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❝SAVANNAH CLARKE❞

Estávamos eu e Sofya conversando, na verdade, ela fala e eu fingia que estava prestando atenção. Estava ocupada olhando para a foto que tirei de Beauchamp ontem na roda-gigante. Ele estava distraído, com um sorriso hispontaneo enquanto olhava para baixo. A foto estava perfeita e eu pensava seriamente em colocá-la de papel de parede na tela de bloqueio de meu celular.

— Savannah, você tá me ouvindo? – Sofya diz fazendo-me acordar de meus desvaneios.

— Desculpa, pode repetir?

— Eu estava falando sobre minha noite com Nour. Você não prestou atenção mesmo? – nego e ela pega meu celular, logo desbloqueado ele e vendo a foto que eu estava apreciando a segundos atrás – Sabina me deve dez dólares.

— Pelo o que?

— A alguns dias atrás, eu e ela fizemos uma aposta. Ela acreditava que você e Josh demorariam o resto do ano para se assumirem, já eu acreditava que não passava desse mês. – Ela sorriu convenciada.

— Não tinha coisa melhor para fazer? – pergunto com humor e ela ri negando.

Continuamos conversando, agora eu prestava mais atenção no que Sofya falava e pude perceber o quão apaixonada ela está. Depois de seus relacionamentos desastrosos, ela se fechou e se proibiu de sentir qualquer sentimento por alguém, e agora vendo que ela se permitiu amar de novo, me deixa extremamente feliz. Porém, se Nour quebrar o coraçãozinho de Sofy, eu quebro a cara dela, não tô nem aí se é uma de minhas melhores amigas.

Deitamos as duas em uma cama e ficamos olhando na janela, onde tinha respingos de água, indicando que estava chovendo. A chuva estava tão calma que eu nem escutei quando começou. Bailey bateu na porta avisando que o almoço já estava pronto, agradeço a ele e eu e Sofya descemos.

Chegamos na cozinha e todos já estavam sentados na mesa, apenas esperando Heyoon dizer que já podiam comer. Olho para o lugar onde costumava sentar, que é ao lado de Any, e vejo Noah lá. Olhei para onde o mesmo sentava, que era ao lado de Josh, e estava vazio.

Direciono meu olhar ao loiro e, assim que ele me vê, faz sinal para que eu sente ao seu lado. Antes que pudesse o fazer, Heyoon anuncia já que podíamos nos servir.

Sento no meu novo lugar e começo a comer. O clima na mesa estava bom, não tinha discussões o que era raro. Todos riam e conversavam como se fossem pessoas normais.

— Eu e Noah conversamos e achamos que seria legal sentarmos perto de nossas namoradas. – Josh sussurra para mim enquanto todos estavam distraídos.

— Deu pra perceber. – sussurro de volta.

O restante do almoço aconteceu normalmente, tirando o fato de Josh ter tocado minha intimidade diversas vezes. E quando eu tentava tirar, ele fazia pressão no meu ponto sensível. Como eu estava vestida com um short fino e largo, não era difícil para que ele fizesse isso, se quisesse, podia até colocar seus dedos dentro de mim, porém ele não fez. Deve ter percebido que eu já estava em uma luta interna para conseguir conter meus suspiros pesados. Tipo, agora. Estávamos comendo a sobremesa e Josh estava com sua mão em minha intimidade. E o pior é que ele conversava como se nada estivesse acontecendo, como se sua mão estivesse apoiada em seu joelho.

— Olha o Noah. – sussurro para ele – Ele está com as duas mãos onde todos possam ver, por que não faz o mesmo? – pergunto e sinto pressão em meu clitóris.

— Eu não sou como Noah. E ele está assim, porque, provavelmente, Any está o acariciando. – sussurra ele de volta.

Volto a comer minha sobremesa, deixando Josh e seus pervertimentos de lado, ou tentado. Comi o mais rápido que pude e saí dali na velocidade da luz.

[...]

Estava sentada no gramado do quintal, observando o céu limpo repleto de estrelas, é até engraçado, nem parece que o mundo estava acabando em água à algumas horas atrás. A lua estava grande, concerteza é época de lua-cheia. Não sei o motivo, mas sempre gostei de apreciar a noite, ver a beleza das estrelas e da lua, me trazia calma. Uma brisa fria batia em mim, fazendo-me encolher mais em meu moletom que peguei de Beauchamp, e é provável que eu não devolva.

Escuto uma movimentação atrás de mim, mas não dou ideia, deve ser alguém que veio pegar algo aqui fora. Os passos continuam até pararem do meu lado e então a pessoa se senta. Antes que pudesse olhar para o rosto da mesma, já consegui a identificar pelo perfume forte na medida certa. Era Joshua.

— A noite tá linda. – comenta ele e eu concordo em silêncio – Só não é mais linda que você.

Solto uma risada anasalada pela vergonha.

— Obrigada. – digo.

Me encolho mais no moletom largo e Josh percebe que eu estou com frio, pois vem até mim e se senta atrás de mim, me abraçando por trás e me levando para seu colo.

Suas mãos quentes entram por debaixo do moletom, me fazendo um carinho na cintura.

— Queria te pedir desculpas por hoje no almoço. – fala ele depois de uns instantes.

— Não precisa se desculpar. – digo levando minha mão até a sua e entrelaçando nossos dedos – Só fiquei com medo de alguém ver.

Sinto ele assentir e me trazer para mais perto de seu peito.

— Esse moletom ficou muito melhor em você.

— Já ia falar que não iria devolver. – rimos juntos.

O toque delicado de Josh me fazia arrepiar, sentia seu dedão subindo e descendo na minha cintura, fazendo com que uma onda de choque passasse por todo meu corpo. O seu queixo apoiado no meu ombro, enquanto olhávamos o céu da noite juntos. A pouca luz que havia no local era a da lua.

Estar com Joshua Beauchamp era mágico para mim, eu me sentia a melhor pessoa do mundo. Era como se toda a felicidade estivesse comigo, o mundo ficava mais colorido e eu não conseguia parar de sorrir. Josh é meu pedaço do céu, onde tudo é perfeito e não existe problemas.

Acho que, pela primeira vez, eu me apaixonei por alguém verdadeiramente, não parcialmente, posso sentir as borboletas no estômago como todos dizem que sentem quando se apaixonam de verdade, me entreguei ao sentimento de corpo e alma, e creio que já vou me arrepender disso.

Sinto Josh depositar um beijinho delicado no meu pescoço. Não consigo conter o sorriso bobo.

Com cuidado, me viro de frente para ele, sem sair do seu colo. Entrelaço meus braços pelo seu pescoço e o puxo para um abraço. Ele rodea minha cintura com seus braços fortes. Descanso minha cabeça em seu peito, podendo escutar seu coração batendo acelerado como o meu.

— Podemos comprar uma casa perto da praia, depois que nos formarmos, e adotamos um cachorro que vai se chamar Zillo, o que acha? – pergunta ele me abraçando mais forte.

— Por que um cachorro? Pensei que ia querer um filho.

— Temos muito tempo para ter um filho, um não, vários. – ele ri – Mas o que acha da ideia?

— É perfeita! – falo, desvencilhando-me do abraço e deixando um selinho demorado em seus lábios.

— Eu te amo! – diz ele.

Seus olhos me encaravam com o brilho da lua refletido neles, ficaram um pouco mais claros.

— Eu te amo mais. – falo convicta.

— Não vamos começar essa discussão de novo. – reclama ele.

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✓┊𝐂𝐔𝐋𝐏𝐀 𝐃𝐀 𝐅𝐀𝐂𝐔𝐋𝐃𝐀𝐃𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora