11.Touch-A, Touch-A, Touch Me

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Músicas desse capítulo:

The Police - Every Breath You Take
The Rocky Horror Picture Show - Touch-A, Touch-A, Touch Me e Over At The Frankenstein Place

(+18) Esse capítulo contém cenas maduras explícitas ( +18) Você foi avisado!

De fato Nate não era insubstituível e Charlie ficou ciente disso no dia seguinte, quando o novo editor ligou

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De fato Nate não era insubstituível e Charlie ficou ciente disso no dia seguinte, quando o novo editor ligou. Dificilmente o trabalho continuaria no ritmo que preferia, tampouco o novo editor se demonstrou amigável com os prazos estourados do escritor.

Mal o corpo de Nate esfriara e o rapaz já tinha que se haver com a nova realidade.

Contudo, com a reconciliação, quando acordou e teve que enfrentar os fatos, deixou de lado o plano de fugir de LA para escapar da dor. Pensava agora no que ele dissera: ir com a Éternelle. Não seria de todo mal e poderia unir dois desejos de uma só vez: Voltar às viagens e permanecer na companhia do amante.

E a Éternelle recebia mais convites para shows em outras cidades, desde as pequenas até as grandes, todas tinham seus festivais e casas de rock querendo o vampiro rockstar. Monique passava o tempo debruçada sobre mapas desdobrados sobre a mesa, fazendo anotações de trajetos e estradas que deviam pegar para chegar nos destinos, já que preferiam ir com a van parando pelas cidades. Yves queria que ele fosse junto.

Quando Charlie passou no bar noite seguinte, ficou sabendo do enterro de Nate, mas não teve coragem de ir. Ficou com a impressão de que seria assombrado pelo editor, e carregava culpa pelo seu destino.

Ser assombrado não seria novidade, e preferia não correr o risco de sofrer aquilo que os médicos chamavam de crise dos nervos, alucinação e outros diagnósticos mais que lhe enfiaram goela abaixo após a morte de John. Diziam que ele não sabia lidar com o luto e embora duvidasse que seu afeto por Nate fosse forte o suficiente para acarretar naquele tipo de crise, preferiu evitar.

Fez as malas com aquilo que julgou importante. Como fizera no passado, reuniu roupas, itens pessoais, seus bons livros e seu violão. Tudo isso era fácil e simples e o deixava genuinamente empolgado.

Já era outra noite e esperava que Yves aparecesse de alguma forma. Viu Mephisto na janela. Chegou a falar com ele, crente naquela loucura de que o bichano o olhava e se comunicava com o vampiro. Disse a ele que queria ver o vampiro. Achou deveras intrigante como ele parecia realmente entender o que ele dizia.

Então Charlie esperou. Sentado em sua escrivaninha diante da máquina de escrever, fumando seu cigarro e acompanhado do copinho de vodka, tentava escrever sobre a nova música do The Police, que deixou tocando no aparelho de fita k7 e cantarolava distraído.

-Oh, can't you see you belong to me how my poor heart aches with every step you take.

Então assim que Mephisto lhe avisou que o loiro queria lhe ver, Yves foi rapidamente atender seu pedido.

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