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Enquanto isso, na casa do Gilberto o clima era de muita alegria. Tinha até estourado um espumante para comemorar a chegada de sua irmã. O Arcrebiano estava na sala, compartilhando da felicidade, porém, para si foi apenas um copo de água com algumas pedras de gelo. Não podia reclamar. Estava de repouso mesmo.

Thaís apaixonou-se por Stella. Era a sua primeira sobrinha, e por tanto, o seu xodó. Trouxe muitos presentes para a pequena, e a mimou bastante enquanto os olhos de Stella aguentaram ficar abertos. Fez questão de ninar a pequena até a mesma dormir. Depois a colocou no berço, ficou admirando a beleza da menina antes de voltar para a sala.

— Juro á você que estou apaixonada. — Thaís disse ao se sentar no sofá e buscar a sua taça de espumante. — Que bochechas são aquelas? E os olhos? E o cabelo? E o sorriso? Tipo, é a perfeição.

Gilberto riu.

— Genética perfeita.

— Com toda certeza, meu irmão. — Thaís deu um gole de sua bebida. — E a mãe da Stella? É tão linda quanto à filha?

— Sim, a Juliette é muito bonita. — Quem respondeu foi o Arcrebiano.

Gilberto destravou o celular e mostrou a foto de Juliette para a sua irmã.

— Uau... — Thaís ficou de boca aberta ao ver a Juliette. — Santa Madre Inês Brasil! Essa mulher é espetacular... Quero muito!

Gilberto riu com o jeito de sua irmã. Thaís era lésbica assumidíssima e também um pouco descarada. Quem ficou desconfortável com o comentário foi o Arcrebiano. Ele se levantou e educadamente se despediu, foi para o seu quarto.

— Disse alguma coisa errada? — Thaís o acompanhou com o olhar, e falou assim que o viu entrar no quarto. Olhou para o seu irmão.

— Juliette é casada com Sarah, a irmã do Arcrebiano. — Gilberto comentou. — Eu te contei não se lembra?

— Como você acha que eu iria me lembrar de alguma coisa depois que vi essa gostosa? — Thaís brincou, depois ficou séria. — Achei que tinha me dito que elas tinham se separado.

— É complicado. — Gilberto fez uma careta. — Estão tentando se acertar. Bem... A Juliette está tentando voltar, mas a Sarah está bem irredutível. Existe muita tensão e tristeza entre ás duas.

Thaís ficou um pouco pensativa. Relacionamento era uma droga, porém, amava os efeitos. Fazia poucos meses que tinha terminado com a sua namorada, e estava louca para embarcar em uma nova aventura.

— Acho que serei o santo remédio para a Juliette curar o seu coração de tanta tristeza. O que você acha, irmãozinho?

— Que você não se meta nessa casa de vespa. — Gilberto se levantou, o seu olhar era de advertência. — Sarah é uma mulher muito educada, mas quando é pra descer o barraco, não se importa de fazer.

— Isso foi pra me desestimular? — Thaís riu. — Você sabe que não tenho medo de mulher. Se ela me atacar, vou atacar também. E outra, meu querido... Deixar uma mulher como a Juliette á solta para as lobas é pedir pra levar rasteira.

— Thaís... Thaís... — Gilberto revirou os olhos. — Não brinca com fogo.

— Você deveria ter pensado nisso antes de me mostrar essa belezura. Ainda me colocou pra dividir a cama com ela. Que delícia. — Thaís piscou maliciosa.

Gilberto riu. Não tinha como ficar aborrecido com a sua irmã. Era uma figura. Deu um beijo na testa da mesma, e desejou uma boa noite, depois foi para o seu quarto, encontrando o Arcrebiano emburrado.

— Amor que cara é essa? — Gilberto perguntou depois de fechar a porta.

— Acho que sua irmã será um grande problema em relação á Juliette. — Arcrebiano soltou sem se preocupar em ser delicado.

Faz De Conta || Sariette • ADP Onde histórias criam vida. Descubra agora