Dream About Me - Tom Holland Imagines

The Mob Boss - Parte 2

Um Ano Depois

"Está cada vez melhor" Haz diz, após meu treino de tiro. "Uma mira impecável"

Lhe dou um sorriso enquanto mexo os ombros. Apoio a arma na mesa, e respiro fundo.

"Algum problema?" ele pergunta, se aproximando.

"Não, é que... Tom anda muito estranho ultimamente" digo, ainda olhando a mesa e seu conteúdo. "Parece distante"

"Fisicamente, ou emocionalmente?"

Nisso solto um barulho de riso pela garganta. "Ambos eu acho" agora encaro meu amigo, que me olha sério. "Acho que ele finalmente percebeu que não sou tão interessante como ele prometeu pensar no começo" dou um sorriso triste, e volto a olhar a mesa.

"Ele terminou com você?" Haz pergunta.

"Não. Essa é a pior parte, sabe... ele não fica mais perto de mim, e também não me liberta. É ridículo. Quero tacar uma sandália nele toda vez que o vejo" digo zangada.

"Por que não termina isso por você mesma?"

"Por que eu ainda o amo. Mas você está certo. Chega de me arrastar aos pés dele." Endireito a coluna, respirando fundo.

"Isso, aja por você mesma" ele encoraja, dando um sorriso feliz.

O abraço, sentindo conforto. Desde que vim morar com Tom na mansão chique dele, Haz se tornou meu melhor amigo.

"O que é isso?" Tom diz atrás de nós.

Me separo de Harrison, virando para ele, encaro Tom com raiva. "Um abraço" explico, a voz gélida e distante. Cruzo os braços.

"É sério? Você não me abraça, mas abraça Harrison?" Tom chega mais perto, me olhando com raiva. Ele está sem os óculos hoje, provavelmente usando as lentes.

Bufo pra não rir, fecho os olhos pra recolher a pouca paciência que ainda cultivo dentro de mim. "Não seja um cuzão. Você que me largou as traças e tá aí dando pitaco?"

"E só por isso está se consolando com o Harrison?"

Nisso aperto os olhos. Ele percebe que falou merda. "Olha como fala comigo se ainda quer continuar com a língua. Não sou uma das vadias quais você pegava." Aponto um dedo bem na cara dele. "Você é ridículo." Saio da frente, indo até a porta.

"Charlie, espera!" Tom me chama, mas não dou ouvidos.

Saio da sala de tiro e caminho pelo quintal. Está um dia ensolarado. Horrível. Prefiro chuva.

"Charlie!" Tom grita atrás de mim.

Estou a meio caminho da casa, mas não diminuo meu passo.

"Espera cacete!" ele me alcança, segurando meu braço, não pra machucar, só pra me parar.

"Cacete é você. Me solta" tiro meu braço de seu aperto leve. "Estou zangada com você"

"Por que? O que eu fiz?" pergunta unindo as sobrancelhas.

"Sério? Acho que precisa trocar o grau dos seus óculos, pois não está vendo as coisas com a mesma lucidez que eu"

"Sabe que eu fui ao médico semana passada" ele responde, cruzando os braços.

"Então é só burro mesmo"

"Me fala o que eu fiz"

"Eu vou trocar de quarto, não vou mais ficar no seu" anuncio minha decisão.