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❝JOSH BEAUCHAMP❞

Os dias tinham passado, são exatas nove da noite de um sábado e estamos voltando para casa. Pegava a mochila de Savannah para colocar no porta malas do carro do uber que chamamos. Decidimos voltar alguns dias antes para ter tempo para descansar antes de voltar para faculdade, agora o fato de estarmos voltando a noite é para não pegarmos trânsito. O uber é para Robert não precisar sair do trabalho de novo.

— Pegou a mochila, senhor? – pergunta Helen.

— Não só a minha como a de sua filha também. – falei rindo e Helen riu também.

— Ainda bem que Savannah arrumou um namorado que não anda com a cabeça no vento. Savannah só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço.

— Não somos namorados... – disse com um sorriso triste.

— Mas Savannah gosta de você, sei bem quando minha filha está apaixonada. – senti meu coração palpitar mais forte.

Por fora eu podia estar só com um sorrisinho esperançoso nos lábios, mas por dentro estava uma festa. Savannah, aparentemente, está gostando de mim, eu amo minha vida.

— Vamos, Josh? – a voz de Sav me faz despertar de meus pensamentos.

— Vamos. – disse e saímos em direção ao carro.

Abri a porta de trás e Savannah entrou primeiro já se sentando atrás do motorista e passando o cinto. Sentei ao seu lado e passei o cinto. Seria uma longa viagem, de San Diego à Malibu é muito chão.

As horas foram passando e o uber ainda estava dirigindo. Savannah dormia escorada no meu ombro enquanto eu mal preguei os olhos. Que eu tenho problemas para dormir não é novidade e quem disse que viagem era diferente, essa de "viagem nos deixa cansado, por isso dormimos tanto no caminho" é tudo baboseira. Em todas as viagens que já fiz depois dos meus doze anos, e não foram poucas, não dormi nada e quando cheguei no hotel, demorei mais de uma hora para pegar no sono. Talvez foi aí que eu percebi que meu psicológico estava levemente abalado, mas não quis cuidar e tomei no cu.

Savannah se remexe um pouco enquanto resmunga algo. Olhei para a mesma se ajeitando ao meu lado e coçando os olhos.

— Como foi o cochilo de uma hora e meia? – pergunto.

— Meu Deus, eu dormi por uma hora e meia? Atrapalhei você dormir. – ela parecia desapontada consigo mesma.

— Não atrapalhou, não consigo dormir em viagens. – Savannah me olha, agora parecia preocupada comigo.

— Encosta aqui. – ela dá leves batidinhas em seu ombro - Tem que dormir pelo menos meia hora.

— Obrigado, mas não vou conseguir pegar no sono.

— Eu não estou pedindo, estou mandando. – fala seriamente.

Reviro os olhos e encosto minha cabeça em seu ombro, fecho os olhos ao sentir sua mão acariciando meu cabelo, fazendo um cafuné. Meus olhos pesaram, eu estava realmente com sono, sem precisar tomar remédio algum.

— Cafuné é golpe baixo. – falei fraco devido ao sono.

— No meu jogo não tem regras, vale de tudo. – não vi, mas pude sentir que Savannah estava com um sorriso convencido em seus lábios.

✓┊𝐂𝐔𝐋𝐏𝐀 𝐃𝐀 𝐅𝐀𝐂𝐔𝐋𝐃𝐀𝐃𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora