Capítulo IV (Family)

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HOPE MIKAELSON

Desde de que conheci Lara instintivamente meu lado bruxa me fez sentir algo. Por isso, no banheiro do Pub eu me esforcei ao máximo pra fazer amizade com ela, não que fosse difícil porque ela é uma ótima pessoa, e consegui.
Ela contou um pouco sobre sua família e disse que tinha uma irmã, e que tinha chegado na cidade hoje mesmo. E pra não ficar presa em casa, coisa que ela já fazia em Utah, onde ela morava, ela resolveu sair para conhecer a cidade com a irmã.

Pelo que pude ver, as duas são bem tímidas e deve ser coisa de cidade pequena. Ela disse que a irmã nunca teve um namorado sério por sempre estar com ela. A mãe das duas faleceu há um tempo atrás de acidente de carro.

Eu não entendi o motivo de meu instinto de loba despertar com ela e meu lado bruxa sentir algo. Mas assim que a Liane, uma bruxa do Treme amiga da minha tia e de Vincent, um amigo da família, falou sobre seu futuro, eu comecei a entender algo.

Liane é uma bruxa famosa por aqui por ler mãos para turistas, mas ela sabe seu potencial, e por isso levei Lara lá.

Isso tudo tinha alguma coisa a ver com Hollow e eu não queria que mais alguém se envolvesse nisso. Porque alguém teve que vir de tão longe, de uma vida basicamente perfeita pra fazer algo por mim? Pra estar no meio disso tudo. Lara sequer sabia de algo do mundo sobrenatural. Era só mais uma menina, assim como eu, envolta em algo maior que ela. Só que diferente de mim, ela era humana e não tinha ninguém protegendo ela e não fazia noção do que existe nessa cidade. E não tinha poderes.

Eu não entendi muito o que Liane disse, mas tinha a ver com ela, Hollow e os Originais, se é que eu entendi, já que estão ligados a ela por mim. E eu estou cogitando a ideia de ocultar essa informação só entre e Marcel. Eu tive que chamá-lo para que hipnotiza-se Lara a esquecer de tudo que lhe foi dito.

Pedi que ele guardasse segredo até eu falar com minha família. Se ela estava ligada a Hollow de alguma maneira, era nosso dever protegê-la. Ela era humana e com certeza começariam a vir atrás dela.

Assim que voltamos para o bar eu notei o clima entre meu tio e a irmã dela. Outro motivo para eu tentar conversar com minha família. Meu tio era um Original e April uma humana. Meu pai já me contou essa história, em que ele era o protagonista com Camille e no final, ela morreu por estar conosco. Ele nunca permitiria que meu tio passasse pelo que ele passou.

Quando meu tio pegou meu braço e entrelaçou no dele caminhando comigo para fora do Pub, tive a certeza que ele imaginava que algo aconteceu.

-— Eu quase consigo ouvir seus pensamentos Hope. — ele diz e coloca as mãos dentro de seu terno.

Mordo os lábios e aperto meu casaco contra meus braços. O vento frio começa a bater.

Nova Orleans é temperamental como nós.

— Eu preciso falar com a família, entende? Todo mundo junto. — olho em seus olhos.

Sei que acima de tudo devo desculpas para meu pai. Sai sem sua permissão, sabendo que temos inimigos que podem me capturar só pra fazer meu pai sofrer. Temos a Hollow e temos os outros que não deixaram de existir só porque ela apareceu.

Chegamos em casa sem muita demora. Saímos da Bourbon e fomos para a Royal St, onde moramos.

Assim que entro, papai me abraça. Todos dizem que meu pai é algo que os inferiores temem, coisa que já saiu da boca dele. Mas toda vez que eu sorrio, ele demostra amor. E é isso que faz dele meu herói.

— Me desculpe pai. Eu não devia ter saído sem avisar. Eu fui uma tola e não pensei nas consequências.

Shiiiiii, — ele adverte. — Tá tudo bem. Eu mataria quem tocasse na minha princesa. — diz beijando minha testa.

A Esperança | The Originals | Elijah Mikaelson | HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora