Capítulo 12

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 Sábado no salão foi uma correria como sempre, então a noite chegou rapidinho, eu pulava de ansiedade com o que estava por vir. Nesta tarde imaginando como seria me deu de tudo, dor de abdômen, tontura, suor nas mãos, enjôo, pensei até em desistir de tanto nervosismo.

 Na volta para casa parei no supermercado e comprei os ingredientes que faltavam para o jantar. Não via a hora de ver a reação dele.

   Betina disse que ia tentar segurara-lo na casa dos pais até umas 7:30, olho para o relógio que marcam 7:15 droga to atrasada.

  Viro a chave do apartamento vagarosamente, parece que to escutando barulho da TV, a Betina deve ter esquecido ela ligada.

 Entro na cozinha e vejo quatro marmanjos ao redor do AleX sentados no sofá com as pernas em cima da mesinha de centro berrando "Goooooool!" Sério isso? Eu estava num filme de terror, só podia ser.

  Alexandre vê minha cara de espanto que não devia ser nada bonita e vem em minha direção.

- Oi amor! Tudo bem? Eu me esqueci de avisar que hoje vinham uns amigos meus assistir o jogo aqui! Não tem problema né? É que imaginei que você fosse chegar cansada... e eles insistiram... tudo bem? – Forço um sorriso amarelo.

- Claro, claro to super cansada, não tinha planejado nada para hoje, exatamente nada, absolutamente nada ta! Fica tranqüilo. – Ele me beija na testa

 - Certo! O que você trouxe aí, to varado de fome!! – Espia as minhas sacolas do supermercado.

- Eu também. – Grita da sala o cara que eu conhecia como Borracha.

 Solto uma lufada de ar vendo que os planos foram de água a baixo. Não me restava mais nada para o sábado à noite se não cozinhar para eles.

- Certo vou fazer uma comidinha para vocês então.

- Te amo ta! – Diz Alex me dando um beijinho, depois se joga no sofá. Fico congelada com a pronuncia das três palavras que ele acabou de dizer. Ele nunca havia confessado isso.

OH. MEU. DEUS.

 Ele me ama. Sorrindo feita uma boba me dirijo para a bancada para preparar alguma coisa para essa rapaziada.

 Faço uma lasanha com muito queijo e frito batatinhas, os meninos estavam com muita fome, e acabaram devorando a travessa da lasanha inteira. Na turma dos amigos do Alex conhecia o Borracha e um loirinho que me lembro de ter visto na academia, o outro moreno nem faço idéia de quem seja, provavelmente trabalha lá também.

- Poxa Xande, a sua namorada tem uma mão para cozinhar que eu vou te contar... Perfeita. – Diz o Borracha com a boca entupida de comida. – Alex se vira e da um tapa na nuca dele.

- Oooô, não é pro teu bico não, eu to de olho em ti mano.

- Calma cara! Eu não posso nem fazer um elogio? – Os meninos todos riem, amenizando o clima.

 Depois de arrumar toda a bagunça na cozinha me despeço dos garotos, tomo um banho e começo a ler um livro novo de romance hot, precisava aprender algumas coisas, já que não deu nada certo hoje, ao menos eu ganho um tempinho. A Be teria que me ajudar de novo no outro sábado, você deve estar pensando “Poxa ela só pode perder a virgindade no sábado? Pra isso não tem dia.” Acontece que eu sou paranóica e quero que seja como nos livros, romântico, sem pressa, sem medo, sem nada para nos atrapalhar.

  Fica meio difícil de me concentrar com eles gritando na sala, só quero ver se o síndico aparece reclamando, não vou nem sair do quarto o Alexandre que se vire.

Coloco os fones de ouvido e acabo adormecendo. Tarde da noite percebo Alexandre deitar na cama me abraça e beija a parte de traz da cabeça.

- Eu te amo Larissa Medeiros.

QUE A SORTE ESTEJA AO SEU LADOOnde histórias criam vida. Descubra agora