1. quando os peixes fogem

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N/A:Oi oi minhas anchovas 💖💖💖

Como vocês estão, huh?

E cá estou eu com Mil Memórias, meu projetinho INTERATIVO! (Ou como eu imagino que uma história interativa seja, porque nunca li/participei de nenhuma, enfim) Deixem-me explicar a minha ideia aqui:

Eu tive o pensamento de criar uma história que será uma coletânea de pequenas e grandes memórias dos personagens, não necessariamente só do Luca e do Alberto. Uma coleção de momentos que vão desde a infância deles, passando por quando eles se conheceram e seus dias na ilha, eles em Portorosso, Luca e Giulia em Genova, etc etc etc, porque eu imaginei várias ceninhas e queria escrevê-las de alguma forma, que são os headcannons que criei.

(Lembrando que headcannons são coisas que não aconteceram de fato no filme, mas que poderiam/fazem sentido ter acontecido.)

Maaaaaannnsss porém entretanto todavia, eu queria fazer algo que também me aproximasse de vocês, então decidi o seguinte: se quiserem, me contem nos comentários seus headcannons ou apenas cenas que vocês imaginaram para os personagens, que eu escrevo aqui e coloco os créditos, ao mesmo tempo em que eu escrevo os meus próprios.

Minha ideia geral é apenas criar milhares de pequenas memórias de toda a vida deles que no final será uma história grande... Isso está fazendo algum sentido? DDX Espero que esteja. Se não estiver, acho que vocês vão entendendo ao longo dos capítulos.

E é isto! Boa leitura 💖

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- A-Ahn... Oi - soou a voz infantil e tímida de Luca, bem baixinha, e Daniela sorriu.

Era o primeiro dia que seu filho estaria assumindo a responsabilidade de cuidar do cardume. Ele já tinha seis anos, era um pequeno monstrinho muito curioso e disposto a ajudar, então ela conversou com Lorenzo e eles decidiram que Luca já tinha idade o bastante para cuidar daquilo.

E Daniela pensava que com o tempo, talvez, aquela tarefa o ajudasse a vencer sua timidez e acanhamento com seus vizinhos, pois Luca mal os cumprimentava quando eles passeavam, escondendo o rosto nas dobras de seu vestido de algas.

Ela só não esperava que ele fosse ser assim com os peixes também, e seu sorriso aumentou alguns centímetros enquanto olhava com carinho seu pequeno.

- Luca, o que nós conversamos sobre a maneira de tratar os peixes?

- Tem que mostrar autoridade - respondeu Luca, obediente, e Daniela meneou a cabeça em aprovação.

- Isso, mostrar autoridade. Do contrário, filho, tem alguns fujões que vão te dar muito trabalho.

E Luca pegou o cajado que seu pai usava para poder controlar o cardume e apertou-o contra o peito, parecendo quase aterrorizado.

Ele tinha medo de falhar. Era a primeira vez que seus pais o davam uma tarefa e ele tinha medo de decepcioná-los. E se os peixes escapassem mesmo que ele mostrasse autoridade e então Luca não conseguisse encontrá-los? E se Daniela sentisse que havia errado em confiar nele?

Mas ele sentiu o toque da mão dela no rosto e viu seu sorriso, e ele sentiu-se acalmar ao saber que seus pais nunca ficariam decepcionados.

- Está tudo bem, filho, não precisa ter medo. Você vai se sair bem. Apenas tome cuidado, certo? O que deve fazer se avistar um barco?

- Me esconder aonde ninguém vai me encontrar e esperar o barco ir embora.

- Muito bem. E volte a tempo para o almoço.

Luca concordou com a cabeça e sorriu, ganhando um beijo na testa.

- Eu te amo, meu bem.

- Também te amo, mamãe.

Ele se sentia mais confiante quando nadou ao redor do cardume para fazê-lo ir adiante, acenando para a mãe por cima do ombro.

E então um dos peixinhos, que estava mais nos limites do cardume, se agitou e saiu da formação, balindo animado ao nadar para longe.

- Ei! - Luca gritou, indo atrás dele e o apanhando com a ponta do cajado. - Então você é o fujão que dá trabalho, né?

O peixinho de agitava nos braços de Luca, querendo fugir outra vez, e Luca riu de seu desespero.

- Calma, calma.

Começou a acariciar as escamas da cabeça dele, sentindo que aos poucos ele se acalmava e relaxava outra vez. Luca sentiu uma repentina pontada de simpatia por ele e pelos outros, que esperavam pacientemente logo ao lado, e sorriu ao perceber que aquela tarefa não seria tão difícil e aterrorizante quanto ele havia imaginado.

- Sou eu quem vai cuidar de você agora, então por que não nos tornamos amigos? - perguntou para o peixinho, que apenas piscou para ele em resposta. - Eu acho que vou te chamar de... Giuseppe. Oi, Giuseppe.

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