Dream About Me - Tom Holland Imagines

Grow As We Go - Parte 17

Tyler

"Aqui" lhe dou uma caneca cheia de chá.

Ele sorri e a pega, aquecendo as mãos na louça morna.

Depois de convencê-lo a parar de chorar, o trouxe para meu andar, levando-o até o banheiro e deixando ele tomar um banho quente.

Minha mãe se dispôs a me ajudar, fazendo chá enquanto ia procurar por roupas que podem servir para ele poder usar.

Após de sair já trocado, o levei até a lareira. Depois minha mãe anunciou o chá estar pronto e disse que ia pra cama, por estar cansada. A agradeci imensamente.

Entreguei a ele chá antes de ir tomar banho e agora a pouco fui buscar mais. Me sento de frente a ele, enquanto ele está a encarar o fogo.

"Tom, sei que está triste, mas quer me dizer o que aconteceu?" pergunto gentil, voz suave e preocupada.

Ele não responde de imediato, e nem me olha. Toma um gole de chá. "Ela quebrou ele" murmura.

"O que? Não entendi direito, quem quebrou o que?" pergunto chegando mais perto.

Ele me olha, triste. Tão triste que me corta o coração "mum quebrou o StaryNight na pilastra da nossa sala" explica em um murmúrio.

Abro a boca, em choque. A cubro com os dedos, sem ter como reagir melhor. "Mon dieu" sussurro.

"Você fala francês?" ele pergunta unindo as sobrancelhas.

"Um pouco... poucas palavras" dou um sorriso sem graça. "Desculpe, meu amor" coloco a mão em seu braço, dando um aperto mesmo a coberta estando entre nós. "Sinto muito por isso ter acontecido"

"Eu contei sobre nós. E ela surtou." Sussurra, voltando a encarar as chamas da lareira. "Ela pegou ele e bateu na pilastra, espatifando pedaços para todos os lados. Depois disso eu saí... saí andando até chegar aqui"

"Andou até aqui?!" pergunto em choque "você é louco? Poderia ter sido assaltado, ou pior, morto!" nem consigo pensar nisso. Meu deus.

Ele ri disso, e me sinto puta. "Sabe, eu saí com a roupa do corpo, procurei dinheiro mas não era suficiente para um taxi e os ônibus já haviam passado"

"Por que não me ligou? Eu ia te buscar" digo com medo. Medo do que poderia ter acontecido.

"Acabou a bateria" diz apontando para o celular apoiado no tapete.

Fecho os olhos marejados, apoiando no seu ombro. "Eu tava aqui, plena, pensando que tava bem enquanto tava andando meia Londres sozinho a noite" resmungo, surtada.

"Eu to bem" ele diz, me puxando pra perto, apoiando o rosto no meu cabelo.

"E se não tivesse acabado bem?" pergunto, erguendo o rosto pra ele, olhando-o com medo. "Nunca mais faça isso de novo. Eu sei que você fugiu com medo, mas nunca mais faça isso, me ouviu? Sempre pode contar comigo"

Ele sorri e assente.

Me sentindo carente vou até seu colo, me infiltrando sob seu cobertor quentinho. Ele me abraça, apoiando o rosto em meu cabelo de novo.

"Poderia ter morrido" sussurro em seu pescoço, fungando. "Tem noção disso? Poderia ter morrido. Quanta irresponsabilidade daquela mulher... me deixe conhecê-la pessoalmente, ela vai ouvir umas boas" continuo a resmungar.

"Eu tenho medo por você, ela tá muito surtada, Ty... não sei o que ela poderia fazer contra você" diz e parece ser real seu medo. "Não quero que se machuque por minha causa"