Dream About Me - Tom Holland Imagines

To Be Human - Parte 18

Um Tempo Depois

Abro os olhos e respiro fundo. Esse respirar fundo me faz ofegar pela dor e o ofegar me faz sentir mais dor.

Lágrimas brotam em meus olhos. Luzes machucam minhas retinas também.

Tento engolir, mas não consigo.

Respirar está ruim, e ouço bips ao meu redor. Apoio a mão direita em meu peito e tem tubos e fios ali.

O pânico me faz ficar ainda mais nervosa.

"Ange?!" Jason.

Seu rosto fica em minha visão, me olhando de cima pra baixo.

Fecho os olhos e sinto lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Não estou sozinha.

Levo a mão ao pescoço mas ele me impede. "Não Ange, não pode tocar" sussurra gentilmente.

Uno as sobrancelhas e isso faz meu rosto e cabeça doer.

Tento perguntar por que mas nada sai mesmo não tendo nenhum aparelho ou sonda em minha boca.

Tento tocar o pescoço de novo e ele segura meu braço mais forte. "Não pode" diz de novo. "Não se mexe, vou chamar a médica"

Tento dizer alguma coisa mas só em tentar fazer barulho é incrivelmente doloroso. Parece que to tomando fogo.

Tento o agarrar mas ele sai mais rápido do que consigo o segurar.

Ele logo volta, com mãe e pai, junto de uma enfermeira e um médico alto.

"Olá senhorita Lewis" ele sorri e seu sorriso... me lembra de Tom.

Isso faz meu coração disparar, junto das minhas dores. Que coisa mais aleatória de se pensar...

"Não se altere, ok? Vamos fazer checagens em você, tá?" diz gentilmente e pega o troço de ouvido para ouvir batimentos que está em volta do pescoço. "Vai estar gelado, desculpe por isso" diz sorrindo levemente e levanta a roupa de hospital que to usando pra colocar o troço gelado.

O que me faz esquivar levemente, mas paro por doer.

Tento perguntar o que aconteceu mas nada sai. Só meus lábios que se mexem.

"Está tudo bem, Mary, vamos checar a pressão agora" ele diz e a enfermeira começa a ajudá-lo.

Eu só quero saber o que tá acontecendo.

Meus pais e meu irmão estão em um canto, me olhando com felicidade e lágrimas.

"O-" tento dizer mas isso faz meus olhos marejarem.

"O que, querida?" ele pergunta me olhando com atenção agora.

"O-ooo q-"

"O que aconteceu?" ele completa a pergunta, me olhando gentilmente.

Seguro seu braço, pra dizer que sim.

"Um carro bateu na traseira do seu, isso fez você ser lançada pra frente, e como o seu veículo não tinha airbags não teve nada pra amortecer seu impacto no volante. Você quebrou o pulso esquerdo, fraturou uma costela e trincou o osso do rosto no lado direito"

Abro a boca, não sei se pra gritar em silêncio ou por choque. Levo a mão ao pescoço, ele não me impede.

"Além do rosto ter sido trincado, você bateu com o pescoço no volante" ele diz mais gentil e seu rosto parece realmente triste. "Com isso, sua laringe e faringe foram quase esmagadas. Você não consegue mais falar"