2: O viciado em trabalho

165 22 7
                                    

James estava tocando. O piano era parte de James. Era o coração de James, como a mãe dele dizia. Sozinho em casa, todos os outros estavam na faculdade, então, ele podia tocar sozinho e tranquilamente.

A última partitura que havia composto para a competição. James era o capitão da equipe de música e responsável pelos músicos de Julliard. Ele não podia decepcionar ninguém.

- É linda, James! – Remus tinha acabado de abrir a porta do apartamento. Naquela casa tinham instrumentos em todos os cantos. Na sala um piano antigo de cauda que James havia achado em uma loja vintage e no quarto dele um mais moderno.

James e Remus se conheciam desde criança e foram para Nova York juntos. Lá conheceram Amos, Frank e Marlene e todos foram morar juntos em um apartamento rústico no Brooklin com ar industrial.

Enquanto os amigos iam a festas mais restritas da Julliard, James ficava em casa compondo e estudando incansavelmente. Depois de um tempo, os amigos passaram a frequentar toda e qualquer festa de início e fim de período, mas James se recusava.

Ele era completamente viciado no trabalho.

- Obrigado, Remus! – disse James sorrindo para Lupin. - Qual é o problema? Chegou mais cedo hoje. – James conhecia os horários dos amigos e sempre fazia questão de deixar comida pronta para eles quando podia.

- Acabei os ensaios antes! – disse Lupin – A equipe de violinos está incrível.

- Claro que está! Você é o melhor! – James sorriu para o amigo.

- Você sabe que ela vai conseguir ganhar alguma categoria coletiva né? – Remus olhou para James falando sobre Lily e a aposta.

- Muito provavelmente. – disse James sorrindo. – Vai ser legal ver os egocêntricos trabalhando em equipe. Eles vão sofrer tanto, mas vão vencer. Sabe que eles são bons, né? Aquela universidade é tão boa quanto a nossa.– James sabia que a Nyada era boa.

Remus sorriu para o amigo que entrou numa aposta que vai perder apenas pela diversão.

- Vai ter que pagar um ano de café para ela e ela vai escolher o mais caro, seu rico problemático. – Remus disse.

Uma coisa sobre James, apesar de se vestir como um cidadão comum, os pais dele eram donos de uma empresa de tecnologia que ele herdou a maior parte das ações. Todos meses tinha mais dinheiro na conta dele. E ele não precisava fazer nada. Ele somente era músico. Era quem ele era.

- Rico sim, problemático não! – James gargalhou ao dizer aquilo. – Qual é? Vai dizer que fazer aqueles vaidosos trabalharem juntos não será uma vingança e tanto? Quem sabe eles desenvolvem o trabalho em equipe? É uma boa ação.

- Qual é a chance de você se apaixonar no processo? Ou de magoá-la? – Remus perguntou sincero. Ele sabia sobre o coração de James. Mais do que ninguém, ele amava James.

- Eu jamais me apaixonaria por alguém como ela. E ela deve mudar de rua quando cruza com alguém como eu. Eu não uso jaquetas de couro e tenho uma moto de badboy.  Também não canto Radiohead por aí como se estivesse quebrando corações. – James enfatizou. – Ela é muito perdida em si mesmo. Deve olhar só para si e para o imenso talento que tem. Ela é um poço de egocentrismo.

- Uau, está falando de você, Jay? Se auto- descrevendo por aí, devia parar com a terapia então. – Marlene ria enquanto entrava ao lado de Amos e Frank.

- Ha ha ha. – James ironizou, ele realmente amava os amigos quase todos os dias.

×

- Você não fez isso!!! – James Potter estava furioso. Marcaram uma festa na casa dele. Aquilo era absurdo. Uma heresia, uma traição que doía o coração.

Por quanto tempo vou te amar? James e LilyOnde histórias criam vida. Descubra agora