23: Julliard

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James leu a mensagem. Releu. Leu novamente. Passou alguns dias lendo e relendo aquela mensagem. Pensou em emoldurar, enquadrar e fazer um poster.

Mas não fez nada disso. Ao invés disso ele se sentou no piano. E ele compôs pela primeira vez em anos. Ele se encontrou com a música e, acima de tudo, com ele.

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- Professor Alvo! - disse o secretário ao abrir a porta do reitor de Julliard. - Um ex-aluno quer ver o senhor.

- Deixe ele entrar, Benjamin. - respondeu o professor. - James Potter! - Alvo observou seu afilhado entrar em sua sala com papéis nas mãos.

- Eu consegui. - James disse olhando para Alvo. - Eu compus a sinfonia final. Meu trabalho final para a Julliard. - Alvo observou James dizer com emoção. Naquele momento ele sabia que James tinha feito algo genial.

- Toque no piano para mim, James. - Alvo pediu e viu James sorrir. Ele já tinha preparado tudo.

Quando Frank, Amos, Remus e os outros alunos entraram na sala já carregando os instrumentos, Alvo apenas assentiu. Todos foram para o auditório.

Alvo ouviu e se emocionou. Quando James terminou e olhou para Alvo ele só pode dizer:

- Extraordinária, doce e generosa - Alvo disse sob o olhar dos alunos.

Remus achou tudo perfeito. A volta de James não poderia ser diferente. Ele era genial e, finalmente, havia voltado.

- Você vai se formar. Finalmente. - Marlene o abraçou com lágrimas nos olhos.

- Ficou incrível, James. - Sirius cumprimentou James. - Ficou incrível.

- Deixou Sirius Black sem palavras. Acho que nunca vi isso. - Lily Evans disse enquanto olhava para James. - Você sabe dar um show, arrogante.

- Lily. - James estava sem palavras.

- Podemos tomar um café? - Lily disse olhando nos olhos dele.

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- Do que está rindo? - Lily perguntou quando viu James soltar uma risadinha. Eles estavam no café em que tudo começou.

- Você ainda ama café. - Ele afirmou olhando para ela. - Olha, Lily, me desculpa.- Ele ia dizendo quando foi interrompido por Lily.

- Não, chega de desculpas. Não podemos ficar nos desculpando o tempo todo. - Lily disse olhando para ele. Eles realmente não podiam se culpar por tudo que havia acontecido. - Eu sinto muito por não estar ao seu lado quando precisou de mim.

- Eu não deixei. - James respondeu sincero. - Mas eu só queria a sua felicidade.

- Eu sei. Eu sei disso, James. - Lily segurou a mão dele. - Minha mãe está precisando de mim. Eu vou leva-la para a turnê comigo. - Lily disse o encarando.

- Entendi. - James disse a observando. Lily merecia ser feliz. Fosse onde fosse. Ela merecia ser feliz.

- O que eu quero dizer é que preciso resolver algumas coisas na Europa. - Lily disse observando o rosto dele preocupado. - Mas eu vou voltar. Entende? - Ela disse o encarando. Ele a olhava profundamente. - James, eu vou voltar para Nova York. Eu prometo.

James arregalou os olhos para ela. E ela entendeu todas as dúvidas dele.

- Eu voltarei para você, James Potter! - Lily disse sorrindo para ele serena. Ela nunca esteve tão certa de tudo. - Eu sempre voltarei para você. Pode demorar o tempo que for. Eu voltarei.

James sorriu para ela. Depois disso ela partiu novamente.

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James entrou em Julliard para finalizar um ciclo. Finalmente ele se formaria e com honras que merecia. Os amigos acompanharam a pequena cerimônia após tocarem a sinfonia final para os professores e avaliadores. Repletos de aplausos e parabenizações.

Entre taças de champanhe e água com gás. James conversou com todos os professores que o formaram. E que o fizeram ser quem ele se tornou. Todos recomendaram o envio para a orquestra de Nova York. Mas ele ainda não tinha certeza quanto a isso.

- Você deveria enviar hoje mesmo! - Disse Alvo para James encostado no palco.

- Não sei quanto a isso, professor. - James respondeu sincero. Ele não sabia mesmo. Não sabia se queria deixar de ser professor para ser compositor e maestro.

Naquele momento, só sabia que queria finalizar aquele ciclo.

- James Potter, você realmente deveria ser o compositor e maestro da orquestra de Nova York. - Tom Riddle, atualmente, o maestro disse enquanto se colocava na conversa. O homem tinha um péssimo gênio e era insuportável. Demitia metade dos músicos que não atingiam o objetivo.

- Obrigado, senhor Riddle. Mas ainda não sei sobre isso. - disse James educado, mas incomodado com aquela intromissão.

- Tenho certeza que o grande Alvo vai te convencer. - Disse Tom saindo do lado de professor e aluno.

- Ele é horrível, mas talentoso, devemos admitir. - disse Alvo.

James sorriu para o professor. Pois ele sabia que não conseguiria fugir muito daquela conversa. Agora que tinha se formado, a orquestra de Nova York seria sempre um tópico para James Potter com qualquer pessoa que ele conversasse.

- Todos estão enchendo o seu saco? - Remus disse enquanto se sentava ao lado de James. - Parabéns, irmão! Parabéns!

- Obrigado, Remus, por tudo e por tudo. Sem você eu não chegaria aqui. - James disse sincero. - Você acreditou em mim quando eu não acreditava.

- Somos para sempre, rico problemático. - Remus sorriu esticando a mão para tocar a de James já esticada.

Somos para sempre foi uma das expressões mais bonitas que James ouviu na vida.

Após comemorarem na universidade, estavam se reunindo para irem embora quando Alvo perguntou:

- James, precisamos registrar a sinfonia da formatura no catálogo. Qual é o nome que você escolheu?

James olhou para os amigos ao lado dele. Todos o observavam atentamente.

- Brooklyn.

E sorriu para todos.

Remus sorriu naquele dia.

- James Potter, finalmente estava de volta!

Sirius anunciou.

- Precisamos comemorar!!! - Marlene anunciou sendo comemorada por todos.

- E eu sei bem onde! - Frank sorriu para todos.

Por quanto tempo vou te amar? James e LilyOnde histórias criam vida. Descubra agora