Presente

327 22 26
                                    

O dia amanheceu, e eu estava realmente nas nuvens. Tinha finalmente realizado meu desejo de anos, finalmente tinha estado nos braços de Erwin. Hoje era meu aniversário, e estaríamos todos reunidos num restaurante com vista para o mar. Eu não sabia como agiria ao estar com ele perto de nossas famílias, mas com certeza invocaria o espírito de uma atriz digna de Oscar para disfarçar a conexão entre nós.

Levantei com muita preguiça da cama, mas o dia estava lindo para ir à praia. Tomei um banho, vesti meu biquíni cavado vermelho, uma saída de banho, e fui bater na porta de Armin.

- Armin?! Acorda, vamos pra praia!

- M-Morgana?! V-Você já acordou? – Respondeu ele, com a voz meio falhada.

- Sim ué, se eu estou batendo em sua porta, deve ser porque acordei. Anda logo, o dia está lindo hoje, e eu quero pegar uma marquinha de biquíni!

Será que o Erwin gosta de marquinhas de biquíni?

- Espera, só um minuto!

Eu ouvia uma movimentação dentro de seu quarto. Aproximei minha orelha da porta, e podia ouvir a voz de outra pessoa lá, mas não consegui identificar a voz. Claro que não era ninguém conhecido, estávamos viajando longe de casa.

Algum tempo depois, ele abriu a porta apenas o suficiente pra ele conseguir se esgueirar por ela, e depois fechou rapidamente. Ele estava com o rosto corado, e parecia sem jeito, meio desconfiado. Eu o fitava com os olhos cerrados, e ele desviava o olhar de mim.

- E aí, quem é o sortudo que dormiu aí?

- O-o quê? Do que você tá falando, tá doida?

- Armin, por favor, né. Eu sei que tem uma pessoa aí dentro. Você vai me falar quem é ou não?

Ele me puxou pelo braço bruscamente, e eu cambaleio, quase caindo.

- Calma, porra! Quer me derrubar?!

- Você não quer ir à praia, Morgana? Então vamos pra praia!!!

Eu comecei a rir dele, pelo nervosismo e a necessidade dele de sair daquela saia justa o mais rápido possível. Chegamos na barraca da praia, e eu pedi duas águas de coco.

- E aí, vai me contar quem é o felizardo que estava no seu quarto?

Ele olhou para os lados, como se estivesse se escondendo de alguém, e depois se abaixou para ficar mais próximo de mim, e eu fiz o mesmo para escutar a fala dele.

- Sabe aquele rapaz de cabelos castanho claro, que está hospedado aqui também? Nós nos esbarramos com ele duas vezes nesses dias...

- Um alto, com cara de cavalo?

Armin revira os olhos.

- É, esse mesmo. E ele não tem cara de cavalo.

- Tem sim. – Provoquei. - Como é o nome dele?

- Jean.

- Nome bonito. E se me permite dizer, o dono do nome também é um gato.

- A propósito, feliz aniversário!!! 22 anos, tá ficando velha...

Ele me abraçou e eu retribuo o abraço, sorrindo.

- Nossa, eu tô novinha poxa. Você só é mais novo que eu meses, então nem vem.

- Ainda sou mais novo que você.

Nós ficamos na praia, até a hora do almoço. Voltamos para o hotel, almoçamos, e voltamos pra praia, porque eu queria ficar bem marcada. Á noite, eu tomei um banho daqueles, e me produzi toda para o jantar.

Fruto ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora