Capítulo XXV (the beginning)

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APRIL ORSENIGO

Extasiada era a palavra adequada após as inúmeras emoções que vivemos.
Elijah e seu casamento, a briga entre Greta e os originais e eu e Bob.

Sim, eu e Bob. Momentos antes de irmos para o casamento ao qual eu fui obrigada a ver e assitir, houve um clima, que foi quebrado por algum vampiro que eu não sabia o nome e que nos levou para Greta. Ele parecia estar disposto a morrer por Bob. Mas confesso que parte de mim também queria ver o que está se passando.
Afinal, Elijah escolheu casar. Ele escolheu ela, ele optou por isso. Momento nenhum obrigaram ele a se sacrificar, ele quis. Por amor. Ou seja lá qual conceito de amor ele tenha usado.

Tinha algo nobre nisso, mas com o tempo, a nobreza desse ato foi indo embora com minhas lágrimas de tristeza.
Eu amava... Ainda amo Elijah. Mas, o que eu sofri e tentei justicar com o fato de ser pelo bem de todos, de ser um ato nobre da parte dele, foi por água abaixo.

Eu precisava de tempo. Nem Elijah, nem Bob. Bob era apenas meu amigo e tudo que eu podia lhe oferece era minha amizade.

Quando o casamento, ou teatro, acabou, eu vi tudo que não queria ver.
Elijah estava vulnerável. Tinha um vampiro que pelo que percebi era velho, mas não tanto quanto ele. Era forte, mas Elijah era mais. Só estava perdido no momento, em si.

Corri e gritei pra que ele lutasse. E assim ele fez. Foi a última coisa que me permiti fazer por ele. 
Elijah é mais que um Mikaelson. E só poderíamos voltar a ter algo um dia quando ele percebesse isso. Quando ele visse que o amor vai além de sacrifício. Nem todo amor requer um aro heróico, uma coisa significativa. As vezes o amor só quer a sensação de segurança. De presença, de cumplicidade.

Quando voltei para casa — não antes de ver ele preocupado com Antoinette e instruindo ela a ir para seu apartamento — eu decidi não mais chorar. Eu era forte. Existia uma força dentro de mim que ninguém via, nem eu mesma via. Era algo para se sentir.  Além de minha magia que eu precisava buscar e saber onde estava, como usá-la. Usufruindo ou não dela, não podia deixá-la perdida por aí.

Quando cheguei em casa, tomei um banho rápido enquanto Bob estava no andar de baixo. Coloquei um conjunto de moletom preto e meias rosas. Só queria comer e dormir. Sem choros e lamentos. Já bastava meu coração machucado por saber que o que quer que Elijah e eu tivéssemos, estava quebrado.
Em passos rápidos fui até a cozinha para preparar um sanduíche leve, antes de pegar no sono.

Uma batida na porta tirou minha atenção da preparação do lanche. Bob estava no sofá olhando para o teto. A noite foi e está sendo longa para todos. Dei um aceno de cabeça para que ele abrisse a porta.

Bob se levanta na segunda batida e um arrepio passa pela minha nuca quando ouço uma voz enrolada, mas forte. Um sotaque diferente.

April está? — a voz que pertencia a uma mulher encheu meus ouvidos.

Ela entrou quando Bob deu passagem.

Saio da cozinha rapidamente e entro na sala para ver quem esparava por mim. Não conhecia a voz. E quando a vi, tive certeza de que não conhecia.

Ela não era daqui. Uma mulher bonita demais e é uma bruxa, com certeza. A energia dela, o poder dela é forte demais. Dos céticos ao desacreditados... Ela exalava poder.

— Eu... Quem é você? — junto as palavras pra perguntar o que já estava engasgado. Ela não passava uma sensação ruim, mas ainda assim...

Ela olha ao redor, reparando e depois para o olhar em Bob.

Lobo... — ela murmura.

E então, como uma lâmpada, o rosto dela acende em minha memória. A regente. A regente do meu clã — se é que posso chamar assim. — Ela estava aqui em carne e osso. Não em um holograma como da outra vez em que a vi.

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⏰ Última atualização: Jul 21, 2021 ⏰

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