Capítulo XIII ( Present, past and future)

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ELIJAH MIKAELSON

Acordo com os cabelos de April no meu rosto. Essa é a visão que eu gostaria de acordar todos os dias da minha vida.
Levanto cuidadosamente para não despertá-la, e vou até a cozinha preparar algo para comermos.

Tivemos uma noite muito boa e sei que April não tinha experiência nenhuma no que fazia, mas era eu ali com ela, ensinando e mostrando tudo que ela poderia sentir comigo. E eu só quero que ela sinta isso comigo. Serei seu primeiro e último.

Abro a geladeira e tem alguns ovos. Fico feliz por ter deixado algumas coisas aqui desde a última vez que vim. Não faz muito tempo. 
Pego dois tomates e uma cebola e começo a picar para fazer um omelete para nós.
Aproveito para deixar o café coando na cafeteira. Espero que ela goste de café. Esse grão é especial, vem da Jamaica, é Blue Monatain Coffee, é cultivado no topo das Montanhas Azuis de lá e também não tem um gosto amargo. É suave quando ingerido, ótimo sem açúcar.

Termino de picar os dois e batos os ovos fazendo o omelete. Pego uma frigideira no armário em baixo da pia e coloco tudo dentro, colocando uma pitada de sal e pimenta em cima.
Não tenho uma variedade de comida, então espero que ela fique confortável.

Vou até o quarto em busca de algo para vestir além da sunga que protege meu corpo. Pego uma calça de moletom que provavelmente não é minha, deve ser do Kol, tem mais o estilo dele. Devo ter trazido quando peguei os ternos na lavanderia. Lembro dele ter pedido para pegar algumas coisas dele.

Faço o mínimo de barulho possível e volto para cozinha. Quando termino de colocar o omelete no prato, April aparece vestida com minha camisa do terno de ontem. 

— O cheiro está sensacional amor. — ela vem em minha direção e me dá um selinho.

Pego ela e coloco na ilha onde está nosso café.

— Que bom que gostou, fiz pra você. — também lhe dou um selinho. — E bom dia chère.

— Bom dia meu bem. —  Ela pousa a cabeça em meu peito e depois volta o olhar para mim.

— O que foi? Fome? — pergunto.

— Também... — ela diz. — Só não quero ir embora sabe, estamos tão felizes aqui. É tudo tão perfeito que eu tenho medo de estragar quando a gente sair.

Fico um pouco apreensivo porque não achei o momento ideal para pedi-lá em namoro. Mas acho que agora tá de bom tamanho.

— Sabe que não precisamos sair. Inclusive, — pego a chave reserva do apartamento e lhe dou junto com uma pequena bolsa de couro. Quando eu digo pequena é pequena mesmo. — São suas. Pode vir quando quiser ou morar aqui de vez. Abre a bolsa. — peço sorrindo.

Ela me olha e abre divagar. Sei que ela vai gostar porque é simples e veio em algo que não é comum. Quem dá anéis em mini bolsas de couro? Ninguém. Só eu. É único.

— Elijah... Eu não acredito! — ela me olha com os olhos brilhando.

— Namora comigo? — pego o anel e coloco em seu dedo.

— Sim, mil vezes sim. — e então ela me beija. Retribuo o carinho.

— E lindo e único, e representa todo meu amor por você. — digo.

— Amo você. — ela diz.

Je t'aime. — digo em francês porque sei que ela adora.

Ela apenas me abraça e aperta seus braços cada vez mais a minha volta.
Faço um carinho em suas costas cobertas pelo tecido da blusa. O cheiro da comida invade meu nariz juntamente com o som do sangue passando pela sua jugular tinindo no meu ouvido. Preciso de alimentar.

A Esperança | The Originals | Elijah Mikaelson | HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora