Olá!
Presta atenção aqui, esse não é um romance comum nem um conto de fadas. Você vai entrar em uma história intensa sobre como um humano com um passado complicado e uma mente muito filosófica - Charlie - quase virou a janta de um vampiro rockstar...
Música desse capítulo - Marilyn Manson - If I was Your vampire
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Como Charlie afirmou que não participaria, tiveram que pegar um músico local para completar.
Entraram pelos fundos da casa de show, já havia certa fila na frente. Deram as partituras e instruções para o músico que ficaria na bateria e logo Monique e Andy estavam ajudando-o a pegar o som e a montar o palco. Yves testou o microfone e olhou a estrutura do lugar, mas não ficou muito ali. Sentou sobre uma das caixas de som e ficou.
Quando deu o horário, as portas foram abertas e os fãs foram entrando. Não demorou e estavam gritando por Yves. E o rockstar não demorou em atender ao chamado, foi para o palco de braços abertos.
O show começou com a batida arrastada de "If I Was Your Vampire".
Era devagar de início, com um tom de suspense, a voz rouca e baixa de Yves no microfone arrepiava aos ouvintes. Até a guitarras distorcida de Monique explodir junto ao refrão e a poderosa voz eclodir.
_"If I was your vampire, Certain as the moon, Instead of killing time, We'd have each other till the sun..."
Nos intervalos em que o instrumental transcorria, Yves conversava com o público:
- Estou com fome... Ouvi dizer que alguns de vocês querem se voluntariar para saciar minha sede de sangue...
E o público reagia, estendendo mãos, gritando como que em disputa para ser escolhido.
Quanto a Charlie, preferiu ficar na lateral do palco, de onde poderia ver a banda de forma privilegiada. Com Carl, o agente, conseguiu algumas garrafas de cerveja, já estava bebendo uma delas. Também se arrepiava com o timbre de voz e a guitarra de Monique.
A interação de Yves, algo que já conhecia, entretanto, o fez revirar os olhos. De onde estava via as pessoas agitadas, verdadeiramente ignorantes. A menor possibilidade de que o vampiro fosse fisgar alguém o desagradava. Era um conflito por duas questões: as mortes permaneciam sendo um horror pessoal à Charlie. A outra possibilidade de que ele não matasse também. Significaria que Yves estava desejando outro, como o desejou? Isso era um tipo de ciúme? Se sentiu doente de pensar a respeito, pois a solução desta equação era de que qualquer outro mortal que cruzasse o caminho do vampiro deveria morrer para que pudesse manter seu lugar de amante preservado. O loiro virou mais a cerveja, desejando que aqueles pensamentos fossem engolidos de uma só vez.
Andy e Monique encostavam as costas um no outro para tocar, fazendo a cena deles pelo palco também.
Yves foi para a beirada no palco , se sentando com as pernas para fora enquanto os fãs tentavam lhe alcançar. No fim escolheu duas moças, uma negra com a lateral da cabeça raspada e uma de morena de cabelos longos que usava a camiseta da Éternelle amarrada como um top. Elas contrastavam com sua figura loura. As puxou para subir ao palco e continuou cantando, abraçado a elas que deslumbradas por estarem ali, se agarravam a ele.
