✓┊𝐂𝐔𝐋𝐏𝐀 𝐃𝐀 𝐅𝐀𝐂𝐔𝐋𝐃𝐀𝐃𝐄

➪30

❝NARRADORA❞

Finalmente as férias de verão haviam chegado. Não existia, se quer, um aluno que não estava rezando para as duas semanas de folga chegarem. Claramente, para os moradores da república não era diferente.

Era sábado e todos estavam arrumando as malas para irem ver os pais, menos Josh, já que seus pais estariam no Canadá, ele não tinha o que fazer, a não ser ficar sozinho em casa.

Por volta do meio dia, só estava Savannah e Josh em casa. Todos já tinham saído, para chegar a tempo do almoço.

— Você já arrumou suas coisas? – pergunta a australiana, ao chegar na sala onde Josh estava.

— Acho que você esqueceu, meus pais estão no Canadá. – ele sorriu.

— Não é pra ir para sua casa e sim para a minha. – disse ela, se sentando ao lado do garoto no sofá.

— A gente nem namora pra você me apresentar a tia Helen e o tio... como é o nome do seu pai mesmo? – o loiro não se lembrava do nome do seu futuro sogro.

— Primeiro: você vai como meu amigo. Segundo: Robert.

— Isso, tio Robert. – ele ignorou a primeira frase da garota.

— Joshua Kyle Beauchamp... – Savannah chama a sua atenção, era como se ela estivesse falando "se tem amor a vida, arrume as malas agora!".

— Savannah Clarke Bardot... – o loiro estava brincando com o perigo.

— Vai arrumar as malas agora! – a garota falou pausadamente, com um olhar mortal sobre o loiro.

— Só quero que saiba que eu estou indo arrumar porque eu quero, não porque você mandou. – falou debochado e subiu as escadas.

Um sorriso satisfeito brotou nos lábios da mais nova, ela sempre conseguia o que queria.

— E anda rápido que o carro já deve estar chegando. – gritou para que Josh escutasse, recebendo um "tá" como resposta.

Josh arrumou rápido uma pequena mochila, afinal era duas semanas, não um ano. Desceu para a sala e Savannah estava lá com uma mala pequena e uma mochila. O garoto mal sentou e uma buzina tocou em frente a casa.

— Meu pai chegou, vem! – a menina agarrou a mão do mais velho e puxou a mala.

— Calma, seu pai?! Você não falou que era seu pai que ia nos buscar. – "eu vou morrer"  foi o que Joshua quis dizer.

— Calme-se! Por que todo esse desespero? Meu pai é bem tranquilo. – isso foi uma tentativa falha de Savannah tentar acalmar Josh.

— Quero ver a reação dele ao ver que você está me levando pra casa dele. – o desespero estava mais que claro na voz de Beauchamp.

— Só respira, eu hein!? – a menina lançou uma gargalhada gostosa, o que o fez relaxar um pouco.

Trancaram a casa e colocaram a chave onde Heyoon sempre pede para deixar, caminharam até o carro, obviamente caro, e Savannah acenou para seu pai.

Um homem forte e alto saiu de dentro do carro e abraçou sua filha. Agora Josh podia sentir medo, se esse homem resolve dar uma surra nele, não sobrará nada para contar a história. Depois de algumas palavras o homem se virou para ele, fazendo o garoto arregalar um pouco os olhos e engolir seco.