9: O fim de semana

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Após almoçarem juntos e falarem sobre as profissões sem se provocarem muito. Lily se deu conta que já estava quase perto das quatro horas da tarde. O tempo havia passado rapidamente ao lado dele.

- É melhor eu ir! - ela disse se levantando do grande sofá da sala.

- Você pode ficar se quiser! - James a encarou dizendo. Ele não sabia muito bem o que estava fazendo, mas parecia o certo.

- Está me chamando para passar o fim de semana aqui, arrogante? - disse Lily o provocando. Aquilo sim era algo inesperado.

- Bom. - ele disse quase gaguejando. - Nós somos amigos, não somos?

Ela sorriu e assentiu jogando a almofada nele. Ela o encarou de shorts, camiseta e chinelo. Os cabelos bagunçados, tão despreocupado e quase feliz, ela pensou. Ele retribuiu a almofada e ela anunciou.

- Eu escolho o filme! - Ele sorriu para ela e parecia que ela tinha ganhado o mundo ali.

Após três filmes do Rocky Balboa que Lily havia escolhido para a surpresa de James. Ela pausou a Tv.

- Qual é? O Rocky IV é o melhor! - ele protestou vendo ela rir dele enquanto se ajoelhava próximo a ele no sofá.

- Me conta! - ele olhou para ela desconfiado. - Me conta o que aconteceu na sua vida. Qualquer coisa! Qualquer coisa sobre o arrogante genial de Julliard! - Lily riu vendo ele colocar as mãos no rosto, provavelmente, de desespero.

- Sou filho único, meus pais morreram quando entrei em julliard. - ele disse observando a expressão dela mudar. Lily era um poço de empatia. - Mas está tudo bem agora. Foi muito difícil, eles eram demais! Mas os meus amigos me ajudaram.

- Eu sinto muito! Bom, eu não me dou bem com a minha irmã mais velha. E minha mãe meio que escolheu um lado. Meu pai faleceu a dois anos também e desde então não vou para casa. - ela disse enquanto o observava.

- Meu Deus, somos dois azarados com péssimas histórias. - James disse sorrindo. - Nós nos reconhecemos tamanha a desgraça de nossas vidas, senhorita Evans! - James nem havia percebido que havia a chamado de algo que não fosse egocêntrica. Mas ela tinha percebido e ele viu os olhos dela espantados, mas ela não comentou.

- Somos mesmos. E no amor? Eu só tenho história péssima. - Lily murmurou para ele.

- Algum dos seus já te recusou o pedido de casamento na frente da faculdade inteira e depois fugiu para uma companhia de dança com um dos seus melhores amigos? - James dizia naturalmente como se estivesse fazendo uma lista de compras.

Lily o observava chocada. Mary o havia feito de palhaço na frente da escola de música que ele mais amava pra depois fugir com o amigo dele e depois aparecer e apresentar para todos como se eles não a conhecessem?

- Que canalhice, estou chocada! - enquanto falava Lily colocou a mão na boca, o que fez James rir dela. Ela realmente não esperava algo tão chocante.

- Mas ela me ajudou quando perdi meus pais. Ela foi muito importante nessa época. - Ele ainda conseguia ser grato a ela. Mas é claro que ele conseguia. Ele ainda a amava. Aquilo apertou o coração de Lily.

- E melhor eu ir embora! - Ela disse e James ficou sem entender nada. Ou melhor, ele entendeu, mas não acreditava que ela estava com ciúmes só porque ele tinha falado da ajuda de Mary.

- Por que? - James perguntou tentando fazê-la extravasar.

- Muita informação. - Lily respondeu.

- Não faz isso, egocêntrica. - James pediu enquanto a vida recolher as coisas. - Fala comigo, me diz o que está pensando.

Lily não aguentou. É claro que não. Ela era explosiva. Então apenas disse.

- Como pode ainda gostar dela? - Ela o encarava realmente irritada. - Como pode ainda fazer aquela cara de idiota apaixonado quando a viu aquele dia?

- Eu não sei. - James não sabia muito bem o que dizer. - Eu não a amo mais, eu só não sei como reagir ao lado dela. É complicado, ela foi alguém importante para mim.

- Ah, claro. E aí você fica todo pamonha! - Lily estava irritada, mas não era justo. Ele não tinha culpa de que ela estava ofendida por ele. - Ah, pelo amor de Deus. As mulheres só faltam se jogar aos seus pés, com esse seu jeito intelectual caipira e você fica atrás de uma que quis ficar com o pirralho do Peter?

James estava chocado com as palavras dela. Então se aproximou dela olhando dentro dos olhos da ruiva que o xingava. Os rostos a centímetros. Lily havia ficado quieta enquanto o observava.

- E você? - James sussurrou de tão perto que estava dela. Os narizes se tocando.- Você também está aos meus pés, egocêntrica?

Lily olhava para ele. Os óculos no lugar, o cabelo desajeitado. O sorriso torto e largo.

- Eu jamais ficaria aos pés de alguém tão arrogante quanto você! - ela sussurrou de volta para ele sentindo o perfume dele. - Você me disse para eu não me apaixonar, Arrogante! Você me disse.

- Não estou te pedindo em casamento, egocêntrica! - James disse enquanto a observava morder os lábios. - Estou te perguntando se, talvez, você me quisesse poderíamos curtir isso juntos. - James não sabia o que sentia, mas a química era inegável, os corpos se atraiam e fisicamente ele sentia dor só de estar perto dela e não poder a tocar como desejava.

O jogo que eles estavam jogando era perigoso demais para ambos pensou Lily. Não podia haver amor ali. James era confuso demais e a reação dele ao ver Mary mostrava isso. Lily queria curtir e queria alguém que a amasse, sem dúvidas, quando chegasse a hora. Ela poderia ter James Potter ali naquele momento. Mas e depois? Ele quebraria seu coração que ela fez questão de proteger por tanto tempo.

- Não posso querer alguém que tem outra pessoa na cabeça, Arrogante! - Lily mentiu, pois cada célula do seu corpo implorava por ele. - Acho que eu preciso ir. Ir para a minha casa.

Ele a queria, ele era incapaz de falar isso e ela era incapaz de ver naquele momento. Ele estava confuso como jamais esteve antes. Ela era completamente diferente dele. E ele adorava isso.

- Não vai - James segurou as mãos dela. - Durma aqui, eu prometo não te importunar mais. Nós assistimos Rocky IV amanha e eu te levo para casa antes do pessoal chegar. Prometo.

Lily apertou apertou as mãos dele e as colocou envolta da cintura dela entrelaçando as suas no pescoço dele. James não esperava por aquilo, mas a apertou contra o seu corpo o máximo que pode enquanto ela colocava a boca bem próxima a sua orelha, o fazendo arrepiar o corpo inteiro, apenas para murmurar.

- Acho que eu estou me apaixonando por você, James Potter. – Lily sentiu o arrepio dele.

Ela foi dormir e ele foi para o quarto de Lupín. Ele não respondeu ao que ela disse apenas depositou um beijo longo na bochecha dela sabendo que aquilo não conseguiria demonstrar nada e que ele possivelmente estava estragando tudo.

Mas foi o máximo que ele conseguiu dizer.

Quando ele acordou no outro dia ela havia ido embora. E ele ficou realmente triste.

O que estava acontecendo com ele?

Por quanto tempo vou te amar? James e LilyOnde histórias criam vida. Descubra agora