Capítulo 26

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ANAHI

— Alfonso! — Corri até ele e... comecei a rir antes mesmo de alcançá-lo. Que droga!

— Você está... — Mais risadas. — ... bem?

— Ai! — ele gemeu, se virando de barriga para cima.

— Deus... você... — Risos histéricos. — Desculpa. Eu não consigo... Hahahaha... Você está...?

Ele se sentou, massageando o ombro.

— E este momento, com certeza, vai direto para o topo da minha lista.

Com isso eu gargalhei mais, mesmo morta de preocupação. Ele estava bem? Havia se machucado?

— Desculpa... Não quero rir... hahahahaha... mas não consigo... parar. Você está... bem?

Ele fez uma careta engraçada.

— Não sei. Acho que machuquei alguma coisa, porque não consigo mexer as pernas.

A diversão de repente se foi.

— Seu grande idiota! — Dei um soco no braço dele. — Você está bem?

— Acho que sim. Tudo intacto, exceto o meu orgulho. — Ele tentou se levantar, mas não conseguiu. — Acho que vou precisar de uma ajudinha. Meus reflexos não estão tão bons quanto eu imaginei.

Plantando-me diante dele, passei os braços por baixo dos seus e tentei suspendê-lo.

— Meu Deus do céu. Você pesa uma tonelada! — gemi.

— E você não pesa nada. Opa! — Ele escorregou, e, na tentativa de mantê-lo firme, acabei caindo sobre ele, as pernas dobradas ao lado de seus quadris.

Comecei a rir de novo. Ele também.

— Firme aí. — Ele me segurou pela cintura quando me desequilibrei por conta do riso.

— Já basta um de nós ter se estabacado esta noite.

— Você se machucou?

— Em um pedaço só.

— Seu rosto... — Toquei a pele, que já ganhara uma coloração avermelhada. Deslizei os dedos com cuidado sobre o queixo, e as pontinhas da barba fizeram cócegas.

Ergui os olhos para ele, pronta para perguntar se ele queria um pouco de gelo para colocar naquele hematoma, mas as palavras morreram quando percebi o fogo seu olhar.

Al perderme en tu mirada algo sucedió
Milagrosamente el alba
Comenzó a llenarse de color
Mientras la luna se iba escondiendo

Minha respiração se tornou mais densa e o formigamento em meu corpo surgiu com força, arrepiando-me dos pés à cabeça.

Seus dedos se contraíram de leve em minhas costas e eu não pude segurar o suspiro preso em minha garganta. Ao mesmo tempo em que a outra mão subia e se prendia em minha nuca. Com um delicado puxão, ele trouxe meu rosto para junto do seu.

Seus lábios não foram gentis, e meu mundo virou de cabeça para baixo.

Prendi os dedos em seus cabelos macios, me aproximando ainda mais, até que meus seios estivessem pressionados em seu peito e nossos quadris colados uma ao outro. O beijo se tornava mais voraz a cada segundo, e ainda assim não era o bastante. Minhas mãos se desprenderam daqueles cachos que se tornaram meu vício para percorrer a musculatura firme de seu torso.

Alfonso gemeu, apertando minhas coxas com aquelas mãos imensas, forçando meu quadril contra o sua ereção em um vai e vem torturante ao mesmo tempo meus dedos atrevidos penetraram sob sua camiseta.

Mentira Perfeita - ADPOnde histórias criam vida. Descubra agora