Dream About Me - Tom Holland Imagines

Heart's Thief - Nathan Drake Parte 6

Um Dia Depois

"Eu não vou entrar aí" digo me recusando.

"Mas é o caminho!" Nathan insiste, já quase desistindo de continuar sem surtar.

"Eu sei o caminho, você sabe o caminho. Você sabe que eu sei. Mas isso não tira o fato de que eu me sinto mal em lugares onde não vejo uma saída" cruzo os braços, me afastando. "Não consigo. Sinto muito, Drake, mas não consigo" nego com a cabeça, me sentindo mal.

Ele olha de mim pra caverna, depois pra mim de novo. "Olha, eu sei que tem medo, mas estamos tão perto. Não quer terminar e descobrir por si mesma como a fonte é? Terminar essa aventura?"

Fecho os olhos, o pânico se instalando. Quando volto a abri-los, vejo mais uma vez equipamentos das pessoas que pegaram o irmão e mentor de Nathan. Ainda espalhados, mas em amontoadinhos organizados aqui e ali.

Me sinto péssima. Me sinto péssima por não conseguir. "Sinto muito, mas não consigo" sussurro, olhando-o com vergonha.

"Você disse isso sobre a moto, mas andou nela. Você não queria ir de avião, mas foi. Você nos despistou dos caras maus. Você nos guiou até aqui com seu talento pra cartografia. Hanna, você fez isso" se aproxima, me olhando com intensidade. "Não eu, você fez tudo isso e nos trouxe até aqui"

"Eu fiz?" uno as sobrancelhas, tentando ver de sua perspectiva.

Ele sorri, assentindo. "Claro. Você é inteligente, corajosa, destemida. Você pode fazer isso, não só por que não consigo sem você, sim, mas muito mais. Você consegue, por que você é capaz"

Nisso sinto meus olhos marejados. Pigarreio um pouco, respirando fundo em seguida.

"Eu acredito em você, Hanna. Você acredita em si mesma também" segura meus antebraços.

"E se eu falhar?" pergunto baixo, temendo não ser boa o suficiente pra ajudá-lo. Não ser boa o suficiente pra eu mesma me ajudar. "E se eu cair?"

"Você levanta de novo" diz com seriedade mas suavidade.

"E se eu não conseguir?"

"Eu vou estar lá pra te ajudar" me olha nos olhos.

Ele acredita em mim. Como meu avô acreditava. Como minha família acredita.

Endireito a coluna, pigarreando novamente. "Tá, eu vou. E se eu cair, que seja com estilo" arrumo o chapéu com determinação. "Uma Jones nunca cai sem antes lutar pra levantar"

Um sorriso e olhar de orgulho aparecem no rosto bonito de Nathan Drake. "Vamos achá-los, e chutar as bundas deles" sussurra, com um ar de vitória.

Respiro fundo, me preparando. "Vamos lá chutar as bundas deles" digo com vontade.

Nathan rouba uma lanterna dos pertences dos caras maus e eu faço o mesmo. Trouxemos as nossas, mas pegar coisas dos outros que nos fizeram mal, me deixa feliz.

E a ele também, por sua cara contente.

O chão é muito desnivelado, cheio de pedras e morrinhos. Propícios pra entortar o pé. Mas me recuso a deixar isso acontecer. Já basta ter caído dois dias atrás.

Estou muito bem, os remédios de Nathan são muito bons. Praticamente me curaram.

Um crunch estranho soa quando dou um passo e abaixo a lanterna. Bile sobe em minha garganta quando vejo o chão.

Se movendo. São milhares de baratas.

"Ai que nojo" resmungo, pensando em dar meia volta. Mas resisto a esse instinto besta. Besta mas que me manteve viva, e vou obrigá-lo a fazer isso enquanto estou indo encarar o perigo.

"Não olha" Nathan diz do meu lado, também seguindo caminho. "É só não olhar"

"Estou sentindo algo na perna, mesmo com a calça" resmungo ainda continuando a andar. "Ai, tá subindo" resmungo, quase em pânico.

"Eu sei, mas não tem problema. Continue. Não olhe. O medo não é você, é o que você vê. Acreditar que vá conseguir, fará você conseguir."

"Ok" assinto, continuando. Eu vou conseguir. "Aquilo é uma cobra?" pergunto empertigando a coluna, olhando um canto com um monte estranho. "Acho que é uma cobra, Nathan"

Sinto a mão de Nathan na minha e o olho assustada, assustada por seu movimento rápido.

"Estou aqui. Não se esqueça. Você não precisa de mim, mas estou aqui" dá um aperto reconfortante.

Engulo em seco, mas assinto. Vamos em frente. Sempre em frente.

*x*

Não sei quantos minutos ou horas se passam, mas andamos muito. Nathan ainda segura minha mão. Me ajuda, e o ajudo.

Somos a dupla mais improvável que já ouvi falar. Mas somos uma boa dupla. E gosto disso.

"Han, olha" ele diz baixo e apaga a lanterna, e faço o mesmo no mesmo segundo.

Lá na frente, vemos tochas e lanternas, pequenas, mas ainda sim, a frente.

Agarrando o braço de Nathan, me aproximo mais. "E agora Drake?" pergunto quase em seu ouvido.

"Vamos quietos" sussurra de volta, e sinto ele segurar meu antebraço.

Tentamos chegar mais perto na surdina, caminhando com cuidado e parecendo andar sobre ovos. Não vendo o chão da caverna, não duvido não ter algum.

Com os metros andados, as luzes providas por eles ficam mais intensa, e nosso caminhar mais nítido. Posso voltar a ver meus pés.

Puxo Nathan pra trás de uma rocha bem grande, e nos abaixamos, espiando vez ou outra.

A caverna parece ir muito mais além. Muito mais. Parece ir eternamente.

Sinto algo estranho em minha perna, mas Nathan está tão perto que nos encostamos. Deve ser ele ou sua roupa.

Quando sinto uma coisa em meus ombros fico realmente incomodada.

"Pare com isso" sussurro com raiva na orelha de Nathan.

"Parar com o que?" ele me olha, falando no mesmo tom. "Não to fazendo nada"

Quando sinto a cócegas no pescoço, o pânico se instala em mim.

Só tem uma coisa que anda assim.

Meu grito de pânico ecoa pela caverna e saio de trás da pedra me debatendo como nunca.

"Tira esse negócio. Tira, Tira!" não sei como. Só sei que arranco a mochila a tacando longe e depois a camisa marrom que estava por cima da regata.

E ali está. O filhote de satã. As oito perninhas peludas e os olhos de um demônio.

"Oh meu Deus" estremeço toda, me abraçando. "Odeio aranhas"

"Ora, ora, ora, não imaginei ganhar um show desses"

Me viro no susto, dando conta que eu acabei de nos entregar. Um cara com uma roupa de explorador se aproxima, capangas armados a sua volta.

Quem só pode ser Victor Sullivan e Samuel Drake também me encaram um pouco... estranho, confusos e até, humorados.

"Olá" digo acenando com um sorriso sem graça, sem ter o que fazer.

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Meu computador está com a tela soltando.

Estou escrevendo pelo cel e editando capítulos ja escritos pelo site e app do Wattpad. Assim vocês não ficam sem atualização e eu sem escrever.

:)