28: Ganhos

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Severo Snape havia acabado de chegar em Nova York. Ele já havia ido aos Estados Unidos algumas vezes, sempre a trabalho.

Mas desta vez estava determinado. Reconquistaria o amor de sua vida e casaria com ela. Ela iria embora com ele. Ele tinha certeza. Lily precisava brilhar como já fazia na Europa e não ficar presa nos Estados Unidos.

Lily atendeu o telefone e ficou imensamente surpresa. Severo estava em Nova York e ficaria por alguns dias.

Ela combinou de vê-lo apesar de exausta das aulas e do hospital. James havia acabado de voltar ao quarto pós cirurgias. Lily estava passando todas as noites em claro observando cada movimento dele.

A esperança a movia. O amor que ela sentia por ele a movia.

Chegando em um restaurante qualquer. Lily se sentou e aguardou por Severo.

- Ei, Lils, que saudade. Eu sinto muito pela sua mãe. - Severo disse se sentando ao lado dela e não de frente para ela. Aquilo a incomodou.

- Ah sim. Obrigada. - Lily havia perdido Rose dois meses após o acidente de James. A progressão da doença foi rápida, mas ela passou os últimos momentos com a mãe. E com imenso amor elas se despediram. Agora ela se segurava em Petúnia e na imensa família do Brooklin que viu o pequeno Neville nascer, trazendo vida nova.

Conversaram sobre a vida e sobre as banalidades. Lily não queria falar sobre tudo que passava naquele momento, mas ela sabia que Severo desconfiava que algo estava diferente. E ele sabia, com toda certeza, que ela amava outra pessoa. Mesmo que nunca tivessem falado sobre o assunto.

- Por que não volta? Para a Europa. - Severo perguntou. Ele estava decidido a levar Lily embora para longe do cara do telefone.

- Eu não posso, Sev. - Lily disse o mais educada possível.

- Algo te prende aqui? - Severo sabia pela cara que ela fez que sim.

O telefone tocou. Ao ver o número Lily atendeu imediatamente.

Eu estou indo, Remus.

A conversa ficou confusa e Severo entendeu que algo grave estava acontecendo, pois Lily ficou pálida ao dizer que precisava ir e que sentia muito. Severo disse que a levava. Ela havia vindo de táxi e ele tinha alugado um carro. Ela não recusou o que fez Severo ter a certeza de que era algo grave.

Severo observou o grande hospital particular. Sem dúvidas, um hospital de pessoas que tinham dinheiro. Lily entrou correndo e Severo a seguiu. Ele não estava preocupado em reconquistá-la naquele momento. Ele estava mais preocupado em ajudá-la seja lá com que fosse.

Em meio a bagunça a enfermeira que havia entregado um crachá para Lily também entregou um para Severo. E ele entrou no corredor do que parecia ser quartos.

Foi quando Severo viu. O jovem de cabelos negros cercados de médicos que o ajudavam a respirar. Lily abraçando um jovem alto de olhos claros e cabelo loiro enquanto chorava. Ele estava sendo intubado.

Todos deviam ter quase a mesma idade ali.

Severo observou o quarto. Lily devia passar muito tempo ali. Havia porta retratos, flores. Ela havia transformado o lugar que era para ser triste e frio em um lugar que podia ser chamado de lar.

Quando os médicos, entre eles, Petúnia Evans terminaram os procedimentos, Severo viu que o jovem na cama respirava por aparelhos. A julgar pelo modo como estava pálido, ele estava em coma. Os olhos roxos demonstravam a cirurgia escondida pelos cabelos.

Mas foi quando a viu entrando no quarto que ele teve certeza de que aquele jovem deitado na cama era o mesmo da ligação telefônica.

Severo observou Lily entrar no quarto e se sentar ao lado do homem. Ela segurou a mão dele e sussurou algo. Ela já tinha se esquecido completamente de que Severo também estava ali. Ela estava imersa conversando com alguém que podia nunca a responder.

Por quanto tempo vou te amar? James e LilyOnde histórias criam vida. Descubra agora