Olá!
Presta atenção aqui, esse não é um romance comum nem um conto de fadas. Você vai entrar em uma história intensa sobre como um humano com um passado complicado e uma mente muito filosófica - Charlie - quase virou a janta de um vampiro rockstar...
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Era dia quando Charlie acordou sobressaltado, sentindo o corpo febril e completamente sedento. O pescoço estava dolorido e sua bexiga parecia que iria explodir.
Foi muito estranho e difícil assimilar onde estava e o que estava acontecendo, mas conforme enxergou os contornos dos caixões, foi se organizando mentalmente.
Era surreal, de novo. Parecia recortado de sua realidade e inserido em uma ficção. E pensou nisso e quase se xingou, porque afinal escolhera estar ali e foda-se tudo isso porque "eu preciso sair daqui". O corpo tava gritando por água, banho, alívio, fome. Humano e condicionado as próprias necessidades básicas.
Isso afetou seu humor e uma onda de ansiedade e urgência se apossou do seu corpo conforme avançou tateando as paredes até alcançar a escada, subir e se deparar com o peso da porta do porão. Aturdido e urgente tentou por 3 vezes e provavelmente ouvindo os barulhos de desespero de Charlie, Monique surgiu como um raio de luz, o ajudando a abrir e sair do que parecia um quarto do pânico.
- Cara, você está péssimo - disse a morena de moicano, e Charlie não podia discordar. Foi com sua ajuda que conseguiu sair dali. A mulher vestia uma blusa preta estrategicamente rasgada pelos ombros e barriga, o moicano bagunçado por acabar de acordar, a maquiagem preta borrada ao redor dos olhos.
Monique o guiou pela mansão e o ajudou a melhorar do mal estar. Deixou para ele um copo com um repositor de vitamina C, Charlie precisaria repor se quisesse aguentar os beijos sangrentos sem acabar com anemia.
Após resolver todas as necessidades, ganhar uma camiseta emprestada – da própria Éternelle - e tomar um banho, o deixou dormir mais um pouco em um quarto e quando se levantou por volta das 16h de novo, já se sentia muito melhor.
Teve algum tempo para interagir com os outros músicos que ficavam por lá. E até se aventurou em cozinhar para o grupo. Fora o dia com toques de surrealismo de Charlie, fazendo parte de um grupo dark gótico que alimentou com panquecas e pequenas histórias de suas viagens de carona por toda a América do Norte.
Quando o pôr do sol chegou, estava com Monique no estúdio, conversavam sobre alguns gostos musicais e animados com possibilidade de arranjos e melodias foram pros instrumentos, ela na guitarra, arrasando em solos distorcidos inventados. Charlie a assistiu tocar, encantado, pensando que de fato havia algo ali tão intenso que deveria mesmo ter sido irresistível para o vampiro rockstar .
Descalço pelo estúdio se balançando para as cordas de Monique enquanto os demais foram se agrupando. Charlie mal se deu conta que passara o dia todo com suas novas companhias sinistras, entretido, formulando suas próprias opiniões a respeito do rumo que tomara.
