9. Vai acontecer um acidente

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Música do capítulo: Placebo - Infra-red.

Para Yves, Charlie só havia cansado de sua aventura e queria voltar para sua vida entediante e previsível

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Para Yves, Charlie só havia cansado de sua aventura e queria voltar para sua vida entediante e previsível. Porque não lhe fazia sentido nada mais. Sentiu a vontade de matá-lo novamente, por um segundo, mas o resultado foi aquele. "Devia tê-lo matado no primeiro dia no The Purge. É o que se ganha quando se brinca de ter sentimentos por humanos."

Sua expressão de revolta era tanta que quando se juntou aos outros, Monique discretamente lhe perguntou se havia matado Charlie, Yves só negou com a cabeça.

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Éternelle partiu para alguns shows e entrevistas em São Francisco e depois em Vegas. Resultando que nem mesmo "Mephisto" era visto por Charlie. Como o humano desejou, a vida em Los Angeles voltava ao seu completo normal.

A banda viajava de van, logo essas pequenas viagens e estadias em outras cidades tomaram semanas, quase o mês todo. A casa nas Colinas ficou fechada, vazia. E os cartazes de pessoas desaparecidas após o show no Griffith Park começavam a envelhecer nos muros e postes das ruas.

Charlie adoeceu nos dias que se passaram, fragilizado pela agressão que sofrera, contraiu algum tipo de inflamação e sangramento e teve dias inteiros de cama e febre

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Charlie adoeceu nos dias que se passaram, fragilizado pela agressão que sofrera, contraiu algum tipo de inflamação e sangramento e teve dias inteiros de cama e febre. Não teve vontade ou ânimo de recorrer a algum tipo de ajuda e sem conhecimento médico não percebeu a gravidade.

Desabou, desgostoso com o que sentia, as palavras duras de Yves e sua expressão de ódio o visitavam em sonhos cada vez mais esvaziados de sentido. Sua mente pregou peças tristes, confundindo John e Yves em pesadelos intensos. Ouvia a voz de John com frequência: "o que você está fazendo Charlie? Por que está me dizendo isso?" E pensava em Yves o acusando.

Nisto concordava com o vampiro: John deveria ter sido aquele que sobreviveu. Era culpa do Charlie, afinal de contas. Se não tivessem discutido, se não tivesse acelerado... a culpa o esmagava contra a cama, ao som da voz de John pedindo que acelerasse.

Então podemos pensar que, por causalidade ou milagre divino, Nate, que era o mais próximo de um amigo naquela cidade, apareceu em seu prédio. Disse que sabia que Charlie estava em casa e que chamaria os bombeiros caso não o recebesse, assim conseguiu ser atendido e de lá pra cá, se sucedeu uma pequena internação para tratar a lesão abdominal e sangramento interno. Não foi necessário cirurgia, mas recebeu sangue e antibióticos.

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