Dream About Me - Tom Holland Imagines

Lost Island - Parte 11

Chuva.

Chuva por todos os lados.

E está tão frio.

Me abraço mais forte ainda de frente a janela, mas não olho para baixo por si, não suporto muito bem a altura ainda.

Ainda é dia, mas o tempo fechado está tão escuro que parece entardecer.

Tom saiu pra caçar formigas, de novo. Essas ele diz ser especial, que quando assa elas ficam muito gostosas.

Disse que ia experimentar, só pelo esforço dele de ir pegá-las.

Ouço a porta da 'casa' ser aberta e sei que ele chegou. Ela é feita de bambu e cipós.

Saio do quarto qual divido com ele, indo até a sala/cozinha.

E ali está ele. Molhado até os ossos, mas ostenta um sorriso radiante.

"Conseguiu?" pergunto me aproximando, daquele mesmo troço que ele levou na primeira vez das formigas.

"Sim, muitas" parece orgulhoso.

"Vai trocar essa roupa molhada antes que fique doente" digo percebendo que ele está ainda mais molhado do que eu presumia que estaria.

Eu fiz um lugar com uns pedaços do avião que agora podemos ter fogo aqui em cima sem incendiar nada.

Ele sorri feliz. "E depois, fogo" diz olhando para o lugar, aonde a mesa ficava mas a arrastamos para o canto pra poder deixar o fogo no meio.

"Isso, fogo. Mas antes, se trocar primeiro" pego suas mãos e estão tão frias e enrugadas.

Ele assente e me acompanha.

O deixo no quarto pra se trocar e vou até o que eu usava, pois deixo algumas coisas ali. Tenho umas toalhas e pego uma delas, com florezinhas roxas.

Assim que entro no quarto, ele já trocou a calça, mas ainda está sem camisa.

"Eu falei que era pra trocar tudo" resmungo em desaprovação.

"Prefiro assim. Gosto como me olha" sorri.

Fumego em raiva. Apoio a mão na cintura, e ainda seguro a toalha enganchada ali em meu punho.

A outra, aponto para a camiseta que está em cima da cama qual dividimos. Uma ordem silenciosa.

Ele estreita os olhos, mas aponto com mais intensidade e uma careta.

Ele resmunga, mas vai vestir a roupa. Após colocar, ele se aproxima, com uma carinha mó inocente, mas sei que é só charme.

"Não me olha assim, é para o seu bem" resmungo parcialmente derretida ao ver seu sorriso.

Ele sorri mais largo, e me derreto mais.

"Continuo desaprovando" resmungo não querendo ceder.

Ele me abraça a cintura, me puxando contra si em uma pegada que sei que ele nem tem consciência dela. Sorrindo ainda mais largo, ele balança as sobrancelhas.

"Maldito. As sobrancelhas não" resmungo mal humorada.

"Você gosta" ele responde, com um ar vitorioso.

Estreito os olhos, encarando-o mal humorada. Mas essa frente se desmancha quando ele enfia o rosto em meu pescoço, me dando beijos ali.

Arrepio até os pelos das sobrancelhas. Não consigo impedir um gemido de me escapar.