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❝SAVANNAH CLARKE❞

Não lembro a que horas eu e Josh dormimos, mas quando eu acordei, já eram seis horas da tarde. O loiro ainda dormia sereno me abraçando, sua respiração calma batia em meu pescoço enquanto eu sentia seu peito subir e descer atrás de mim. Suas mãos ao redor da minha barriga me impedindo que eu pudesse me virar para ver seu rosto.

Se, a três meses atrás, alguém me falasse que eu estaria deitada de conchinha com Beauchamp depois de termos transado, obviamente, eu chamaria esse pessoa de louca.

Senti alguns beijos leves serem distribuídos pelo meu ombro, não contive meu sorriso bobo.

Quer que eu chame um padre pra casar vocês?

Shhh!

— Oi... – murmurei baixinho, me virando de frente para ele.

— Oi... – um sorriso apareceu nos lábios rosados do loiro – Dormiu bem?

— Muito bem. E você?

— Eu quase acreditei que estava no céu. Dormi nas nuvens e acordei abraçado em um anjo. – minhas bochechas esquentarem, soltei um risinho envergonhado e Josh sorriu mais ainda – Você ficar extremamente perfeita quando está com vergonha. – ele aperta minhas bochechas levemente.

— E você fica extremamente bonito sorrindo. – sorrindo, Josh deixou um selinho nos meus lábios.

— Você gostou? – ele perguntou.

— Se eu gostei de... transar com você? – ele assentiu meio sem jeito – Bom... você foi carinhoso e não me pressionou. Claro que eu gostei. – ele sorriu, eu sabia que estava aumentando seu ego, mas ele merece – Foi mil vezes melhor do que eu imaginava. Foi... estranhamente perfeito.

— Como imaginava que seria? – ele pergunta olhando no fundo dos meus olhos.

— Sabe o relacionamento BDSM, que consiste em um dominante e um submisso? – ele soltou uma gargalhada extremamente alta – Para de rir!

— Imaginou que ia estar amarrada e a pessoa te torturaria com vibradores e chicotes? – assenti querendo enfiar minha cabeça em um buraco – Bom... eu conheço alguém que pode me arrumar essas coisas, se você quiser tentar...

— Joshua! – exclamei incrédula batendo em seu peito.

— O que foi? Só queria realizar seu fetiche sexual. – ele se defendeu.

— Não é fetiche. – disse convicta.

— É o que então?

— Sei lá, um pensamento impuro.

O nome disso é fetiche, querida!

Não se intromete!

— Traduzindo, um fetiche. – Joshua falou rindo. Revirei os olhos virando de costas para ele.

O estranho não foi a gente ter transado, ou ter se declarado um para o outro, mas sim o fato de acordar e não ter nem uma briga. Talvez isso me assuste um pouco, um pouco não, muito. Passei dois anos da minha vida brigando com Joshua, vivendo a base de ignorância e patadas. Começamos a viver civilizadamente à uns quatro meses atrás.

✓┊𝐂𝐔𝐋𝐏𝐀 𝐃𝐀 𝐅𝐀𝐂𝐔𝐋𝐃𝐀𝐃𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora