Três meses depois, Anthony nasceu. Era um bebê gordinho, com os olhos azuis, da cor dos olhos de Erwin, mas do formato característico dos Ackerman's, que herdou de mim, e que eu herdei do meu pai. Lábios e bochechas rosadas, e fios loiros.
Metade meu, metade de Erwin. Uma prova de que tudo o que vivemos juntos um dia existiu, e que foi real. O fruto do nosso amor proibido.
Meus pais ficaram preocupados por ele ter nascido um mês antes do que eu havia dito para eles, pois eu disse que Anthony nasceu prematuro. Não era muito incomum na nossa família: meu pai havia nascido prematuro também, de sete meses.
Mesmo com Reiner me ajudando muito, ainda era difícil criá-lo sozinho, e eu me pegava muitas das vezes me imaginando como as coisas seriam, com Erwin vivendo comigo e nosso filho. Ainda doía muito, mas eu conseguia me manter firme, e aos poucos, a dor ia diminuindo. Eu poderia nunca ter Erwin ao meu lado, mas teria uma parte dele comigo para sempre.
Mesmo que ele nunca soubesse disso.
Fora todo esse peso emocional que eu carregava, minha vida era boa na Alemanha. Tinha conseguido um bom emprego numa multinacional junto com Reiner, e de vez em quando, ajudava meu pai com os negócios da empresa, à distância. Ele sempre me mandava algo pra me deixar "preparada" pra quando eu assumisse a empresa no lugar dele. Meus pais sempre me chamavam pra voltar, e eu sempre inventava uma desculpa, mas a verdade é que eu não sabia se já estava pronta para encarar Erwin novamente. Armin e Jean sempre ligavam para mim, e para ver Anthony. Armin era louco pelo irmão.
No aniversário de um ano de Anthony, meus pais, Armin e Jean vieram novamente para a Alemanha, para comemorarmos todos juntos. Eu e Reiner fizemos uma festinha pequena em meu apartamento, apenas para nós sete.
- Filha, olha como o Anthony parece com seu pai quando ele era bebê!
Minha mãe tinha escaneado uma foto de infância do meu pai e salvado no celular, e mostrou para mim. E realmente, eram idênticos.
- Nossa, mãe, ele é a cara do papai!
- Deixa eu ver essa foto, Hange! – Armin pediu, junto de Jean. – Realmente, ele é a cara do Sr. Ackerman! – exclamou, assim que viu a foto.
- É, eu sei que eu sou lindo. E meu neto também! – dizia meu pai, enquanto levantava Anthony nos braços, e beijava sua bochecha, fazendo cócegas nele. Anthony adorava, e gargalhava. Meu pai ficava todo bobo com o neto.
...
Depois de brincarmos muito com Anthony, ele já estava exausto, então eu o alimentei e o coloquei para dormir. Depois disso, fiquei na sala junto de Reiner, Armin, Jean, e meus pais.
- Morgana, eu vim aqui para comemorar o aniversário de Anthony, mas não só por isso. – Meu pai começou falando, agora estava mais sério. – Vim pedir que volte para casa. Volte para Paradis.
- E não aceitamos não como resposta, filha. – Completou minha mãe. – Queremos acompanhar o crescimento do nosso neto, queremos ele perto da gente, e não em um país distante.
- Mas pai, estamos estabilizados aqui... temos um bom emprego, e vivemos bem!
- Questão de emprego não precisa se preocupar, nenhum dos dois, e você sabe disso. – Meu pai falou, tomando um copo de whisky. – Não aceito minha filha sendo uma subordinada qualquer sendo minha filha, filha de um dos donos da Health Corp.! Reiner terá emprego na empresa, ele poderá ser seu assistente. E você precisa estar lá, Morgana, precisa estar comigo nos negócios, nas reuniões, resolvendo tudo ao meu lado, assim como Armin está ao lado de Erwin.
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Fruto Proibido
FanfictionMorgana Ackerman é uma jovem de 21 anos que está em seu último ano da faculdade de administração. Com isso, começa a estagiar na empresa da qual seu pai, Levi Ackerman, fundou junto com seu melhor amigo, Erwin Smith, do qual ela nutria sentimentos d...