Fruto Proibido

Pedido

Depois de vestir minha roupa, escovar os dentes e todo o resto, desci para a sala, e Erwin estava sentado no sofá com Anthony nos braços, e ria para ele com todos os dentes. Assim que me viu, disse:

- Olha Morgana, Eu ensinei o Anthony a dizer "papai"! – então ele retornou sua atenção a Anthony, e disse: - Vai Anthony, pra mamãe ver: Papai!

Anthony ficou olhando fixamente para Erwin, e não disse uma palavra. Eu cruzei os braços e segurei o riso.

- Papai! – Erwin repetiu. Depois de um breve período, ele disse: – Vai, Anthony, não me faz passar vergonha na frente da sua mãe! Pa-pai!

Silêncio.

Não consegui segurar o riso. Erwin olhou pra mim, um misto de decepção e raiva por eu estar rindo dele.

- Erwin, ele não vai f-

- Papai!

Nós dois viramos os olhos para Anthony, e Erwin sorriu, vitorioso e eufórico.

- Isso, Anthony! Sou seu papai, e eu te amo muito! – Erwin o abraçou, colocando a cabeça dele em seu ombro, e virou pra mim. – Eu disse que ele tinha falado!

Sentei ao lado de Erwin no sofá e afaguei seu cabelo, fazendo um carinho leve.

- Ele fala pouca coisa ainda. Mas fico feliz que ele tenha aprendido rápido. – Encostei minha testa na de Erwin, e completei. – Eu te amo.

- Também amo você.

Ele aproximou seus lábios dos meus, e nos beijamos calmamente, mas cheio de amor.

A campainha tocou, e eu me levantei para abrir a porta. era Reiner com o nariz envolto num curativo, com Bertholdt do lado.

- Reiner! Você está bem? Fiquei preocupada com você!

- Tô bem, fora meu nariz, como você pode ver.

- Mas quebrou mesmo? – perguntei, dando espaço pra que ele entrasse em casa.

- Sim..., mas não o suficiente pra fazer uma cirurgia, pra minha sorte. Apenas disseram pra eu ficar com esse curativo por dez dias, mas que tomasse muito cuidado depois desse tempo. – respondeu, enquanto sentava no sofá de frente ao de Erwin.

- Tudo certo, Hoover? – Erwin perguntou, e Bertholdt confirmou com a cabeça. Depois, Erwin se dirigiu a Reiner: - Reiner, mais uma vez, me desculpe. De verdade. Vou dar todo o suporte que você precisar.

Reiner olhou para Erwin por um momento, e depois virou sua atenção pra mim:

- Eu precisei ter o nariz quebrado pra você poder falar a verdade pra ele?

- Tecnicamente você falou, e não eu. – Respondi, sentando ao lado dele. – Mas obrigada por isso. Obrigada por tudo, Reiner. Eu nem sei o que teria sido de mim sem você. Me desculpe por fazer você ter o nariz quebrado... – concluí, com um sorriso tímido.

- Tudo bem, acho que valeu a pena... – respondeu, com um sorriso fraco.

- Obrigada, Bertholdt, por cuidar dele.

- Não precisa agradecer, senhorita Ackerman. – respondeu, com um sorriso fraco.

- Reiner, eu sei que você precisa descansar, mas hoje temos muita coisa pra fazer. Na verdade, você não precisa fazer nada. Bertholdt... eu vou te pedir mais um favor. Quero que fique de babá dele por mais esse dia, se não for nenhum incômodo. Eu vou estar muito ocupada com Erwin, Armin e Jean, não vou poder cuidar dele.