Dream About Me - Tom Holland Imagines

To Be Human - Parte Bônus (17)

Fiquei com dó de vocês esperarem até a semana pra postar...

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Tom

Estou vendo um filme com minha família na sala da casa da minha mãe. Ou seja, dos meus pais.

"Hey, vai pegar mais pipoca, quero ver você virar pó e não posso perder isso" Paddy diz concentrado na tela.

Estamos vendo Infinity War.

O olho sério. "Nossa, que ódio no coração. Ainda diz que me ama" resmungo me levantando, indo pegar o que ele quer.

"Trás mais pra gente também?" Minha mãe pede com um sorriso e posso ver por uma cena com luz iluminando a sala.

"Claro" lhe dou um sorriso e pego a bacia dela também.

Vou até a cozinha, indo direto até os armários, pegando sacos de pipocas pra micro-ondas.

Enquanto estou esperando, mais daquela sensação ruim volta. Mais cedo, enquanto estava brincando com os meninos no quintal uma sensação ruim tomou meu peito, me fazendo parar de jogar e ser atingido na cabeça pelo freesbee.

Ainda tenho o galo na cabeça.

O massageio, e ao mesmo tempo o peito. É uma sensação ruim, pesada. Estranha.

Como se estivesse sentindo uma dor mas não dor física.

"Tom!"

Dou um pulo quando mum me chama, virando para a porta da cozinha que dá para o corredor.

"Sim?" digo daqui mesmo.

"É o seu amigo que você ligou mais cedo... Jason" ela diz de lá da sala.

Não liguei pro Jason, liguei pra Ange.

"Eu não liguei pra ele" respondo já indo até lá.

Eles estão sérios quando me aproximo do sofá.

"Não foi ele que ligou em si" ela diz baixo e me mostra o celular.

Quando liga a tela vejo o contato da Ange com sua foto sorridente qual coloquei para zoar com ela quando ainda estávamos trabalhando juntos.

Sinto um arrepio percorrer meu corpo, e pego o telefone com dedos trêmulos. "Ange?" pergunto mesmo sabendo que não é ela.

Meus irmãos e pais me olham sérios, expectantes, mas em silêncio aguardando o que quer que seja.

"Não, é o Jason"

Me arrepio mais ainda. "Oi... huh... algum problema?" to com medo da resposta.

"Vi que ligou pra Ange mais cedo" ele diz com o nariz parecendo entupido.

"Liguei" respondo cauteloso.

"Eu liguei- caralho, não tem outro jeito de dizer isso"

Me endireito agora, colocando a ligação no viva-voz.

"Dizer o que, Jason?" pergunto impaciente.

"Bateram no carro da Ange."

Sinto meu corpo gelar dos pés a cabeça. Meus pais e irmãos arregalam os olhos. Mum se levanta, com a mão no peito.

Ela sabe que gosto dela.

"Ela tá bem?" consigo perguntar.

"Não. Ela já fez um tipo de cirurgia no pescoço... ela bateu aonde produz a voz... quebrou uns ossos, um do braço e uma costela. O rosto. E não pode mais... não vai poder mais falar"

Tapo a boca com a mão livre, me sentando no sofá atrás de mim. Minhas pernas cedendo com o peso dessas palavras.

Ninguém diz nada.

Acho que o choque atingiu a todos.

"Tom?"

"Ainda aqui" consigo responder enquanto olho um pedaço do carpete cor de creme da sala dos meus pais.

"Eu quis avisar por que- bem, vocês são amigos e tal. Eu vou dando notícias assim que as receber"

Troco um olhar com minha família, e estão tão desnorteados quanto eu.

"Obrigada, Jason... agradeço por isso"

Na cozinha o micro-ondas anuncia o tempo terminado.

"Sinto muito contar isso assim, só... nos falamos em breve" diz e desliga.

Estranhei mesmo ela não me ligar de volta. Ela sempre liga... menos quando estamos brigamos.

E estamos mais do que de bem, estou até tentando alguns flertes suaves e discretos... querendo conquistá-la.

Mum se senta ao meu lado, me abraçando. Fecho os olhos com lágrimas quais não notei antes e a abraço de volta.