Capítulo 05

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Quando minha mãe morreu e eu tive que morar com minha irmã eu não sabia o que me esperava. Se morando com minha mãe eu já conhecia o caos  ...com Júlia e Antônio eu passei a conhecer o inferno, tenho que pagar para comer, dormir,tomar banho.

Como meu cunhado diz tenho que pagar por tudo que faço nessa casa. Falar em Antônio, o soco que Alan deu nele teve consequências pra mim, quando cheguei no domingo ele me bateu dizendo que eu estava apanhando por ter permitido que Alan batesse nele, por último tomou todo o dinheiro das vendas dos bolos, meu corpo ainda tem as marcas da surra que levei. Já passa das duas da tarde quando resolvo sair do quarto para almoçar.
Passo pela sala e encontro Júlia escovando os cabelos e sei que ela vai sair, chego na cozinha e não encontro nada para comer, vou na despensa e está trancada, saio da cozinha e vou em direção à sala. Vejo Júlia me olhar com um sorriso cínico no rosto.

-Não teve almoço hoje? - pergunto, mesmo sabendo a resposta.

- Você não pagou a sua parte da despesa, então sem almoço ou janta pra você, até que pague e não esqueça do aluguel do quarto - diz como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Saio em direção ao meu quarto,entro e tranco a porta e deixo um lágrima escapar dos meus olhos.
Não pensem que eu não tentei outro trabalho a não ser vender bolo, na verdade todos que consigo, Júlia ou Antônio faz com quer eu perca o último que tive foi em um salão de beleza, mais Julia disse a dona do salão que eu era um puto que gostava dos homens dos outros, minha ex patroa acreditou e me demitiu, único jeito foi vender bolos em frente a um supermercado. Escuto alguém forçar a fechadura da porta e sei que é Antônio, não posso permitir que ele entre ou vai roubar o único dinheiro que eu tenho para comprar os ingredientes dos bolos de amanhã.

Percebo que eles saíram, e só assim saio do quarto para ir ao  mercadinho aqui do bairro compro tudo que preciso e volto pra casa, faço as massas dos bolos e vou arrumar a casa ou terá consequências. Depois de tudo arrumado volto para cozinha e monto os bolos nos potes e fazendo os com recheio de coco lembro de Alan são os preferidos dele... Pensar em Alan faz com quer meu coração acelere, e minhas mãos fiquem suadas, todas as vezes que ele chega para comprar os doces minha bochechas ficam vermelhas... Passar aquele domingo com ele foi a melhor coisa que já me aconteceu em tanto tempo... Minha amiga diz que estou apaixonado, na verdade ela está certa... Tem dois meses que conheço ele, nesse tempo eu me apaixonei, mas sei que Alan nunca terá nada comigo. É isso que Melissa diz todas as vezes que estamos conversando.
Termino de montar os bolos no pote e vou limpar a cozinha, depois de tudo limpo, tomo banho e vou dormir.

Saio cedo, pois tenho que andar por volta de quarentena minutos, até chegar ao local que eu vendo os bolos, atravesso a ponte que separa um bairro do outro... Chego no supermercado e coloco a mesa, e o cartaz promovendo o produto que vendo e espero os clientes chegar.
Percebo que as vendas estão lentas hoje e isso me preocupa, se não conseguir vender não  sei como pagar o aluguel do quarto que durmo, fico pensando nos meus problemas e quando levanto a cabeça... Vejo Alan vindo em minha direção e abro um sorriso instantâneo, esse homem lindo consegue melhorar cem por cento do meu dia e olhe que minha vida é uma merda.

Um novo recomeço (romance gay mpreg) Onde histórias criam vida. Descubra agora