ATENÇÃO: ESSE CAPITULO POSSUI CENAS FORTES.
-O que caralho é isso? Julia? Porque você está agarrada com esse aí? - Gabriel esbravejou e percebi ele incendiar-se, ficar avermelhado e cerrar os punhos.
Eu queria rir ironicamente. Foi o que ordenei-me a fazer, mas só o que pude foi arquejar de dor. A minha ferida no peito começara a latejar e pinicar.
Julia desatou as mãos de perto de meu corpo e enxugou um pouco as lágrimas, com as olheiras ainda inflamadas.
Um trovão rasgou o céu e senti um pingo de chuva molhar levemente meus cabelos.
-Bora lá people... Isso é tão fucking hot (excitante)... Briga no meio da tempestade... Minha aposta é no honey baby (querido bebê)... - torceu por mim, a quem ela apelidava de honey baby, Marta, mastigando um forte chiclete de menta ruidosamente, vestida com um tomara que caia negro ornamentado com lantejoulas laranjas que se encerrava pouco abaixo da região da virilha. O decote era absolutamente alarmante, praticamente aberto, lhe mostrando o colo bronzeado e fazendo os seios praticamente explodirem. Ela enrolava nos dedos charmosa, a ponta dos cabelos cor de fogo com a boca encorpada por um batom vermelho forte.
Sexy era ela, foi o que me impedi de dizer.
Nunca tinha havido nada entre nós dois.
Nada!
O que não me impede de ter dificuldades em refrear meus hormônios masculinos... Ela era o tipo de garota provocante, atirada, decidida e independente que não liga para compromissos, acordos ou namoros. Era o tipo de periguete que nem mesmo se ofende se assim for chamada porque sabe reconhecer sua condição. É sincera consigo mesma.
Num momento estava redesenhado as curvas de Marta em meus pensamentos e noutro, me senti golpeado novamente pela realidade que agora se exibia na minha frente e uma inquietação brotou e se irradiou em meu íntimo.
Eu era um belo de um babaca, me sentindo balançado e remexido por uma puta qualquer, quando Julia tinha me confessado o que tanto eu buscara saber.
Era pra ter sido a nossa primeira vez, mas foi com Gabriel e não comigo. E ela disse que foi bom, ótimo, prazeroso, que ela havia se entregado para ele porque havia desconfiado de minha fidelidade.
A parte da confiança ainda me magoava, mas realmente acho que ela talvez estivesse correta. Marta havia capturado meus olhares quando chegou, e eu me mantive ao lado dela, pela excitação que ela me causava.
Era um aflorar de sexualidade e erotismo o que aquela garota me fornecia.
Nem mesmo o fato dela ser uma das componentes dos três me afastava ou me mantinha longe e seguro de meus impulsos masculinos. Perto dela, eu nada era diferente de um orangotango no cio.
Mas ainda tinha um fragmento daquela história que me deixava receoso, justamente a parte que envolvia a voluntariedade de Gabriel e a falta de percepção de Julia.
Qual garantia eu tinha de que ele não havia se aproveitado dela? Isso configuraria estupro! E eu não tinha dúvidas de que isso havia acontecido... Acho que ele seria capaz disso, seria capaz de se manter sóbrio, não se alcoolizar e a induzir a transar com ela.
Merda, talvez ele ainda fosse pior do que eu pensava! Era meu dever, pelo menos, separar os dois, ele não era o cara certo... Ou, ao menos, abrir os olhos da minha garota!
Julia se afastou um pouco de minha presença e não respondeu ao esbravejar daquele mal caráter que minha linda considerava seu novo relacionamento. A chuva tornou-se tempestade quando os pingos se transmutaram em baldes de jatos de água. Um vento de ciclone fez Julia se desequilibrar enquanto eu me arrastei para apoia-la a segurando na cintura. A dor apertou no joelho da minha perna intacta com o repentino esforço que empreguei no momento.
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Os Cinco (EM REVISÃO)
AdventureQuando se é jovem, sempre se busca uma nova aventura, um novo caminho a seguir. Uma forma de ousar, de seguir em frente de forma diferente. De formar sua gangue de amigos queridos e compartilhar entre eles seus sonhos, medos e desejos futuros... Mas...