Por quanto tempo vou te amar? James e Lily

7: O pagamento da aposta

- Vamos resolver isso então? 365 dias de café para mim e menos dinheiro para você – Lily mal havia chegado e já encaminhava para o balcão de café para resolver aquilo o mais rápido possível e fugir dali e dele. Ela não podia ficar muito tempo ao lado dele. Ele causava sensações demais. E a magoava. Ela não queria que ninguém tivesse o direito de mágoa -la.

James a estava esperando e foi atrás dela. Ele precisava pedir desculpas e tentar resolver aquilo.

- Nós podemos conversar antes? – James perguntou para ela com a voz mais suplicante que conseguiu arrumar, ele sabia que tinha errado e estava tentando consertar. Admitir erros era difícil para ele, sempre tentado a buscar a perfeição.

- Não temos nada para conversar! Já conversamos muito. Você me desafiou e eu te provei que estava errado. – Lily respondeu sem nem olhar para ele e ela realmente não queria vê-lo. Ela não sabia se manteria a pose de brava se olhasse para ele.

- Sem conversa, sem café! – James respondeu convicto e então, Lily se sentou na mesa do lado de fora para o café bufando de desgosto. Quem ele queria enganar? Obviamente ele pagaria a aposta. Ele tinha palavra.

- Eu quero te pedir desculpas. – James disse enquanto colocava adoçante na xícara de café na frente dele.

- Ok. – Lily respondeu sem olhá-lo.

- É sério. Eu fui um babaca. – ele disse para ela. – Será que você pode ao menos olhar para mim? Sério, olhe para mim – ele perguntou.

- O que você quer, arrogante? – Lily disse olhando para ele e vendo os óculos redondos no rosto dele e os cabelos bagunçados caindo sobre os olhos azuis. Oceano. Quer merda, Lily, ela pensou, não caia nisso.

- Eu quero que você me desculpe e seja minha amiga se puder. Você se tornou importante para mim – ele respondeu quase implorando para ela. Ele realmente estava tentando e ela notou. – Eu sou bom com meus amigos, sou bom em ter amigos. Eu juro.

- Por que quer seu meu amigo? Achei que eu não significava nada para você. – Lily o olhou desafiadora e ele teve certeza de que foi um idiota com ela.

- Eu sou péssimo em relacionamentos. Meus amigos só são meus amigos, porque me conheceram antes da Mary. Depois dela eu me tornei um idiota. Me tornei antisocial e infeliz. Depois dela as coisas viraram uma droga para mim – James respondeu sincero.

- Ela quebrou você e você resolveu quebrar o mundo? – Lily perguntou enquanto o encarava, ela realmente via que era difícil para ele falar daquele assunto só de observar o esforço que ele estava fazendo.

- Não foi bem assim. Eu só me fechei para pessoas. Não confiei em mais ninguém. E me abri mais para a música. A música não me mágoa. – ele parecia sincero ao dizer. Ele parecia desesperado na realidade. A pose havia ido embora.

- Então seríamos amigos? E seríamos amigos sem nenhuma outra coisa? – Lily perguntou e ele assentiu. – E amigos vão para festas? – Lily sorriu para ele. Ele realmente precisava socializar mais.

- Eu aceito ir em festas se você aceitar ser minha amiga. – James se rendeu ao acordo, não parecia ter outra solução.

- Combinado, então. – Lily estendeu a mão para e ele apertou. James estava feliz pela primeira vez em três meses.

Depois de acertarem um ano de capuccino grátis para Lily Evans. Lily se levantou para deixá-lo estudando na mesa em que o conheceu e disse.

- E arrogante! – Ela o chamou e quando viu que ele estava prestando atenção disse – Passo na sua casa as 8h. A nossa primeira festa é hoje. – Ela sorriu quando viu o rosto dele se contrair de raiva, mas ele apenas sorriu e assentiu.

- Ei, egocêntrica! – Ele observou ela se virar para trás e então disse– A nossa aposta de você não se apaixonar por mim continua valendo. – ele sorriu para ela.

– Eu jamais me apaixonaria por você, Arrogante. – Lily se virou e seguiu seu caminho.

Às 8h Lily chegou no Studio- Quarto de James pela escada de emergência. Ele estava como sempre de calça de flanela e calças jeans. Era a marca registrada dele.

Quando chegaram na festa. Era uma típica festa universitária. Algumas pessoas já estavam bêbadas demais, outras estavam se pegando e outras estavam tentando ficar bêbadas ou pegar alguém.

Definitivamente, aquele era o último lugar para James estar.

Ele não bebia. E não pegava ninguém a meses.

- Vem! – Lily o puxou para a pista de dança e eles dançaram. Não juntos. A música era agitada. James estava se divertindo ao vê-la beber e dançar. Ela parecia feliz. Ele poderia vê-la feliz para sempre.

Após algum tempo ele sentou na beira da piscina para observar o céu. Colocou os pés na água e ficou ali.

Lily o observava. Alice e Frank ao seu lado.

- Não acredito que conseguiu tirar ele de casa. – Frank disse surpreso.

- Somos amigos agora. – Lily respondeu observando ele olhar o céu. Ele estava lindo. Os pés na água a calça jeans dobrada e os olhos para o céu que refletia nos óculos dele.

- Ele é uma boa pessoa, Lily. Sei que parece difícil de decifrar, mas ele só passou por coisa demais como todos nós. – Frank disse tranquilo.

Lily ficou curiosa. O que coisas demais significava. Era apenas o relacionamento complicado? Ou haviam mais coisas sobre ele que ela não imaginava?

James levou Lily em casa naquela noite.

- Não foi tão ruim, foi? – Lily perguntou e ele riu.

- Tirando o fato de todos me olharem como seu eu fosse um alienígena. Foi legal. – Ele respondeu encostando a cabeça no banco e sorrindo.

- Você é um alienígena. Você é de julliard. Você deveria estar em casa compondo músicas para a eternidade – ela riu dele.

- Vocês são tão egocêntricos! – ele bufou sério.

- Vocês são tão arrogantes! – ela retrucou.

Ela ia saindo do carro quando o ouviu dizer.

- Ei, egocêntrica! Obrigado por hoje!  – ele murmurou.

- Amigos são para isso, arrogante! – ela respondeu e se despediu.

Tinha sido uma ótima noite.