20. Je T'aime

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Músicas desse capítulo:
-Oceans of Slumber - Nights in white satin
-Jeff Buckley - Grace

-Placebo - Je T'aime moi non plus

Assim que entraram na suíte, Yves trancou a porta com o sinal de "Não perturbe" para fora

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Assim que entraram na suíte, Yves trancou a porta com o sinal de "Não perturbe" para fora. Foi até a varanda, trancando também e puxando as cortinas, fechando o máximo que era possível.

- Posso te falar alguns truques, para lidar com vampiros. Que imagino que não vá usar contra mim! – Riu, soprado, dando uma voltinha pelo quarto olhando para as malas, abriu o compartimento de uma delas pegando algo na mão.

- Será? - Devolveu com um sorriso sacana nos lábios. Se livrou das botas, a jaqueta e até mesmo da camisa que vestia, mantendo apenas a calça de courinho falso. Ficou curioso com os movimentos do outro loiro, mas nada adiantou espiar.

Yves colocou a mão para trás para que Charlie não espiasse e se aproximou dele, grudando o peito junto e beijando brevemente enquanto o empurrava para que fosse para cama. O humano foi indo para trás o puxando com os braços naquele beijo, querendo o tornar mais longo do que o outro.

- Deita, vou já mostrar. – Seguiu empurrando e foi junto dele, por cima de Charlie.

Charlie acabou acatando e deitando, segurou o rosto de Yves o impedindo de afastar suas bocas. Já era saudade? Talvez. Queria o sentir, era mais importante que os tais truques para vampiros.

- Está bem, me mostre alguns truques... - mas lhe dizia de forma dúbia e maliciosa, deslizando as mãos firmes pelas laterais do corpo de Yves.

O vampiro viu Charlie se deitar naqueles lençóis brancos como outrora havia vislumbrado em sua mente, parte daquela fantasia que o loiro tivera na Orpheum Theatre. Com sua resposta provocativa, Yves sorriu, apoiando um braço em cada lado do rosto de Charlie. Beijou-o no pescoço, sugando a pele entre os lábios, passando a língua e roçando as presas quase sem querer. Charlie deslizou os pés sobre a cama, contorcendo o corpo levemente com o beijo que recebia em seu pescoço. Tinha uma descarga elétrica o envolvendo pelo corpo todo, suspirou, sentindo o aperto do desejo no peito. Queria o beijo do vampiro, aquele que o fazia flutuar. Desejavam em conjunto, era um fato.

Era a primeira vez que teria Yves em seus braços de forma suave, espalhando os cabelos de fios de ouro sobre si, sentindo o perfume - ainda aquele adocicado das vítimas do show.

A sedução pulsante do humano quase fazia o vampiro esquecer do que fazia e falava. Sentou sobre o ventre do escritor, tirou a própria blusa e depois com uma mão segurou ambos pulsos de Charlie para cima contra o encosto da cama. O humano o assistiu, e em seu ventre o membro pulsava duro.

- Já sabe que somos eternos, mas não imortais de fato. O sol nos mata. O fogo nos mata. Se cortar a cabeça fora, dificilmente se sobrevive. Estaca no peito funciona, não mata, mas paralisa. Nem todo vampiro lê mentes nem se transforma em animais, e temos diferentes níveis de força e velocidade, alguns podem até mesmo criar fogo, incinerar coisas e pessoas. Victor podia...

Bloody NightsOnde histórias criam vida. Descubra agora