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Vinte quatro horas depois...

Os quadros de Sarah e Juliette estavam animando á todos. Elas tinham acordado meio sonolentas, mas a primeira coisa que perguntaram foram uma pela outra. Então, a Sarah soube que a Juliette foi esfaqueada, ficou nervosa, mas a tranquilizaram.  Depois a Sarah perguntou sobre o seu bebê. Com as notícias sendo boas, os ânimos também ficaram melhores.

Juliette ainda não estava acreditando que tinha saído com vida daquele ataque da Kerline. Preocupe-se com a sua filha, mas soube que a Stella estava muito bem e com a tia, Thaís. Ela queria ver muito a Sarah, precisava ter certeza de que a sua amada estava realmente bem.

Não demorou muito para ser transferida para o quarto. Foi um alívio quando chegou ao quarto e viu á todos. Chorou. Estavam Thaís, Stella, Carla, Arcrebiano e Gilberto. A sensação de ter aqueles que amavam perto era boa demais. Fazia valorizar á cada momento da sua vida.

Deu muito beijo no rosto da sua filha. Stella queria ir para os seus braços, mas como estava operada, não podia segurá-la. Mas reafirmou o seu amor pela pequena diversa às vezes. Achou que nunca mais veria aquele rostinho. Não conseguia controlar as suas lágrimas, estava tão feliz que não sabia como expressar.

Os seus olhos procuraram pela Sarah...

— Onde está a Sarah? — Perguntou baixinho.

— Ela está bem. — Carla afirmou. — Vocês duas estão bem. E o bebê também.

— Eu quero vê-la.

— Nós também. — Gilberto disse. — A obstetra disse que iria liberá-la para o quarto. Estamos aguardando.

Sarah estava em outro ponto do hospital. Queria muito ver a sua esposa, mas antes, precisava conhecer uma pessoinha. Não quis ir de maca. Quis ir de cadeira de rodas. Ficar em uma maca pra cima e pra baixo no hospital a fazia se sentir muito doente. E não estava assim. Queria até andar! Só que estava um pouco fraca e não conseguia muito bem. Tinha perdido muito sangue e foi preciso fazer transfusão de sangue.

A notícia que não poderia ter mais filho, a pegou de surpresa, mas também não a deixou traumatizada. Tinha um filho, e estava muito feliz em ter vida e saúde para cuidar dele e viver feliz com a sua família. Se quisesse mais filhos, a Juliette poderia ter ou poderia adotar. Não deixaria que uma coisa desta estragasse a sua alegria de viver. Era uma vitoriosa, não iria ficar se lastimando.

Foi tomada por um nervosismo quando adentrou no setor de materno. Era a primeira vez que iria ver o seu filho e seu coração batia de ansiedade. O Eric estava no andar e sorriu para ela. Aparentemente, ele estava bem.

— Você me deu um enorme susto. Nunca mais faça isso. — Eric reclamou com uma cara feia, mas depois sorriu. — Você tem que ver o nosso meninão. É lindo!

Sarah apenas sorriu. Estava evitando falar para não ficar com gases. Isso era um dos efeitos colaterais da cesariana. Era um saco, mas sobreviveria. A técnica parou a cadeira na porta do berçário.

— Espere um minutinho que vou buscar o seu meninão. — A técnica pediu com um sorriso.

E esperou. Quando a técnica voltou com um menino grande e bonito nos braços e entregou para Sarah, uma sensação única e indescritível tomou conta do seu ser. Parecia que a vida tinha tomado outra perspectiva. Era o bebê mais lindo que tinha visto em sua vida...

— Oi meu amor... — Sarah chorou, dando beijinhos suaves na cabecinha cheirosa do seu filho. — Você é lindo. Eu te amo tanto. — Acariciou o rosto do seu bebê, depois segurou na mãozinha.

O menino era um misto de Sarah e Eric. Os olhos verdes ainda escuros, os cabelos loiros e bem lisinhos, bochechas adoráveis, bem branquinhos. O interessante era os olhos que eram meio puxadinhos.

Faz De Conta || Sariette • ADP Onde histórias criam vida. Descubra agora