CAPÍTULO 34

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Já era tarde da noite quando Peter voltou pra casa. A cabana de Vengeance era a sua casa, e foi justamente por isso que ele demorou a voltar. Por telefone, ele avisou a Charlie que iria passar na casa dos amigos, que talvez demorasse e sugeriu que ela não o esperasse acordada.
Mas é claro que ela estaria acordada. Ele pensou quando abriu a porta. E ficou feliz, pois estava louco para por as mãos nela. Seu pai, porém o esperava na sala.
"Precisamos conversar." Vengeance disse passando pela porta que Peter ainda não tinha fechado.
Eles andaram pela estrada no escuro durante um bom tempo em silêncio, até que Vengeance parou, se encostou numa árvore e cruzou os braços.
"Eu não posso ir. Não enquanto Max não for pego. Não posso deixá-los a mercê dele. Nova York é muito longe, lá, eu não vou sentir o que preciso ver para nos proteger.
Aí, Peter teve a certeza de que ele era o bebê, pois seu coração se rompeu com aquelas palavras.
"E existe uma urgência maior: Sheyla."
Peter sentiu a raiva encher seu peito.
"Mas que porra! O que essa vagabunda tem a ver com tudo isso?"
Seu pai continuou o olhando, sério, usando a carranca que dizia que não importava o que Peter fizesse, ele não diria mais nada.
Peter se obrigou a se acalmar. Aquele era o seu pai. Ele vivia pelos outros, ele se sacrificava pelos outros, sempre foi assim. E Peter entendia o que era saber coisas que os outros não sabiam, ver coisas que ninguém via, e a responsabilidade que vinha com esse dom. Em algum momento de sua vida, seria ele, Peter, que faria a mesma coisa.
"Pai, eu a amo. Mas eu também amo esse lugar. Eu nunca tive em parte alguma o que eu tenho aqui. Toda a minha vida antes de chegar a esse lugar foi uma merda, mas aqui, eu me sinto em casa. O que eu faço, pai?
Vengeance se achegou a ele e encostou sua testa na dele. Peter fechou os olhos e inspirou fundo. Era tão bom sentir o cheiro do seu pai!
"Não dá pra ter tudo, filhote. Charlie agora precisa de você, assim como nosso povo precisa de mim. Dói tanto te dizer isso, mas teremos de nos separar, pelo menos por um tempo."
Ele deu um passo para trás e voltou a estrada. Peter foi atrás dele, as palavras de seu pai ressoando em seus ouvidos. Filhos deixavam a casa dos pais o tempo todo. Charlie mesmo, estava longe dos pais dela. Era uma das regras da vida, sair da casa dos pais, ter sua própria casa, sua própria família. Até Silent tinha saído da casa deles.
Então porque ele parecia estar sendo cortado em dois pedaços?
A cabana apareceu a frente e a imagem de Vengeance e Peter sentados nas cadeiras e Silent no chão com Emma e Sunny em seu colo, se passou em seus olhos. Foi um dia cansativo aquele, eles tinham tido que quebrar o pulso de Sunny, ele caiu de mal jeito e torceu o pulso, mas devido a sua cura acelerada a mãozinha dele ficou torta. Nesse dia, descobriram que anestesias não pegavam nele. Depois de todo sofrimento do bebê, Sunny queria o colo de Emma e de Silent ao mesmo tempo. A solução foi Silent se sentar na varanda com Emma no colo, e o bebê no colo dela. Vengeance e Peter não arredariam o pé dali, então, os cinco passaram a noite na varanda, pois Sunny demorou a dormir por causa da dor.
E mais lembranças como essas desfilaram em sua mente. Brass batendo na porta desesperado pois Brave tinha sumido, Harley mostrando a primeira lata de sardinha que Miracle abriu, e até mesmo Justice vindo bater um papo com seu pai.
A porta se abriu e Charlotte ficou o esperando. Vengeance estava na frente, ele beijou a testa dela e entrou.
Peter parou a sua frente.
"Eu ouvi você chegar e depois vocês saírem, está tudo bem?"
Peter tomou a boca dela, do jeito que sempre fazia quanto não sabia como dizer o quanto a amava. Ainda a beijando, fechou a porta e se sentou numa das cadeiras. Ela se sentou de lado em seu colo, eles prolongaram o beijo o máximo que deu, mas logo o desejo os incendiou. Peter rasgou a calcinha dela, suspendeu a camisola e a ajeitou em cima de sua ereção. Ela desceu devagar o aconchegando  dentro dela, o apertando com seus músculos vaginais. Ele colou as bocas e enfiou as mãos entre os cabelos dela, não queria ditar o ritmo, estava muito excitado, gozaria muito rápido.
Charlie entendeu a dica e se moveu devagar sobre ele. Bem devagar subindo e descendo, desfrutando de cada sensação incrível que os movimentos proporcionavam. Ela se movia lentamente enquanto Peter sugava seus seios, mordia o pescoço, o ombro, o queixo e beijava sua boca. Eles perderam a noção do tempo, de onde estavam, talvez até de quem eles eram. E mesmo sem aumentar a velocidade, o clímax veio. Arrasador, intenso, quente e explosivo. Eles não descolaram as bocas, ficaram ali unidos como um só.
Ela descansou a cabeça no ombro dele e suspirou.
"Existe algum risco de alguém aparecer?" Ela perguntou baixinho.
"Não. Está tarde e se alguém vier pela estrada sentirá o cheiro e fará algum desvio. Mas já fizemos o que eu queria, vamos entrar."
Como seu pau ainda estava inchado, ele se levantou segurando Charlie contra seu corpo, ela enganchou as pernas em seus quadris e entraram na casa, indo direto para o quarto.
No quarto, mesmo tendo desinchado, ele continuou duro, então a pressionou contra a parede e recomeçou a estocar nela. Com força dessa vez. Ela fechou os olhos e cravou as unhas em suas costas. Peter colocou mais força e rapidez ao entrar e sair de dentro dela. Ela o beijou mordendo seu lábio inferior, sugando sua língua. Peter lhe tocou o clitóris, o circulando com um dedo, enquanto lhe inundava com sua semente, bem enterrado nela.
Charlie gemeu alto mostrando que estava gozando. Ele a beijou freneticamente. Era apenas o começo. A noite prometia muito prazer, e Peter ia aproveitar cada minuto.

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