Que verdade não dói?

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POV DRACO

Cansado de ter Hermione me cutucando para ir falar com Harry, eu me levantei e o puxei pelo braço sem aviso prévio.

Andamos pelos corredores, e quase tive de arrasta-lo. Achei uma cabine vazia e o empurrei para dentro. Ele parecia assustado com minha atitude, mas não falou nada.

- Você não é um ator muito convincente, Harry. - eu disse me sentando.

Ele arregalou os olhos e desabou no banco, seu olhar se fixou para além da janela.

- Não sei do que você está falando. - ele disse por fim.

- Ah, Harry, vamos... eu e a Mione já percebemos. Você está disfarçando sua verdadeira reação. - eu disse já perdendo a paciência.

- Eu... eu... Ei! Você e a Hermione não tem nada haver com isso, tá bom! - ele se levantou me encarando com ar de ameaça, me levantei também, mostrando que não estava brincando.

- Você está mentindo para a minha melhor amiga, e para a melhor amiga da minha namorada, então sim. Isso é muito da nossa conta! Se você acha que da conta então pode vir! Cai dentro! Mas se partir o coração da Ginny, vai desejar que Voldemort o tivesse matado!

Ele continuou me encarando, e lentamente sua raiva foi se esvaindo.

- Eu só estou assustado, com medo! Cara, imagina se fosse com você! - ele disse.

- Eu estaria muito feliz. A felicidade estaria explodindo no meu peito, por que eu estaria ao lado da mulher que amo, nós teríamos um filho, a prova do nosso amor. Eu jamais, JAMAIS, partiria o coração da Hermione como você, inevitavelmente, vai fazer com a Ginny se continuar com essa atitude. - declarei por fim.

Ele se sentou, e pousou o rosto nas mãos.

- Eu não posso fazer isso. Não posso. A sr. Weasley vai nos matar... Definitivamente, eu não posso fazer isso.

- É o que vai fazer? Abandonar a Gina, grávida? Seja homem, porra!

POV HERMIONE

Gina tinha um sorriso irritante nos lábios.

- Harry e eu vamos ter um filho! Dá pra acreditar? Não sei por quê estava com tanto medo. Ele não é incrível? - ela disse com um riso bobo.

- Gina. Por favor, seja realista, tudo bem? Não crie muitas expectativas. - eu disse tentando ser sincera, sem fazer muito alarde.

- Não estou criando expectativas, estou criando planos para o futuros. - ela afirmou decidida.

- Gina, é sério, para. As vezes, as pessoas não são o que parecem ser, e as vezes são exatamente o que parecem ser. Então você tem que prestar muita atenção, e enxergar com muita clareza, - tentei dar ênfase para ela entender. - para ver a diferença. Entende?

Ela parou e me encarou por algum tempo, abriu a boca algumas vezes, e voltava a pensar.

- Pra ser sincera, não entendi.

- O quê eu estou tentando dizer... - a porta se abriu me interrompendo.

Draco e Harry já estavam de volta, e não tinham boas caras, o que só confirmava minhas suspeitas: Harry era um idiota mentiroso.

- Mi, vamos, eles têm muito o que conversar. - Draco me puxou num Abraço.

Andamos pelos corredores em busca de uma cabine vazia.

Quando encontramos, ele suspirou se largando no banco.

- Como foi? - perguntei o imitando.

- Nada promissor... - ele suspirou pesado. - E você?

- A mesma coisa.

Nós dois suspiramos...

- Essa história não vai acabar bem... - ele disse infeliz. - Não quero ver Ginny sofrer.

- Nem eu, mas não podemos ajudar muito, agora que...

- Eu sei... eu sei... sobre isso... Mi, Harry não é o único que está mentindo para agradar alguém. Então, me diz a verdade, o que você está achando da ideia de passar as férias em casa?

Respirei fundo pega de surpresa, não imaginava que ele me perguntasse aquilo. Pelo menos, não tão cedo.

- Acho que a ideia pode não ser muito atraente, mas estando ao seu lado, tudo será maravilhoso, sei que sim. - disse maquiando um pouco a verdade.

Ele deu um sorriso de satisfação, e me beijou.

- Te amo, Mi.
- Tá.
- Ou! - ele me cutucou.
- É brincadeira, eu também te amo, minha vida. - disse rindo.

Dito isso ele me abraçou forte, e respirou fundo sentindo o cheiro do meu cabelo.

- Draco, a gente precisa começar a tomar mais cuidado, a draconda tem andado muito em atividade, não quero acabar igual a Ginny, numa roubada. - eu disse sincera.

- Você nunca acabaria numa rouba comigo. - ele disse um pouco ofendido. - Mas acho que tem razão. Tudo o que fazemos, termina em sexo.

- Acho que estamos começando a ficar sem assunto, e para não ficar um clima, a gente acaba transando.

- Sem contar no mal humor, sempre que um esta de mal humor o outro atiça, para melhorar o seu lado.

- Acho que estamos nos distanciando do quesito romance...

- É... Talvez você tenha razão...

O fim é só o começo - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora