✓┊𝐂𝐔𝐋𝐏𝐀 𝐃𝐀 𝐅𝐀𝐂𝐔𝐋𝐃𝐀𝐃𝐄

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Esse capítulo contem abuso sexual, se você for sensível ou não se sentir confortável, peço que pule, por favor.
Boa leitura <3

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▪︎Narradora▪︎

— Você também quer que fiquemos juntos? – pergunta Beauchamp, ele sabia exatamente o que dizer para destabilizar a garota.

— Você está ralando a porra de cenoura? – perguntou a australiana já perdendo a paciência.

— Savannah... – o mais velho a chamou a atenção e ela o olhou – Eu sei que eu mudei alguma coisa aí dentro. – apontou para o peito dela, tentando indicar o coração dela.

— Você não mudou nada, tá tudo do mesmo jeito que antes! Você que está confundindo tudo! – "como pode caber tanta raiva em um único ser?" Era o que Beauchamp se perguntava, no momento.

— Para de tentar esconder o que você tá sentindo... – disse ele com calma.

— Eu não tô sentindo nada! – gritou – Vai ralar o caralho da cenoura!

Não querendo prolongar a discussão, Beauchamp fez o que ela dissera.

Era impressionante como bastava Beauchamp pedir para a garota ser sincera com o que estava sentindo, para eles voltarem a ser como eram a um ano atrás. Sumia todo o carinho e amizade que eles construíram nesses poucos meses, e voltava toda a raiva e rancor.

[...]

Todos já aviam jantado, e até que não estava nada mal para um arroz colorido. Savannah sabia fazer um arroz maravilhoso, ninguém fazia nem parecido.

A australiana lançou um olhar mortal a Beauchamp, como se dissesse "vem lavar a louça antes que eu te enforque!". E claro, sem nem pensar duas vezes, o loiro juntou os copos que estavam espalhados pela sala e levou para a cozinha. Lá ele vestiu o avental para não molhar sua barriga, já que ele estava sem camisa, pra variar, e esperou a mais nova chegar.

— Você precisa mesmo colocar isso? – perguntou a menina – Nem de camisa você está, pra variar...

— Mas eu vou molhar a barriga. – indagou o loiro.

— Tá vendo esse pano aqui? – mostrou o pano de prato – É só fazer isso... – a mesma passou o pano pela barriga do loiro, que a olhou, novamente querendo estar beijando seus lábios – Tá me olhando assim por quê? Perdeu o cu na minha cara?

— Nada não... – disfarçou, já juntando a louça na pia para ele começar a lavar – Eu lavo e você enxuga? Igual da última vez?

—Se deixar você guardar, não achamos nada amanhã né?! Então sim, vai ser igual a última vez. – respondeu a garota.

Beauchamp apenas assentiu, molhou a esponja e colocou um pouco de detergente, partindo para a ação. Não ia demorar muito, só havia ali, os pratos, alguns copos, os garfos e a panela. Em, mais ou menos, meia hora eles terminaram com aquilo.

— Amanhã é segunda? – perguntou o loiro.

— Sim. – respondeu simples.

— Não é nesse semana que tem o feriado, né? – perguntou ele. Nesse semana ou na outra, haveria um feriado, e, a grande maiorias deles, aproveitariam para ver a família.