Capítulo 21

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 A festa já estava bumbando, musica alta, bebidas e coquetéis sendo servidos. Homens cuspindo fogo? Essa minha amiga é mesmo muito doida. E muita, muita gente, acho que ela triplicou a quantidade de pessoas que estava na lista. Varro o ambiente a procura de Betina e a encontro com dois caras virando doses de tequila pela sua garganta a baixo, ela não tem juízo, ta ficando mais velha, porém mais louca. Tenho que salva-lá.

- Ei, ei, ei, larga ela. – Peço para os meninos, a puxo para o meu lado. – Você ta bem?

- Ai Larissa deixa de ser estraga prazeres e aproveita a festa... há alias sabe quem perguntou se você viria? – Ela levanta uma sobrancelha. – O Xande meu bem.

 Por que ele se interessaria se eu viria ou não? Até porque ele está cansado de saber que eu não perderia por nada a festa da minha melhor amiga.

- Por que ele está preocupado! Não temos mais nada. - Digo finjindo desinteresse.

- Ele disse que estranhou a sua demora e queria saber se você havia ido a algum lugar antes...ou coisa assim!

Viro-me para procurar por ele só por hábito, mas não o encontro.

- Betina... – olho para a minha amiga, mas o que vejo é fora do normal. Ela e o Lucas meu primo estão agarrados de boca sem a mínima vergonha, sentam em uma poltrona e se agarram ali mesmo, como são afobados esses dois...em fim fico feliz por eles.

 Ando pela multidão e converso com alguns colegas e a festa começa a ficar divertida. Estou dançando um pouco para descontrair com eles até que um par de mãos venda meus olhos. De início penso que é o Alexandre, talvez por esperança, mas depois percebo que não são suas mãos, pois a dele é maior, mais firme e mais dura, também não consigo sentir seu cheiro. Abaixo as mãos dos meus olhos e viro para ver o dono então encontro Lucas... esse mesmo, o que me beijou no barzinho o amigo de faculdade da Betina.

- Oi Lari! Antes de você dizer qualquer coisa eu queria pedir desculpa por aquele dia. Nossa eu estou tão envergonhado por ter agido daquela forma com você, eu... eu... tava fora de mim, eu tinha bebido também, só me desculpa?

 Ele é tão fofinho, tudo bem que ele agiu super mal naquele dia, mas não preciso ser sua inimiga mortal também né!

- Só se você prometer não fazer nada parecido com aquilo novamente! – Digo levantando um dedo.

- Ok, eu prometo! Podemos ser amigos? – Analiso sua proposta, então aperto sua mão estendida.

- Amigos.

 Lucas fica perto de mim dançando comigo e com outros colegas que estavam na mesma roda, porém mantendo uma distancia segura de mim. Ele estava bem vestido, com uma calça jeans clara e uma camiseta cinza com o seu cabelo loiro num topete desajustado.

O povo coloca uma garrafa no centro da roda e um a um vai ao centro e rebola sobre ela no estilo dancinha da garrafa. Então chega a minha vez, só que o problema é que não posso ir, caso contrário corro um sério risco de ficar com a minha tanguinha exposta.

- Larissa! Larissa! Larissa – O pessoal começa a gritar, então para não passar mais mico decido ir de uma vez.

 Toca uma musica sensual que provoca algo sexy em mim, por isso não rebolo até o chão como as outras meninas... Começo a passar as mãos nas laterais do meu corpo bem devagar começando na altura do peito e descendo até o joelho, rebolo sensualmente porem, sem me abaixar, por fim passo a mãos nos meus cabelos pondo o de lado e dou um beijinho no ombro e um tapinha na perna. Todos riem e essa é a minha deixa para sair da roda.

- Lari, você está tão linda! Na verdade você é linda. – Diz Lucas colocando uma mão no meu ombro. Olho para ele com cara de poucos amigos.

- Lucas, melhor você parar! – Repreendo.

- Não está mais aqui quem falou. – Ele levanta as mãos e então rimos juntos.

- Moça. – Um garçom me chama e me entrega um copo com uísque. – Aquele moço pediu para te entregar esta bebida.

 Olho na direção em que o garçom aponta e vejo Alexandre, um Alexandre muito gostoso, vestido em uma calça jeans meio justa, meio surrada, com uma camiseta gola V na cor preta, seus cabelos estão mais sexy do que nunca, todo bagunçado e o seu olhar me cobiça como inferno, meu primeiro sintoma é queimar feito brasa, penso que posso virar cinzas a qualquer momento.

 Fico feliz de saber que ele se lembrou de mim, mas depois percebo bem onde ele está e o vejo sentado numa poltrona rodeado de mulheres e uma esta praticamente em cima dele cheirando seu pescoço. Ele me encara levanta um pouco o copo como se propusesse algo! Que cara de pau.

- Obrigado! – Digo para o garçom e pego o copo de sua mão.

Se ele quer guerra é o que terá!

 Sem pensar no que vou dizer ou que vou fazer caminho furiosa na sua direção até parar bem na sua frente.

- O que foi Lari... não está feliz com a sua companhia? – Pergunta ironicamente sorrindo de um lado.

- Está ótima, melhor impossível! – Digo, pois não sei mais o que responder. – Gostaria de saber se as suas não estão te deixando feliz! Já que me ofereceu um drink!

 Alexandre levanta deixando as garotas descontentes e me seca lentamente dos pés a cabeça.

- Eu já disse que você ficou bem gostosa nesse vestido? - Fico banba com suas palavras provunciadas de maneira tão sexy. Engulo um nó que deixa minha garganta seca. - Pena que não sou só eu que consigo ver cada detalhe desse corpo! Você deixa pouco para a imaginação de todos com este traje. - Faz cara de nojo.

Fico puta de raiva com o seu comentário machista.

- Você não respondeu a minha pergunta Alexandre!

Ele me olha mais um pouco pensativo, então levanta o copo na altura do queixo.

- Na verdade Larissa...eu não te ofereci um drink, foi mais um brinde... a nossa amizade! – Termina debochando de mim.

Fico louca de raiva e sem pensar mais jogo o conteúdo do copo na sua cara.

- A amizade eterna! – Digo ironicamente.

- Louca! – Ele quase berra tentando me alcançar só que fujo feito foguete e só paro quando estou em baixo do prédio chamando por um taxi. Não sei para onde ir, porém não posso ficar em nosso apartamento, com certeza ele iria atrás de mim tirar satisfação e não sei por que agi assim, afinal ser amigos era o que eu queria! Mas na verdade eu nunca quis ser sua amiga e sim sua namorada, ser sua mulher, ser sua única mulher.

 Entro no Taxi aos prantos e peço para o motorista me levar para o primeiro lugar que me vem à mente.

E aíi pessoal... estão gostando? Estes dois vão acabar se matando né! Beijox e até a próxima...

QUE A SORTE ESTEJA AO SEU LADOOnde histórias criam vida. Descubra agora