21. Shilah

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Música desse capítulo: Queen - Under Pressure

Conforme combinado, a tarde Monique encontrou-se com Charlie para o almoço e depois o chamou para lhe acompanhar para ensaiar um pouco, mostrar ao outro humano algumas músicas em que estavam trabalhando

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Conforme combinado, a tarde Monique encontrou-se com Charlie para o almoço e depois o chamou para lhe acompanhar para ensaiar um pouco, mostrar ao outro humano algumas músicas em que estavam trabalhando.  Ela também sacou o cheque para ter a grana deles em mãos, Charlie tinha sua parcela ali por ajudar eles, era parte da Éternelle. 

O escritor estava já deveras entrosado com a morena, lhe rendendo trocas entusiasmadas de arranjos e novas aspirações musicais. Embora ele tivesse um estilo tipicamente melancólico, dado a façanhas com a guitarra, aprendia algo sobre as composições do pós-punk gótico que tocavam e mostrava um outro tanto do que produzia entre o blues e o rock progressivo.

Ao cair da noite, estava tudo pronto para longa viagem. Seguiriam para o Colorado, em Denver para um outro grande show. Porém teriam que parar em uma cidadezinha no meio para passar o dia. A morena também nem deu tempo para Andy e Yves sequer se arrumarem direito, os mandou ir para a van e logo estava dirigindo com as janelas abertas.

- E tratem de ficar atentos para outros sanguessugas igual a mocinha bonita nos alertou. – Disse esticando o braço e beliscando Andy que chiou de modo felino para ela, mostrando as presas, coisa que ela nem se intimidou.

- Então, o que mais andou escondendo de mim, Charlie? – Yves puxou o assunto, recobrando o fato dele ter lhe "enganado" na noite anterior.

A pergunta de Yves o chamou, acendeu o último cigarro – precisava comprar mais - iluminando os olhos claros com a chama do isqueiro, o vampiro pôde vê-lo conter um sorriso com o filtro nos lábios. Fez cerimônia soltando a fumaça para o vento quente que vinha de fora e voltou o olhar.

- Que voudriez-vous savoir? - lhe perguntava do que gostaria de saber, provocando o vampiro com sua própria dose de voz melodiosa e charmosa. Pelo uso da palavra, a leveza do sotaque, sem dúvidas aprendera com um tutor tradicional e exigente.

- Me enganou todinho. – Estreitou o olhar prestando atenção em suas palavras e sotaque, comprando seu charme. – Você não é francês, nem descendente.

- Também não é canadense. – Completou Andy, o francês do Canadá era diferente, dava para sentir.

- Ele é playboy, esqueceu? Deve ter aprendido nessas escolinhas bilíngues, tentou a morena.

- Não, não sou. – Respondeu a todos, negando as descendências - Não foi só a escola. Fomos educados também em casa. Música, francês, alemão e o que mommy gostava de chamar de orientações para bons garotos...

Charlie deu risada, não de felicidade, mas carregada de sarcasmo enquanto soltava sua fumaça. Andy cortou o assunto, quando começou a puxar um som enquanto fazia uma percussão improvisada nas costas de um violão. Afinal, o que era uma viagem com músicos sem fazerem música? A música a seguir veio a calhar e Charlie se juntou ao grupo, deixando o assunto pra lá.

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