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❝SAVANNAH CLARKE❞

— Acorda, Josh. – balancei ele levemente.

Já eram seis e vinte e nada do bonitão acordar. Deixei ele dormir um pouco mais para seu humor não ficar tão ruim.

— Você sabe que horas são? – resmunga o loiro com sua voz rouca.

— Hora de você se levantar pra caminhar comigo, rápido! – ouço ele resmungar algumas coisas sem nexo e se levantar contra gosto.

— Pode me dar no mínimo espaço pra trocar de roupa?

— Se você voltar a dormir, juro que corto essa verruga, que você chama de pau, com a faca. – ele me olha incrédulo.

— Me dá licença, pelo amor de Deus! – ele se estressa e eu saio do quarto rindo.

Estou, um tanto quanto, acostumada a acordar cedo. Sempre acordei por volta das sete ou oito, às vezes até mais cedo que isso, então acordar mais cedo não era um problema.

Desci para a sala para poder esperar Beauchamp se arrumar e tomar um café, no mínimo. Me sento no sofá encostando as costas e jogando a cabeça para trás, estava começando a perder a paciência que eu nem tenho. Como pode alguém demorar tanto pra vestir uma camisa e uma calça?

Depois de um tempo, Beauchamp apareceu nas escadas, descendo-as relutante. Ele não queria ter acordado nesse horário, estava estampado no seu rosto. O mesmo nem me olhou, foi direto para a cozinha e depois voltou mastigando algo.

— Pronto. – Josh fala sem ânimo nenhum.

Ri de sua cara e me levantei indo para a porta e a abrindo. Se Josh está assim só de levantar cedo, imagina a hora que ele descobrir que vamos caminhar por quatro quilômetros ida e volta... Céus, ele vai surtar!

[...]

Metade do percurso já estava concluído, Josh agora se arrastava pelo caminho, me pedindo de cinco em cinco minutos para pararmos para descansar e continuar depois de fazer um lanche.

— Não, Josh! Se pararmos agora, vamos perder o pique. – falo já perdendo a pouca paciência que Deus me deu.

— Eu perdi meu pique assim que passamos do primeiro quilômetro. – sua voz sai entre cortada.

— São só quatro quilômetros. – falo exaltada.

— Você fala como se fosse a distância entre a república e a praia. – Jesus, se eu soubesse que ia ser assim, tinha deixado esse encosto em casa.

— Para de reclamar e anda, Josh!

— Vamos fazer uma pausa, por favor! Estou sentido meus pulmões queimarem. – reviro os olhos me dando por vencida e me sento na calçada – Obrigado, eu não estava sentido minha perna mais.

— Você reclama demais. – falei revirando os olhos.

— Falou a senhora Bom Humor. – debocha o loiro.

O celular do mesmo começa a tocar e ele o tira do bolso levando a orelha. Parecia uma conversa com algum familiar, provavelmente seus pais ou um de seus irmãos. Josh conversava com eles ao menos uma vez ao dia.

✓┊𝐂𝐔𝐋𝐏𝐀 𝐃𝐀 𝐅𝐀𝐂𝐔𝐋𝐃𝐀𝐃𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora