Capítulo X (Start)

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APRIL ORSENIGO

Assim que chego no Pino's procuro por Manisha e avisto ela em uma mesa no canto, mais reservada.
O bar tem um estilo mais rústico, toca country dos antigos aos atuais. É ótimo pra quem está sofrendo. Você acaba sofrendo mais.

— Oi! — ela  acena e eu sigo para a mesa.

Cumprimento ela com um beijo na bochecha e um leve abraço.

— Oi Manisha, como está? — pergunto e me sento.

— Tô bem, estava conversando com meu irmão e chegamos a conclusão de que vamos ficar mais um pouco, gostamos da cidade e o Jonah se estabiliza fácil. — ela sorri.

— Nossa! Fico feliz.— sou sincera. —  Não tenho muitos amigos por aqui e os que eu encontrei, bem, não vem ao caso. — fujo do assunto que envolve a Grande Família.

Ela levanta a mão e o garçom vem ao nosso encontro.

— Duas Piñas Coladas, por favor. — ela pede.

Ele se retira e continuamos a conversar.

— Longas conversas pedem uma bebida. E relaxa que não contém muito álcool, ela é bem docinha. Tem coco, abacaxi e de álcool só rum. Você tem cara de que não bebe muito. — ela ri de mim.

— E você está super certa, não bebo mesmo. O máximo é um vinho. — digo.

— Quem sabe isso mude hoje? — rimos. — Você também não é daqui né? — ela fala enquanto o garçom vem trazendo nossa bebida. Rápido ele.

— Não, sou de Moab, uma cidade pequena de Utah. E você é da Armênia não é, se bem me lembro. — tomo um gole da bebida que é uma delícia.

— Sim, sou Armênia. Mais eu vivo viajando pelo mundo, conhecendo culturas, pessoas. Ajudo muitas inclusive. — Manisha parece nova, mas já faz muito mais do que eu.

— E você tem quantos anos? — pergunto. — Não quero ser indelicada, mas voce tem rostinho de boneca e parece ter um trabalho duro. Deve ser CEO de alguma empresa por aí.

— Não, eu sou de uma família digamos que rica e não tenho interesse no dinheiro, então, eu ajudo quem posso da forma que posso.  Minha família foi extremamente importante pra mim, mas alguns morreram e sobraram Jonah e eu. Até então. — ela diz e abaixa o olhar.

— Vocês são irmãos? — pergunto tentando não ser incoveniente.

— Quase isso, pra gente não importa o tempo, as circunstâncias, nós nos tratamos como irmãos. Ele é minha família. — responde.

Compreendo. Eu e Lara somos nossa única família. Mais eu não sei como seria sem ela ao meu lado. Aos poucos todos foram indo e só restaram nós. E me pergunto se um dia eu darei continuidade a esse legado, já que o homem dos meus sonhos e delírios é um vampiro.

Balanço a cabeça querendo tirar essa ideia da memória.

A pista de dança que não tinha muita movimentação pareceu atrativa para mim. Puxei Manisha e começamos a dançar uma música que está tocando, talvez estivéssemos passando vergonha, mas estava sendo bom e divertido.

Não demorou para começarmos a nos divertir sem se importar com olhares. Além de Manisha ser extremamente intelectual e saber diversas línguas, ser viajada e um tipo de pessoa que dá prazer em conversar, ela ainda dança bem.

Eu não tenho costume de beber e meu auge é o vinho que  sempre gostei. Uma tacinha ali e outra aqui, nada demais. Nunca fui fã de outra bebida alcoólica, só que queria me divertir. Por fim, acabamos pedindo alguns Daiquiris, e isso foi caindo mais forte.

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