesse reclamar, mas claro que falhei novamente aos seus olhos. 

- Quanta demora Ambar.

- Demorei dois minutos papai.

- Correção, me fez esperar dois minutos.

- Perdão.

- Leve essa mala para o alojamento, preciso ir falar com o diretor.

- Ele esta com um aluno novo.

- Não lembro de ter perguntado. - E lá foi ele, me deixando plantada com sua mala em mãos, nem sequer um sorriso ou um abraço depois de tantos anos.

Flor

- Jazmin, olha aquele homem. - Estavamos saindo da biblioteca quando vi o homem mais extraordinário do mundo passar por nós.

- Ele deve ser o novo professor.

- Espero que seja da nossa turma.

- Sabe que o novo professor é pai da nossa amiga?

- E dai? A Ambar não vai ligar de ter sua velha amiga como madrasta.

 

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