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❝JOSH BEAUCHAMP❞

Bassett já tinha ido embora, Savannah ainda estava em estado de choque. Não deixava eu sair por nada, nem deixava ninguém, além de Sofya, Nour e Joalin entrar no quarto. Só agora sua respiração estava mais regulada, mas ela ainda estava pálida e tremendo.

— Você tentou me avisar sobre ele... Mas eu não te dei ouvidos... A culpa é minha... – estava me doendo tanto ver ela assim. Esse filho da puta vai me pagar.

— Escuta, a culpa não é sua! E sim dele! – peguei seu rosto assustado entre minhas mãos enquanto falava docemente – Ele sempre foi um idiota, que só pensava em si mesmo e não enxergava mais que um palmo a frente do nariz.

— Ele tá certo, Sav. – disse Sofya, que estava sentada na cama, ao lado esquerdo da australiana. Eu estava ajoelhado na frente da mesma, Nour e Joalin estavam do seu outro lado – Bassett só pensa nele mesmo, vive fazendo essas coisas para aumentar o próprio ego.

— Descansa agora, Sav! – pediu Nour – Se você não se sentir bem para ir na faculdade amanhã, eu trago a matéria para você na perder nada.

— Obrigada, Nour. – ela forçou um sorriso.

— Estamos aqui com você e por você, uma apoia a outra. – Joalin disse, colocando a mão no meio da rodinha, Savannah colocou a sua por cima, Sofya e Nour fizeram o mesmo.

— Eu nem queria participar mesmo. – falei fingindo mágoa. Savannah soltou uma risadinha baixa e eu quase soltei fogos, eu tinha a feito rir.

— Sa próxima você participa, super amiga. – Nour debochou.

— Estais a debochar de mim? – imitei sotaque português e Savannah riu novamente.

— Não... – disse ela com uma careta.

— Imagina se tivesse... – Joalin falou baixinho.

— Vamos dormir e deixar a Sav descansar, vamos? – Sofya, praticamente, mandou sairmos e deixar a australiana dormir.

As meninas se deitaram cada uma em sua devida beliche, eu demorei um pouco a levantar e sair. Queria poder proteger Savannah de tudo, ela não merecia passar por isso, na verdade, ninguém merece passar por nada do tipo. Parei na porta, olhando para ela, que estava com o rosto inchado, nariz vermelho, mas mesmo assim, ela não deixava de ser perfeita.

Antes que eu saísse, seus olhos se abriram e ela olhou pra mim. De repente, tudo sumiu e só estava eu e ela. Não tinha mais barulho de carros, vizinho arrastando cadeira, apenas eu e ela. A garota me deu um sorriso verdadeiro, porém, estava repleto de tristeza. Sorri de volta pra ela e fechei a porta.

Cheguei no quarto e acendi a luz, esquecendo completamente que os meninos dormiam. Só o Krystian acordou, ou já estava acordado.

— O que... – bocejou o chinês – O que rolou lá embaixo? Estava quase descendo, mas escutei a voz da Heyoon, então fiquei quieto.

— Bassett tava... – um nó se formou na minha garganta, eu, simplesmente, não conseguia falar a palavra.

— Tava...? – me encorajou o chinês.

— Abusando da Savannah... – falei rápido, quase não dava para entender – Eu escutei uns gritos e desci para ver o que era e quando eu cheguei lá, vi a cena... Meu sangue ferveu e eu não podia ficar quieto. Eu queria matar ele e ainda quero.

✓┊𝐂𝐔𝐋𝐏𝐀 𝐃𝐀 𝐅𝐀𝐂𝐔𝐋𝐃𝐀𝐃𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora