Olá!
Presta atenção aqui, esse não é um romance comum nem um conto de fadas. Você vai entrar em uma história intensa sobre como um humano com um passado complicado e uma mente muito filosófica - Charlie - quase virou a janta de um vampiro rockstar...
Música desse capítulo: David Bowie/Tin Machine - Sorry
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Charlie não estava preparado para aquela afeição, ficou atônito por alguns segundos, encostando o rosto no dele, pensativo. Lembrou que quando era criança, ele e o gêmeo costumavam pensar que os antepassados ainda vagavam por aí e chegaram a jurar ter visto o fantasma do bisavô Franklin na Milk Way Farm, cuidando dos cavalos ou terem ouvido o choro de criança, que diziam ter sido de Ethel, morto tragicamente enquanto brincava com uma pistola. Estas histórias todas, já na vida adulta, pareciam apenas histórias de família, carregadas de exagero e superstição. Charlie se surpreendeu de lembrar disso.
Soou muito gentil que Yves se dispusesse a desvendar o mistério e levou a mão ao seu rosto para uma breve carícia. Yves achava que era uma ótima ideia a sua! Ir lá como o cavalheiro no cavalo branco e desvendar o que quer que estivesse o perturbando há anos
- Eu não quero ir pra Nova York, cara. – Resmungou Charlie em resposta, afastando a proximidade- Não vou colocar os pés na mansão dos Mars. - Estava evidente que entrou em negação e era interessante como sempre se referia a família como algo apartado de si mesmo. - Esqueça Yves. Vamos focar no que está rolando agora, a turnê, os shows e a estrada. Isso é o que importa.
O vampiro olhou ele se afastar, um tanto inconformado, abriu os braços num gesto que claramente deixava bem visível esse fato.
- Não imaginei que você fosse um covarde.
-Imaginou errado - Devolveu ao rockstar, permanecendo imóvel junto a sua bebida.
Yves passou por ele indo pegar o roupão que deixou no chão e o vestiu, deixando aberto enquanto caminhava para voltar ao quarto.
- Eu vou, então. Com ou sem você.
O escritor não o seguiu prontamente, escolhendo se sentar numa das espreguiçadeiras.
- Bullshit. - Murmurou pra si, pondo um fim a garrafa. Mephisto que ainda o observava a distancia assistia Charlie ficar desta forma por quase uma hora até vestir o roupão, pegar as roupas e retornar ao quarto.
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Yves ficou mais ofendido do que o esperado pela negativa de Charlie. E isso era um tanto assustador. Foi molhado e seminu direto para o quarto em que Monique estava. A morena estava prestes a ir dormir quando o vampiro invadiu seu quarto daquele jeito. Sem entender muito a razão da cara fechada ela apenas o recebeu, e ambos sentaram para falar de música.
- Brigou com o Charlie, né?
- Quê? Não, ele que é um covarde ingrato. Quis ajudar e ele foi um ignorante! Devia ter mordido e deixado pra apodrecer.
- Mas você não fez isso. Nem hoje, nem a outra noite, nem a outra... E sabe muito bem porquê. Ta apaixonado.
