Músicas desse capítulo:
The Cure - The Forest
The Rolling Stones - Sympathy for the Devil
Korn - System
Disturbed - ForsakenMonique se animou muitíssimo com a notícia de que Charlie tocaria com eles no próximo show. Fez questão de passar as músicas e as rotinas que costumam fazer. Isso os ocupou tempo suficiente para que, na noite seguinte, quando os vampiros - agora os 3, acordassem, já pudessem rumar enfim para Denver com tudo arrumado.
Charlie combinou com sua editora de LA de que entraria em contato na próxima cidade, segundo ela, havia uma série de cartas de fãs da Éternelle e ela as enviaria no próximo contato, para que ele pudesse conduzir sua própria narrativa de forma a dialogar com o público.
O escritor já estava devidamente arrumado com suas roupas de vampiro, brincou com Monique, incorporando o estilo e aquilo que ele próprio chamara de alegoria. E era deveras perturbador como, com exceção dos cabelos mais curtos, poderia se igualar a Yves.
A morena, revoltada com suas roupas batidas, o fizera vestir destas segunda pele rasgadas e acessórios emprestados. O choque fora instantâneo, e só topou sair com a peça, podendo cobrir a pele com a costumeira jaqueta - que na hora do show, não teria jeito, iria tirar. Com pó branco, lápis preto nos olhos e toda a pompa que a banda exibia, Charlie se sentia um verdadeiro estrangeiro em si mesmo, fitando no reflexo do vidro o rosto que já estava acostumado a ver enérgico no palco.
Se fosse menos carrancudo, teria admitido que estava intimidado - não com o palco, já que apenas o desgostava moderadamente, mas sim, com a gemelidade compartilhada com o vampiro e em como isso iria reverberar quando fizessem o show.
Ao se arrumar, Monique estava com o moicano escuro altíssimo, que dobrava quando entrava no carro para dirigir, maquiagem pesada delineando os olhos como uma obra de arte da época. Orgulhosa de como havia feito com Charlie, olhava-os pelo retrovisor, com Andy no banco da frente como sempre.
Shilah quase confundiu Charlie com Yves ao entrar na van, sentando bem ao seu lado e o encarou. Foi o cheiro, cheiro de humano pulsante, que o fez perceber que não era.
- Será se são parentes? - Comentou, o olhando de perto.
- Não, Shilah, não sobrou ninguém da minha família, lembra? - Disse Yves ao entrar na van em seguida, puxando o outro vampiro pelo ombro para sair daquele lugar – era o seu lugar!
- Mas já pensou se a Claire estava grávida e...
- Shhhh. Impossível, não começa. – Yves encarou Charlie, sem querer demonstrar, mas também bastante estarrecido com a similaridade. – Que bom que vai tocar com a gente, Charlie, vamos nos divertir!
- Delicado como um rinoceronte, não é? - Respondeu Shilah.
O outro citar Claire, fez o loiro voltar o olhar pro vidro, repentinamente enciumado de que ele soubesse da história de Yves. Claro que sabia! É destas coisas que se fala quando conhece alguém por quem nutre afeto. Yves estava com uma blusa de manga longa de tule toda transparente, vários colares no pescoço, um crucifixo grande e um colete longo despontado.
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Bloody Nights
VampireOlá! Presta atenção aqui, esse não é um romance comum nem um conto de fadas. Você vai entrar em uma história intensa sobre como um humano com um passado complicado e uma mente muito filosófica - Charlie - quase virou a janta de um vampiro rockstar...