O Colégio Interno

50_ Fim.

Rain Miller

- Então foi mesmo a aluna Alaris... - Falou a diretora vendo as últimas gravações da câmera que estava no escritório antigo dela.

Alguns minutos depois, nas gravações, eu apareci.

Eu realmente tava uma gostosa naquele vestido.

- Eu tentei contar pra vocês que eu não fiz nada. - Comentei.

- É... Eu realmente lamento muito, Rain. Eu devia ter te escutado ao invés de tomar decisões precipitadas apenas por causa da sua ficha escolar. - Se desculpou a diretora e eu sorri simpática pra ela.

- Não se preocupe, por um momento eu também me questionei se não coloquei mesmo fogo no escritório. - Brinquei e ela riu.

Senti a mão do Marcus deslizar pelas minhas costas nuas por causa do vestido. A sua mão fria passeou pela minha pele, me causando arrepios, e eu senti ela entrar no meu vestido.

Ele apertou a minha cintura e a sua outra mão começou a subir a minha perna.

Os seus dedos tocavam a minha coxa gentilmente e eu abri as pernas dando espaço pra ele.

Eu dei um sorriso, não acreditando que ele tava fazendo isso do lado da mãe e do professor de matemática.

A sua mão quase tocava a minha intimidade e eu mordi o meu lábio inferior com força, evitando fazer qualquer barulho.

- Senhor Ferrara. - Chamou o professor de matemática notando apenas a mão do Marcus na minha cintura.

Eu prendi a minha risada, enquanto o Marcus engoliu seco com um sorriso tirando a mão da minha perna e a outra mão da minha cintura.

- Eu acho que o importante agora, é decidir o que fazer sobre a aluna Alaris. - Comentou o Snape de Chernobyl.

- E sobre a formatura. - Acrescentou o Marcus.

- Quanto tempo falta? - Perguntei assustada.

- Faltam 4 horas e 44 minutos para a formatura. - Respondeu ele me encarando tenso.

Eu assenti com medo e a diretora se pronunciou.

- Eu trato da aluna responsável pelo incêndio, e vocês deviam se apressar para encontrar os seus amigos na formatura. - Disse a diretora com um sorriso.

O Snape de Taubaté nos acompanhou até a porta e antes que ele fechasse a mesma, eu me virei pra ele.

- Obrigada por não desistir de mim. - Agradeci com um sorriso e ele devolveu o sorriso.

- Eu tenho uma cópia do poema, espero que goste de ouvir ele na formatura. - Sussurrou com um sorriso simpático e eu arregalei os olhos animada.

Em algum tempo, já tínhamos chegado aonde seria a formatura.

Todos os olhares surpresos estavam sobre mim.

Esses vagabundos realmente acharam que uma maconheira não podia se formar...

A Aly empurrou o Sirius que caiu no colo da Anitta, e veio correndo até mim com um sorriso gigante.

Ela me abraçou e eu devolvi o abraço sentindo ela me esmagar.

O perfume doce dela invadiu as minhas narinas enquanto a mesma falava árabe no meu ouvido.

Em um canto do grande gramado, eu consegui ver o professor de matemática e a professora de artes se abraçando e dando um selinho, o que me fez arregalar os olhos surpresa.

A Leyla, o Sirius e a Anitta vieram logo em seguida me abraçar.

Notei que a Anitta tava andando meio torto, o que me fez arregalar levemente os olhos e o Marcus prendeu a risada.

- A Alaris? - Perguntei preocupada.

- Ela não apareceu ainda. - Respondeu a Leyla também com medo.

O Marcus contou pra ela e para o Sirius. A Aly é a única que ainda não sabe.

- Por que ta todo mundo com essa cara? - Perguntou ela confusa.

- A gente precisa conversar sobre algo muito importante. - Segurei os ombros dela.

[...]

"Aqueles que amamos, nunca nos deixam realmente,
Eles andam do nosso lado todos os dias,
Podem não ser vistos, ou escutados, mas estão sempre por perto,
Continuam amados, continuam fazendo falta, e continuam queridos.

A morte deixa uma dor no coração, que ninguém pode curar.
E o amor deixa memórias, que ninguém pode roubar.

- Alan Rickman."

Esse foi o poema que o Snape fez pra mim.

Eu admito que chorei igual uma criança enquanto ninguém entendia nada...

Mas o que mais me surpreendeu, foi descobrir o nome do Robisvaldo.

Alan Rickman.

Ele é irmão do professor de história.

Ou seja, eu posso começar o meu tráfico de irmãos.

E sobre a Alaris, ela acabou sendo internada em um hospício pela mãe dela.

Senti o olhar do Marcus sobre mim, enquanto eu encarava o túmulo do meu irmão.

Viemos visitar ele, uma coisa que eu nunca fiz desde que o Lorenzo se foi.

- Ele teria orgulho de você. - Sussurrou o Marcus se sentando mais perto de mim e pegando na minha mão.

- Eu também tenho orgulho dele. - Encarei o Marcus. - O mundo estava matando ele lentamente, as drogas foram apenas um jeito de acelerar o processo.

- Eu acho que tenho fogo no rabo. - Sussurrou o Marcus e eu olhei brava pra ele.

- Você tá mesmo falando isso na frente do meu irmão morto? - Perguntei indignada e o Marcus se virou pra mim assustado.

- Eu tenho fogo no rabo! - Se levantou desesperado e eu vi a sua bunda pegando fogo.

- PELO AMOR DA MACONHA! - Gritei em pânico tentando apagar o fogo da bunda dele.

Basicamente, ele sem querer sentou em uma vela que estava no cemitério.

Se você chegou até aqui, ou realmente prestou atenção o suficiente, você deve ter percebido que eu ignorei cada lição que eu dei.

Por isso eu acabei tão fudida antes de tudo começar a dar certo.

Mas tem uma lição, que eu tenho certeza que vou sempre seguir e acreditar.

Lição número dez: Aqueles que amamos, nunca nos deixam realmente.

fim.

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e n é q teve um final feliz? e vcs me agredindo...

amo vcs e até a próxima:).

deixem sugestões aq de livros q vcs querem q eu faça.