Dogsitter - Parte 1

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Mais uma série, mas essa vai ser fofinha

espero

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"Lilly! Que bom que veio" a senhora Holland abre a porta, e me saúda com entusiasmo.

"Olá" dou um sorriso e aceno debaixo do meu guarda-chuva azul. "Como está nessa tarde?"

"Ótima. Meu filho voltou dos Estados Unidos" sorri, feliz.

"Imagino que esteja muito feliz, estava com saudades dele" digo fechando o guarda-chuva, indo deixá-lo apoiado na parede longe da entrada.

"Ele ainda não conhece você direito, e ele também quer conhecer quem passeia com a Tessa enquanto estou ocupada" ela gesticula, me pedindo para entrar.

"Ah, claro." Assinto, dando a ela um sorriso. Adentro a casa que tanto conheço, vendo o ambiente cheio de brinquedos de cachorros e alguns celulares pelo sofá.

No tapete, os irmãos brincam de vídeo game.

"Aceita uma xícara de chá?" Nikki pergunta, segurando meu ombro afetuosamente.

"Sim, obrigada. Adoraria aquecer as mãos" as mostro, dando um sorriso em gratidão.

"Tem que usar luvas, um dia desses vai precisar aprender" ela adverte, mas de maneira leve e preocupada.

"Eu odeio luvas. Tira meu senso de percepção. E odeio isso" explico mais uma vez, com a voz suave e calma.

Os meninos se levantam e vem me cumprimentar, junto do irmão mais velho qual nunca conheci desde que comecei a trabalhar para os Holland. Ou melhor, com os cachorros deles.

"Então, é um prazer conhecê-la" ele me estende sua mão. De certa não quer me abraçar. É meio estranho tanto contato com gente desconhecida.

A pego, apertando. "O mesmo" digo neutra.

"Que mão gelada, e você sabe quem eu sou, certo?" ele pergunta, me olhando estranho.

"Sei." Digo mexendo o pescoço. "O filho da Niki" mexo os ombros.

Ele me olha pasmem. De boca aberta. "Sabe que sou o Homem-Aranha, certo?! Já viu um dos meus filmes, né?"

"Já." Assinto. "Todos eles. Eu sei quem você é" respondo ainda tentando parecer normal.

"Não vai gritar? Ou fazer perguntas? Tirar fotos? Pedir autógrafos?" une as sobrancelhas.

"Não, não quero fazer perguntas, e não quero fotos e talvez um autógrafo, mas só se quiser me dar um" digo ainda suave.

"Aqui está seu chá, Lilly" Nikki volta, trazendo pires e xícara. O cheiro de camomila se espalhando.

A pego, dando um sorriso. "Obrigada"

Tom ainda me olha estranho. Parece assustado ou desconfiado de algo. Fomos nos sentar no sofá e ele ainda me encara.

"Está se sentindo bem?" pergunto só pra saber.

"Sim. Só não é comum... as meninas agirem assim" ele responde, ainda aturdido. Os irmãos o olha estranho, confusos.

"Oh, hum... não sabia que tinha que saber como me comportar com você... quer que eu grite?" pergunto confusa, apoiando a xícara no pires.

"Não, eu só-" suas bochechas ficam vermelhas "é tão... normal. Tão normal que chega a ser estranho"

"Não gosto de fazer escândalos. E imagino que você não goste de presenciá-los." Dou de ombros.

"Quer ficar um pouco com a gente? Aceita jogar?" Paddy pergunta, me mostrando o controle do vídeo game.

"Não, de boas. Mas ficar por aqui aceito" vou tomar mais do chá.


*X*


"Então, por que quis ser babá de cães?" Tom pergunta, enquanto todos estão concentrados no jogo.

Ao invés de participar ele resolveu ficar aqui no sofá pra me observar. O que achei bizarro.

"Bem, pagam bem e gosto de cachorros." Dou de ombros "acho que é o certo. Conheço pessoas novas e também cachorros, além de ganhar, claro"

"Legal" ele assente, pensativo. Até agora fez várias perguntas. O que achei estranho. "O anel... é de compromisso?" aponta para o meu anel de prata na mão direita.

"Ah, não" respondo com um sorriso "é que gosto desses anéis, então comprei um pra mim mesma."

"Tem algo gravado nele?" mexe o pescoço pra ver melhor.

O tiro e mostro pra saciar a curiosidade do moço.

"Esses prazeres violentos, nossos finais violentos" diz enquanto o gira entre os dedos para ler melhor. Ele me olha pasmem. "Isso é Shakespeare" diz enquanto ainda me olha surpreso.

"Sim. Eu gostei da frase. Antes um anel do que uma tatuagem que vá me arrepender uns anos após ter sido feita" digo dando uma risada sem graça.

Ele me entrega o anel "então não tem tatuagens" sorri.

"Eu não disse isso" sorrio de lado.

Ele estreita os olhos pra mim, enquanto se apoia no encosto do sofá, mas o corpo está voltado pra mim. Parece curioso demais pra se sentar normal.

"Estou tentando adivinhar o que é"

"E eu saber por que está tão curioso sobre mim" ergo a sobrancelha.

"É que todas sempre jogam as calcinhas nele. Você é a única que não fez isso" Harry responde, enquanto ainda brinca no console.

Nisso dou risada. E Tom cora.

"O que acha que é?" minha vez de apoia no encosto do sofá.

"Algum cachorro?"

"Não" nego.

"Algo a ver com literatura... pelo seu anel..." diz pensativo. "Alguma frase literária ou símbolo"

"Hum, quase lá. Que símbolo seria esse?" pergunto gostando desse joguinho.

"Não sei, realmente. Há milhares de livros no mundo" desiste, parecendo frustrado.

Ergo a manga da blusa, mostrando minhas tatuagens em linhas sem preenchimento.

Ele me olha de boca aberta. "São tantas"

"São discretas. Não aparece muito e são bem pequenas. Sei que tem uma também"

"Eu fiquei puta da vida quando vi" Nikki diz ao aparecer na sala, carregando uma bandeja de sanduiches enquanto Dom uma de chá. "Um lanche. E são belas tatuagens" sorri pra mim ao apoiar a bandeja na mesa de centro.

"Obrigada" retribuo seu sorriso. "Gosto de ler então achei o pretexto perfeito pra fazê-las" pego um pedaço de sanduiche.

Quando vou olhar pro lado, Tom ainda me olha, mesmo estando comendo.

É o primeiro famoso que conheço e estou achando que ele é meio... doido.

Dream About Me - Tom Holland ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora